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Como passar por um processo de divórcio

26 de Julho de 2021

Frases para convite de casamento religioso costumam apresentar diversas palavras bonitas que afirmam a união e os laços de afeto sobre um relacionamento que deseja durar para sempre.

Os indivíduos mudam muito em pouco tempo, ao ponto de ficarem irreconhecíveis diante da pessoa que foram outrora.Infelizmente, nem sempre essas frases se concretizam.

É notório que tais mudanças têm a capacidade de prejudicar um relacionamento amoroso, pois ambos já não possuem as mesmas características de quando se conheceram e que fizeram que se apaixonassem.

É quando esse desencontro acontece que surge o desejo pelo divórcio, que é o rompimento legal de um casamento civil, situação que traz à tona questões como pensão alimentícia e a partilha de bens.

Por mais que ninguém case pensando em se separar, os divórcios são algo bastante comum no Brasil, pois segundo dados do IBGE, entre 1996 e 2016 um a cada três casamentos terminaram assim.

Tenha certeza de sua decisão

Pense bem antes de propor ao cônjuge que deseja se divorciar.

Antes de começar um processo de divórcio, esteja certo se essa é realmente uma boa decisão.

Tenha em mente que pequenos desentendimentos são normais em qualquer relação.

Coloque na balança a amizade, os momentos bons, os sonhos de casal e a raiva, os desentendimentos e as brigas.

Veja se os problemas que vocês estão passando não possuem alguma causa específica, que pode ser resolvida.

É importante, também, que haja respeito na vida de casado, por meio da aceitação das vontades pessoais de ambos.

Se mesmo após pensar e repensar, a decisão seja pelo divórcio, veja qual a melhor forma de fazer isso, abaixo.

Procure por um advogado de causas de divórcio

Caso o divórcio seja, de fato, a solução, é preciso o auxílio de um advogado de causas de divórcio.

Caso o casal não tenha filhos incapazes ou menores, a mulher não estiver em processo de gestação e a separação seja da vontade de ambos, o divórcio pode ser realizado no cartório, de forma extrajudicial.

No divórcio extrajudicial não é necessária a presença de um juiz ou promotor e basta um advogado presente, para garantir que o processo ocorra conforme a lei e não acarrete prejuízos ao antigo casal.

Caso o casal não cumpra os requisitos para poder ter um divórcio extrajudicial, será adotado o judicial.

Nessa modalidade, aplica-se idealmente o judicial consensual, que é aquele em que ambas as partes concordam com o processo de separação, ou o judicial litigioso, que ocorre quando uma das partes deseja permanecer na relação ou não concorda com algo a respeito da partilha de bens, pensão alimentícia ou a guarda dos filhos.

Saiba que o divórcio litigioso é muito mais desgastante e demorado, logo, tente fazer com que o seu cônjuge concorde com a separação, para evitar mais frustrações.

Caso o casal entre com uma ação na justiça por conta de um divórcio judicial litigioso, cada um precisará de um advogado.

Aquele que concorda com a separação e todas as questões envolvidas no processo será o autor, ao passo que o outro será o réu. Isso resultará em um longo processo que só terá fim com a sentença final do juiz.

O judicial consensual também necessita passar por um juiz, porém não é tão demorado e cansativo quanto o litigioso.

Partilha de bens

Existem três modalidades quanto à partilha de bens, que serão realizadas conforme o desejo do casal.

Comunhão parcial de bens

Diz-se como patrimônio do casal tudo aquilo que foi adquirido durante o casamento, mesmo que algo tenha sido pago por apenas um dos envolvidos na relação.

Com isso, na comunhão parcial de bens, tudo aquilo que foi adquirido durante o casamento precisa ser dividido para ambos.

Nesse caso, o que foi adquirido antes do casamento não entrará na partilha de bens.

Comunhão total de bens

Nesse caso, os bens que já existiam antes do casamento são entendidos como patrimônio do casal.

Esses bens serão divididos igualmente com o divórcio.

Separação de bens

Na separação de bens, cada um dos cônjuges continua sendo dono do que tinha antes do casamento e de tudo que tiver adquirido, por sua própria conta, durante o casamento.

Ou seja: nenhum bem é de ambos, salvo se eles tiverem adquirido algum negócio em sociedade ou criado uma conta conjunta, por exemplo.

Guarda dos filhos

Primeiramente, é preciso entender que a quebra de vínculos afetivos ocorreu entre o casal, e não com os filhos.

