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Billabong Pro pipeline faz história com a primeira etada do CT feminina em pipeline

1 de Fevereiro de 2022

Brasileira Tatiana Weston-Webb avançou direto para as oitavas de final. As cinco estreantes na elite da WSL em 2022 se classificaram. Malia Manuel e Tyler Wright foram as recordistas do domingo. Próxima chamada: segunda-feira as 7h30 no Havaí, 14h30 no Brasil

As surfistas que fizeram história na primeira etapa do CT Feminino 2022, em Pipeline
Crédito: © WSL / Keoki Saguibo

Os homens estrearam no sábado (29) e o domingo (30) foi dia do Billabong Pro Pipeline fazer história no Havaí, com o início da primeira etapa feminina do World Surf League Championship Tour sendo disputada junto com a masculina no maior palco do esporte. A brasileira Tatiana Weston-Webb passou em segundo lugar na segunda bateria do dia e nas oitavas de final vai enfrentar a havaiana que está competindo na vaga de convidada, Moana Jones Wong. As campeãs mundiais Carissa Moore e Tyler Wright também avançaram, assim como as cinco jovens estreantes na elite do CT.

Nesta segunda-feira, a primeira chamada do dia será para as duas categorias, às 7h30 no Havaí, 14h30 no Brasil. Se o Billabong Pro Pipeline continuar, será transmitido ao vivo pelo WorldSurfLeague.com, Globoplay e GE.Globo.com. O mar baixou para 4-6 pés no domingo, com as direitas do Backdoor apresentando tubos melhores do que nas esquerdas de Pipeline.

E foi no Backdoor que a havaiana Malia Manuel surfou o melhor tubo do dia, que arrancou a única nota no critério excelente dos juízes, 8,17. O recorde aconteceu na bateria da vice-campeã mundial Tatiana Weston-Webb, que não conseguiu sair dos tubos que entrou, tanto no Backdoor, como em Pipeline. Ela acabou superando a outra adversária do Havaí, Gabriela Bryan, na briga pela segunda vaga direta para as oitavas, com duas manobras numa esquerda.

"Para ser honesta, eu estava super estressada e queria aliviar isso pegando alguns tubos na bateria", disse Malia Manuel, que mora na ilha Kauai, como Tatiana e Gabriela. "Eu passei muito tempo em casa neste inverno e este é o meu primeiro inverno de verdade aqui em Pipeline. Estou com uma equipe muito boa, que me apoia bastante, mas é muito difícil treinar aqui. Então, não importa quanto tempo você fica lá dentro, pois às vezes tudo se resume em você estar no lugar certo, para pegar a onda certa."

A recordista de nota do Billabong Pro Pipeline vai disputar a primeira vaga para as quartas de final com a australiana Sally Fitzgibbons, enquanto Tatiana Weston-Webb entra na terceira bateria com a havaiana Moana Jones Wong. Ela está participando do evento por ter vencido o HIC Pipe Pro em dezembro, em sua quarta final em etapas do WSL Qualifying Series em Pipeline. No sábado, Moana carimbou a faixa da pentacampeã mundial Carissa Moore, que se classificou em segundo lugar.

"Eu comecei a surfar Pipe quando tinha 12 anos e venho aqui surfar constantemente desde os 18", contou Moana Jones Wong. "Surfar contra a Carissa (Moore) me motivou a fazer o meu melhor, porque ela é a melhor surfista do mundo. Eu a admiro muito e quero poder surfar e competir tão bem quanto ela."

Estreantes classificadas – Moana não foi a única surpresa. As cinco estreantes no CT 2022, na maior renovação na elite da história, também avançaram para as oitavas de final no domingo. O Billabong Pro Pipeline já começou com uma delas, Molly Picklum, australiana de 19 anos de idade, vencendo a primeira bateria do ano, contra as experientes Sally Fitzgibbons, 31, e Courtney Conlogue, 29. Outa novata, Bettylou Sakura Johnson, de apenas 16 anos, fechou a primeira fase também com vitória, sobre duas surfistas que já foram vice-campeãs mundiais, Lakey Peterson, 27, e a jovem Caroline Marks, 19.

Mais duas estreantes, Gabriela Bryan de 19 anos e Luana Silva de 17, havaianas como Bettylou, ficaram em último nas suas primeiras baterias. Mas, conquistaram as últimas vagas para as oitavas de final na repescagem, eliminando Courtney Conlogue em 17º lugar no Billabong Pro Pipeline. Gabriela vai enfrentar a costa-ricense Brisa Hennessy na sexta bateria e Luana disputará a última vaga para as quartas de final com a norte-americana Lakey Peterson.

