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A arara azul, uma das aves mais belas do planeta, tem no Brasil seu habitat preferencial. Suas diferentes espécies fazem ninhos no Pantanal, na Amazônia e em trechos do nordeste. Mas, infelizmente, o encanto despertado por suas penas azuladas termina sendo um estímulo contra sua sobrevivência. Só nos anos 1980, estima-se que nada menos que 10 mil aves foram retiradas de forma ilegal do Pantanal e remetidas ao exterior. Uma das espécies, a Arara-Azul-de-Glauco, não é avistada há anos, e provavelmente se extinguiu. Já a Arara-Azul-Grande, que reside na Amazônia, está ameaçada de desaparecer.
Daí a importância do projeto de conservação da Arara-Azul-Grande que está em andamento atualmente na Floresta Nacional de Carajás, no sudeste do Pará. O trabalho envolve sete pesquisadores ligados ao Instituto de Biociências do campus da Unesp em Botucatu. A iniciativa busca compreender o modo de vida da espécie, e desenvolver estratégias para a sua conservação. Unesp Ciência acompanhou o dia-a-dia dos pesquisadores em campo, que envolve aventuras como fazer rapel em árvores de 27 metros e puxar barcos com as mãos em certos trechos dos caminhos.
Mas o alcance da iniciativa promete ser maior. A Floresta Nacional de Carajás compõe, junto com outras quatro unidades de conservação, o chamado mosaico de Carajás, uma ilha de verde que ainda sobrevive em meio a uma das regiões do país mais afetadas pelo desmatamento. A sobrevivência da Arara-Azul-Grande vai exigir, necessariamente, a preservação de várias espécies vegetais, das quais ele depende para se alimentar e se reproduzir. Outra boa notícia é o fato de que a pesquisa é financiada por uma grande companhia de mineração, que atua na Floresta Nacional de Carajás, mostrando que a extração comercial pode também contribuir para iniciativas conservacionistas.
ecologia
O anjo azul da floresta
No sudeste do Pará, uma das regiões amazônicas mais afetadas pelo desmatamento, pesquisadores usam projeto de conservação da Arara-Azul-Grande como ponto de partida para a preservação de todo ecossistema.
segurança
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geologia
Pedras preciosas
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SEÇÕES
Carta ao leitor: Azul, a cor da esperança
A pesquisa sobre os hábitos da Arara-Azul-Grande, que vive no sudeste do Pará, poderá contribuir também para preservar todo o ecossistema da Floresta Nacional de Carajás, uma ilha de verde que subsiste em meio a uma das regiões mais desmatadas do país.
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