Assim, o tratamento direcionado aos filhos deve ser o mesmo ao de quando os responsáveis pela criança formavam um casal.

Nesse sentido, quando o casal possui um ou mais filho(s) menor(es) de idade, com o divórcio, surge a questão da guarda.

Guarda é o conjunto de responsabilidades que os pais exercem sobre o(s) filho(s).

Quando há uma separação entre os responsáveis pelo menor e ambos os pais desejam se responsabilizar pelo filho, abre-se uma disputa para determinar qual deles terá a guarda.

Existem duas modalidades quanto à guarda, sendo elas:

Guarda unilateral

Essa modalidade se divide em duas, que são a guarda unilateral exclusiva e alternada.

A exclusiva é aquela em que apenas um dos pais possui responsabilidade e a guarda total do filho, o que faz com que o outro não possa tomar nenhuma decisão quanto à vida do menor.

Já na alternada, concede-se a guarda a um dos genitores por um curto período, oscilando entre ambos os pais.

Assim, o filho tem a sua guarda alternada entre os genitores.

Guarda compartilhada

É exercida por ambos os pais, ao mesmo tempo.

Desse modo, os genitores possuem o mesmo papel nas decisões sobre a vida do filho.

Pensão alimentícia

Os filhos têm direito a pensão alimentícia, que é o dinheiro disponibilizado por um dos pais para cobrir as despesas do filho, mas também pode ser solicitada pelo ex-cônjuge, caso esse prove que não tem capacidade de se sustentar.

O processo acarreta gastos

Saiba que entrar em um processo de divórcio pode desencadear alguns gastos com advogados, além de eventuais despesas que podem surgir com relação a isso.

Desse modo, o auxílio de um cartão de crédito pode ser fundamental para organizar as finanças durante os primeiros meses após o pedido de separação.

No site cartaofacildeaprovar.com são apresentados cartões de crédito que são facilmente aprovados, juntamente às suas principais vantagens.

O que fazer depois de divorciado

Depois de finalmente estar divorciado, é comum que você se sinta solitário e triste por um tempo.

Tais sentimentos não devem fazer parte de sua nova vida por muito tempo. É preciso recomeçar, trilhar novos rumos e almejar novos objetivos.

Primeiramente, não vale a pena chorar por alguém que não te deu valor durante a relação, pois se houve divórcio, alguma coisa não estava certa.

Procure fazer novos amigos e experimentar coisas novas, dedicar-se mais ao trabalho, abrir uma empresa ou uma loja.

Tente fazer coisas que você não poderia se estivesse em uma relação, pois não seria da vontade de seu cônjuge.

Sonha em ter um animal de estimação e seu ex odeia bichos? Vá em frente e arrume logo um cachorro Lulu da Pomerânia. Chega de passar vontade!

Tente criar novas metas e se desenvolver em âmbito pessoal.

Como viver depois de divorciado

Se vocês tiverem apenas um imóvel em comum e ainda não houver consenso sobre com quem ele ficará, tente alugar uma pensão para viver temporariamente.

Uma pensão para morar em São Paulo, por exemplo, custa em média 600 reais. O valor é menor do que um aluguel e é uma forma de não precisar ficar dividindo o teto quando o ambiente não está agradável para a convivência.

Saúde mental depois de divorciado

É comum que, após o divórcio, a saúde mental das pessoas que antes formavam um casal seja afetada.

Isso acontece, sobretudo, pela sensação de ter perdido tempo com alguém ou pelo sentimento de solidão.

Contudo, não há motivos para arrependimento, pois, provavelmente muitas lições de vida foram aprendidas com a vida de casado.

Tente organizar seus pensamentos, busque conforto na convivência com amigos e familiares, leia bons livros, procure praticar algum esporte e volte a fazer coisas que gostava antes de se casar.

Logo você terá muita satisfação na vida de solteiro (a) novamente.

Considerações Finais

O divórcio nunca é o sonho de alguém e por isso, quando acontece, sempre parece surpreender, mesmo quem já sabe, há algum tempo, que a relação vai acabar.

Não existe uma fórmula mágica para passar pela separação sem dores e sofrimentos, mas existem algumas coisas que não precisam ser tão complicadas, como as questões burocráticas e a organização da nova vida, por isso, a leitura constante, a preocupação com a própria saúde e com o bem estar dos filhos são essenciais, pois podem te ajudar a seguir em frente da forma mais racional possível e superar o término da relação o quanto antes.

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