Baixa por Covid – A quinta novata é a australiana India Robinson, 21 anos, que iria estrear contra duas campeãs mundiais. Mas, a heptacampeã Stephanie Gilmore testou positivo para o Covid-19 e não competiu, então ela foi automaticamente classificada para as oitavas de final, junto com a bicampeã Tyler Wright, que venceu a primeira etapa do CT 2021 encerrada em Pipeline, em dezembro de 2020. Nessa bateria só entre duas surfistas, Tyler surfou bons tubos no Backdoor para fazer a maior somatória do dia, 11,83 pontos nas duas notas computadas.

Quem acabou entrando na vaga de Stephanie Gilmore na repescagem, foi Bethany Hamilton. A havaiana que perdeu o braço esquerdo em um ataque de tubarão enquanto surfava em 2003, é um exemplo de superação. Um ano após o acidente, já estava competindo de novo, o que vem fazendo até hoje, mesmo depois de ser mamãe. Bethany surfou um bom tubo no Backdoor, outro em Pipeline, para eliminar Caroline Marks na bateria vencida por Brisa Hennessy. Ela agora vai enfrentar a pentacampeã mundial Carissa Moore nas oitavas de final.

"Nossa, estou muito feliz por estar aqui e agradeço muito pela oportunidade", disse Bethany Hamilton. "Recebi um grande apoio da torcida na areia e foi muito emocionante. Eu acabei de participar de um evento da Da Hui aqui em Pipe e as ondas estavam gigantes, então senti que estava preparada para competir. O mar está bem diferente, então tive que me adaptar, ainda mais sendo chamada de última hora e logo na fase eliminatória. Mas, está sendo incrível e agora estou na função mamãe, então tenho que manter a forma, surfar e me divertir. Agradeço muito a WSL por essa oportunidade."

Igualdade total – Além da inédita etapa do CT feminino em Pipeline, as mulheres também celebram nesse ano, a primeira temporada do World Surf League Championship Tour com igualdade total com os homens. A mesma premiação elas já vinham recebendo nos últimos anos e agora, pela primeira vez na história, todas as etapas terão as categorias masculina e feminina sendo disputadas no mesmo período. Inclusive em ondas desafiadoras que somente os homens competiam, como essa em Banzai Pipeline, a de G-Land na Indonésia e a dos temidos tubos de Teahupoo, no Taiti.

Transmissão ao vivo - O Billabong Pro Pipeline é realizado com o patrocínio da Billabong, Red Bull, Expedia, Shiseido, Oakley, Hidro Flask, Flying Embers, Spectrum, 805 e Pura Vida. O prazo da etapa de abertura do World Surf League Championship Tour 2022 vai até 10 de fevereiro e pode ser assistido ao vivo pelo WorldSurfLeague.com, pelo Aplicativo e YouTube da WSL e no Brasil tem transmissão especial pelo Globoplay, GE.Globo.com e nos canais do Sportv a partir das quartas de final.

Próximas Baterias do Billabong Pro Pipeline:

TERCEIRA FASE – Vitória=Oitavas de Final /17º lugar com 1.330 pontos e US$ 10.000:

1.a: Conner Coffin (EUA) x Barron Mamiya (HAV)

2.a: Kelly Slater (EUA) x Jake Marshall (EUA)

3.a: Kanoa Igarashi (JPN) x Owen Wright (AUS)

4.a: Leonardo Fioravanti (ITA) x Nat Young (EUA)

5.a: Ítalo Ferreira (BRA) x Miguel Tudela (PER)

6.a: Miguel Pupo (BRA) x Connor O´Leary (AUS)

7.a: Frederico Morais (PRT) x Carlos Munoz (CRI)

8.a: Kolohe Andino (EUA) x Lucca Mesinas (PER)

9.a: Filipe Toledo (BRA) x Ivan Florence (HAV)

10: Seth Moniz (HAV) x Ezekiel Lau (HAV)

11: Jack Robinson (AUS) x João Chianca (BRA)

12: John John Florence (HAV) x Jackson Baker (AUS)

13: Griffin Colapinto (EUA) x Caio Ibelli (BRA)

14: Ethan Ewing (AUS) x Callum Robson (AUS)

15: Deivid Silva (BRA) x Samuel Pupo (BRA)

16: Jordy Smith (AFR) x Matthew McGillivray (AFR)

OITAVAS DE FINAL – 9º lugar com 2.610 pontos e US$ 13.000:

