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Esporte na infância: pais devem ser exemplo para as crianças

29 de Março de 2022

Dados da OMS, garante que o ideal é pelo menos 60 minutos de atividade física, cinco vezes por semana, para o público infantojuvenil

Oito em cada dez crianças e adolescentes de 11 a 17 anos não realizam atividade física suficiente. No Brasil, o percentual é ainda maior: 84% dos adolescentes nessa faixa etária são menos ativos do que deveriam. Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS) que garante que o ideal é pelo menos 60 minutos de atividade física, cinco vezes por semana, para esse público.

Lazer, diversão, alegria e endorfina. O esporte na infância também estimula a interação social e promove o desenvolvimento locomotor. “A prática da atividade física nas crianças vem desde o princípio das habilidades básicas amplas como caminhar, correr e saltar. O esporte não só previne a obesidade, estresse e ansiedade como trabalha diretamente com a velocidade de raciocínio e de reação”, explica a professora de educação física do Sesc Campinas, Camila Gonçalves.

De acordo com a profissional, na primeira fase da infância, a criança é copista, ou seja, copia aquilo que tem dentro de casa. Por isso, os pais e responsáveis precisam dar o exemplo. Ela garante que pais que praticam atividades físicas, terão também filhos praticantes. Assim como pais que se alimentam de forma saudável, terão filhos com uma boa alimentação.

A professora destaca que além do exemplo é preciso que os adultos entendam a importância de criar um ambiente divertido para que crianças e adolescentes pratiquem o esporte com prazer. “A criança não deve ser obrigada a praticar uma atividade física, porque isso pode causar o sentimento de negação. Criança é criança e o esporte deve estar ligado a brincadeira”, ressalta Camila Gonçalves.

A prática da atividade física deve ser orientada conforme a faixa etária da pessoa. Uma criança de 3 a 5 anos, por exemplo, não tem a obrigação de respeitar as regras de todos os esportes, nessa fase ela deve brincar e se divertir. Já a partir dos 12 anos, o adolescente consegue de fato cumprir as ordens esportivas.

“Também é importante que os pais e responsáveis apresentem o maior número possível de diferentes esportes para os pequenos, porque assim eles conseguirão encontrar a atividade que mais se identifica”, afirma Camila Gonçalves.

Atividades indicadas para cada faixa etária:

De 0 a 2 anos – os bebês de até seis meses devem ser estimulados a explorar seus próprios movimentos, seja engatinhando, rolando, buscando um objeto colorido. Depois que aprendem a andar, correr e pular livremente também ajudam a manter os corpinhos em movimento.

De 3 a 6 anos – suas brincadeiras incluem andar de bicicleta, jogar bola, dançar, capoeira, circo, lutas, natação, futebol, tênis. Todas de forma essencialmente lúdica.

De 7 a 19 anos – nessa fase, há maior habilidade motora, além de a criança fisiologicamente acelerar mais os batimentos cardíacos e a respiração. É indicado esportes coletivos, como vôlei, futebol, handebol.

Assista a entrevista completa com a professora de educação física do Sesc Campinas, Camila Gonçalves, clicando aqui.

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