Colunistas - Rodolfo Bonventti

Eterna Memória: Pixinguinha

29 de Novembro de 2013

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nascido Alfredo da Rocha Viana Filho, no Rio de Janeiro, em 1897, ele deixou seu nome marcado na música popular brasileira pela maestria com que tocava flauta e saxofone e por ter composto o mais bonito chorinho da nossa MPB, “Carinhoso”, em 1927, com quase 30 anos.

Seu pai, um funcionário do Correio, também era flautista muito conhecido e tinha em casa uma grande coleção de partituras, portanto, Pixinguinha, como era conhecido desde pequeno, aprendeu a arte da flauta e o gosto pelo chorinho dentro de sua própria casa.

Começou tocando nos famosos cabarés do bairro da Lapa com apenas 16 anos e de lá foi tocar no Cine Rio Branco, em casas noturnas e até no teatro de revista, que na época reunia a elite do Rio de Janeiro nos finais de semana.

Com o compositor Donga e outros conhecidos formou primeiro o conjunto Caxangá e depois o Oito Batutas, grupos que fizeram sucesso na noite carioca nos anos 20. Já no início dos anos 30, já conhecido por composições como “Carinhoso” e “Lamentos”, ele foi contratado pela gravadora RCA Victor como arranjador.

A partir daí, o sucesso lhe acompanhou o resto da vida não só tocando saxofone e flauta, como compondo canções que ficaram imortalizadas e criando arranjos para os maiores nomes da nossa música na época como Francisco Alves e Mario Reis. 

É exatamente no dia do seu nascimento, 23 de abril, que se comemora o Dia Nacional do Choro, o ritmo musical do qual ele sempre foi um apaixonado, compondo além do clássico “Carinhoso”, obras como “Rosa”; “Vou Vivendo”; “Naquele Tempo” ou “Sofres Porque Queres”.

Pixinguinha só viria a gravar seu primeiro LP em 1955 com a participação de Almirante e esse disco se chamou “Velha Guarda”, Mas nessa época ela participava ativamente de shows por todos os lugares do Rio de Janeiro.

Pixinguinha com Vinicius de Morais 

Em 1961, ao lado de Vinicius de Moraes, Pixinguinha compôs as músicas do filme brasileiro “Sol sobre a lama”, do cineasta Alex Vianny, mas dois anos depois teve que parar tudo por alguns meses após sofrer um enfarte.

E foi justamente o coração que o levou embora, em janeiro de 1973, aos 75 anos, quando participava de um batismo na Igreja Nossa Senhora da Paz, no bairro de Ipanema.

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