1.a: Sally Fitzgibbons (AUS) x Malia Manuel (HAV)

2.a: Tyler Wright (AUS) x India Robinson (AUS)

3.a: Tatiana Weston-Webb (BRA) x Moana Jones Wong (HAV)

4.a: Isabella Nichols (AUS) x Bettylou Sakura Johnson (HAV)

5.a: Carissa Moore (HAV) x Bethany Hamilton (HAV)

6.a: Gabriela Bryan (HAV) x Brisa Hennessy (CRI)

7.a: Johanne Defay (FRA) x Molly Picklum (AUS)

8.a: Lakey Peterson (EUA) x Luana Silva (HAV)

Resultados do Domingo (30) no Billabong Pro Pipeline:

PRIMEIRA FASE – 1ª e 2ª =Oitavas de Final / 3ª =Segunda Fase:

--na 1ª as 3 entraram de capacete e na 2ª nenhuma.

1.a: 1-Molly Pickum (AUS)=7.73, 2-Sally Fitzgibbons (AUS)=4.90, 3-Courtney Conlogue (EUA)=3.76

2.a: 1-Malia Manuel (HAV)=10.67, 2-Tatiana Weston-Webb (BRA)=4.40, 3-Gabriela Bryan (HAV)=3.40

3.a: 1-Moana Jones Wong (HAV)=7.77, 2-Carissa Moore (HAV)=7.70, 3-Brisa Hennessy (CRI)=6.54

4.a: 1-Isabella Nichols (AUS)=5.50, 2-Johanne Defay (FRA)=4.70, 3-Luana Silva (HAV)=0.83

5.a: 1-Tyler Wright (AUS)=11.83, 2-India Robinson (AUS)=2.94, w.o-Stephanie Gilmore (AUS)

6.a: 1-Bettylou Sakura Johnson (HAV)=7.46, 2-Lakey Peterson (EUA)=4.00, 3-Caroline Marks (EUA)=2.07

SEGUNDA FASE – 3ª =17º lugar com 1.045 pontos e US$ 10.000:

1.a: 1-Brisa Hennessy (CRI)=10.73, 2-Bethany Hamilton (HAV)=8.76, 3-Caroline Marks (EUA)=3.70

2.a: 1-Luana Silva (HAV)=6.77, 2-Gabriela Ryan (HAV)=6.70, 3-Courtney Conlogue (EUA)=4.47

Covid-19 – A saúde e segurança dos atletas, funcionários e da comunidade local, são de extrema importância para a World Surf League, que trabalha em estreita colaboração com as autoridades de saúde locais, para implementar um protocolo mais completo possível para a proteção de todos em relação ao COVID-19. Os procedimentos incluem triagem antes do evento, testes contínuos e controle para a circulação mínima de pessoas no local da competição.

Sobre a World Surf League: Estabelecida em 1976, a World Surf League (WSL) é a casa do melhor surf do mundo. Uma empresa global de esportes, mídia e entretenimento, a WSL supervisiona circuitos e competições internacionais, tem uma divisão de estúdios de mídia que cria mais de 500 horas de conteúdo ao vivo e sob demanda, por meio da afiliada WaveCo, empresa que criou a melhor onda artificial de alto desempenho do mundo. Com sede em Santa Monica, Califórnia, a WSL possui escritórios regionais na América do Norte, América Latina, Ásia-Pacífico e EMEA. A WSL coroa anualmente os campeões mundiais de surf profissional masculino e feminino. A divisão global de Circuitos supervisiona e opera mais de 180 competições globais a cada ano do Championship Tour e dos níveis de desenvolvimento, como o Challenger Series, Qualifying Series e Junior Series, bem como os circuitos de Longboard e Big Wave. Lançado em 2019, o WSL Studios é um produtor independente de projetos de televisão sem roteiros, incluindo documentários e séries, que fornecem acesso sem precedentes a atletas, eventos e locais globalmente. Os eventos e o conteúdo da WSL, são distribuídos na televisão linear para mais de 743 milhões de lares no mundo inteiro e em plataformas de mídia digital e social, incluindo o WorldSurfLeague.com. A afiliada WaveCo inclui as instalações do Surf Ranch Lemoore e a utilização e licenciamento do Kelly Slater Wave System. A WSL é dedicada a mudar o mundo por meio do poder inspirador do surfe, criando eventos, experiências e histórias autênticas, afim de motivar a sempre crescente comunidade global para viver com propósito, originalidade e entusiasmo. Para mais informações, visite o WorldSurfLeague.com

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