Nascido Alfredo da Rocha Viana Filho, no Rio de Janeiro, em 1897, ele deixou seu nome marcado na música popular brasileira pela maestria com que tocava flauta e saxofone e por ter composto o mais bonito chorinho da nossa MPB, “Carinhoso”, em 1927, com quase 30 anos.
Seu pai, um funcionário do Correio, também era flautista muito conhecido e tinha em casa uma grande coleção de partituras, portanto, Pixinguinha, como era conhecido desde pequeno, aprendeu a arte da flauta e o gosto pelo chorinho dentro de sua própria casa.
Começou tocando nos famosos cabarés do bairro da Lapa com apenas 16 anos e de lá foi tocar no Cine Rio Branco, em casas noturnas e até no teatro de revista, que na época reunia a elite do Rio de Janeiro nos finais de semana.
Com o compositor Donga e outros conhecidos formou primeiro o conjunto Caxangá e depois o Oito Batutas, grupos que fizeram sucesso na noite carioca nos anos 20. Já no início dos anos 30, já conhecido por composições como “Carinhoso” e “Lamentos”, ele foi contratado pela gravadora RCA Victor como arranjador.
A partir daí, o sucesso lhe acompanhou o resto da vida não só tocando saxofone e flauta, como compondo canções que ficaram imortalizadas e criando arranjos para os maiores nomes da nossa música na época como Francisco Alves e Mario Reis.
É exatamente no dia do seu nascimento, 23 de abril, que se comemora o Dia Nacional do Choro, o ritmo musical do qual ele sempre foi um apaixonado, compondo além do clássico “Carinhoso”, obras como “Rosa”; “Vou Vivendo”; “Naquele Tempo” ou “Sofres Porque Queres”.
Pixinguinha só viria a gravar seu primeiro LP em 1955 com a participação de Almirante e esse disco se chamou “Velha Guarda”, Mas nessa época ela participava ativamente de shows por todos os lugares do Rio de Janeiro.
Pixinguinha com Vinicius de Morais |
Em 1961, ao lado de Vinicius de Moraes, Pixinguinha compôs as músicas do filme brasileiro “Sol sobre a lama”, do cineasta Alex Vianny, mas dois anos depois teve que parar tudo por alguns meses após sofrer um enfarte.
E foi justamente o coração que o levou embora, em janeiro de 1973, aos 75 anos, quando participava de um batismo na Igreja Nossa Senhora da Paz, no bairro de Ipanema.