Colaboradores - Tânia Voss

Estrelas da música e TV abrem o coração, falam de música, arte e pandemia

3 de Dezembro de 2020

Nesse ano de 2020, a quarentena parou o mundo, mas Baby do Brasil já retomou o fôlego e volta aos palcos com visual novo, celebrando a vida e cheia de projetos. Seu novo show “Depois de Tudo Ainda ser Feliz... É Festa na Floresta", especialmente preparado para esse momento único no mundo, chega aos palcos do Tom Brasil SP, dia 12 de dezembro de 2020, seguindo todos os protocolos de segurança, saúde, distanciamento e sanitização.

Desde os Novos Baianos, onde era a única cantora do grupo, Baby criou uma marca, um estilo próprio e vem se renovando e inovando a cada ano e surpreendendo com a sua forma física, figurinos e cabelos coloridos, somados à sua autenticidade, qualidade musical, alegria e criatividade com sua voz inconfundível.

Com fé inabalável, Baby carrega a mesma jovialidade que sugerem suas mechas punk-pink. “Nos primeiros meses da pandemia, em completo isolamento, pintei as paredes lá de casa para dar uma sacudida. Era como me sentia por dentro – as cores brotaram do meu interior. Por isso resolvi também radicalizar o discurso nos cabelos. Para concluir tudo isso, finalmente estou finalizando o tão esperado álbum de inéditas, com canções que estou amando", antecipa.

Rosa-choque e azul-turquesa, com nuances furta-cor, o mundo colorido de Baby do Brasil transborda para seus novos cabelos, tonificados com essas cores, e o astral que ela revisou, lapidou e ampliou durante o distanciamento social. Este novo show, como o título já revela, traz este colorido e é um elogio à vida. “Terá muita música de qualidade, feliz, com músicos extraordinários e participações especiais que serão surpresa. O show é cheio de esperança, positividade e alegria. Traz também a mensagem do quanto temos que nos amar e olhar com profundidade como a natureza se renovou com a nossa reclusão e como precisamos proteger essa conquista tão bem-vinda e inesperada. Há um forte desejo no meu coração de fazer com que todos se sintam muito felizes” – adianta Baby.

Durante a pandemia Baby aproveitou para mergulhar em muitos assuntos. “Fiz música, idealizei projetos, orei muito, conversei bastante com o Criador, escrevi um livro de orações, retomei a gravação do livro do Apocalipse na minha voz e resolvi reeditar o meu diário dos“Caminhos de Santiago”, lançado mais de 25 anos atrás. É claro que não poderia também deixar de montar um show totalmente novo, otimista e, com minha nova equipe, estou preparando projetos para 2021, que inclui um novo CD de inéditas e uma tournée”, conta ela.

Com direção de arte de Allex Colontonio e André Rodrigues e figurinos de Toni Maravilha, o repertório do show reúne seus clássicos (de“Menino do Rio”a“Acabou Chorare”, de"Cósmica"a"Telúrica"), passando por releituras eletrizantes de Vivaldi, Tina Turner e Louis Armstrong e outras novidades, entre elas a música inédita“Decorei a Onda”,que compôs durante a quarentena.

Sua banda é a mesma que a vem acompanhando desde Glasgow, na Escócia, no Seltic Festival/Mimo Festival, acrescentada de outros músicos extraordinários. É composta de três guitarras, algo inédito: Frank Solari, um dos maiores nomes da guitarra no Brasil, Guilherme Schwab, ex-Suricato, que ganhou um Grammy Latino, e Raphael Garrido, que ela descobriu tocando em Penedo no estado do RJ, e Jorginho Gomes, o legendário baterista dos Novos Baianos e seu parceiro na música“Telúrica”, o mestre do pandeiro Marcos Suzano, com sua percussão única e elegante, o teclado firme e preciso de Luciano Lopes e o contrabaixo swingadíssimo de Milton Pelegrino, a mais nova aquisição da banda. Tudo isso e muito mais, com Baby esbanjando garra com sua energia que contagia a todos.  Para ela, definitivamente, o mundo não acabou. 

Tom Brasil SP(Rua Bragança Paulista, 1281 – Chácara Santo Antônio – São Paulo)  . Show: Baby do Brasil –“Depois de Tudo Ainda ser Feliz... É Festa na Floresta" . Data e horário: 12 de dezembro de 2020, sábado, às 20h    

No dia 04 de dezembro, às 20 horas, o Tom Brasil recebe Jorge Vercillo para um show mais do que especial de violão e voz. O show contará com grandes sucessos dos quase 25 anos de carreira do artista.   A apresentação terá um clima intimista e promete emocionar os fãs do início ao fim. “Esse show é muito especial para mim, pois me aproxima do meu público cada vez mais, onde canto os meus maiores sucessos com versões bem intimistas e posso apresentar minhas músicas com a qual elas nasceram pra mim" comenta Jorge.  

Depois da fase como apresentador do programa Compositores Unidos, gravado pelo Canal Brasil em sua casa, junto com Dudu Falcão, o músico pretende voltar a implementar saraus com vários cantores e compositores em sua casa. A ideia é que partes desses eventos sejam filmadas e transmitidas pela internet.  Horário mudou: Em função da reclassificação para a fase amarela do Plano São Paulo, os shows do Tom Brasil no mês de dezembro terão os seguintes horários: Abertura da casa: 18h - Início do show: 20h

Bela é revelação na música, com composições e misturas de ritmos.

Assistir ao videoclipe da canção “The Wolf”, nas plataformas digitais, permite descobrir muita coisa. Fica evidente que a cantora e compositora BELA, de 26 anos, tem uma voz encantadora, com delicadeza mas capaz de arrebatar com força o ouvinte. Ela escreve versos em inglês com densidade poética, e ainda apresenta um clipe com rara combinação de beleza, sensibilidade e simplicidade.

“The Wolf” chega em inglês porque reflete as vivências de quase um ano em Londres, para onde BELA foi, como ela mesmo diz, de mala e cuia. Largou um emprego em agência de publicidade para estudar no BIMM (The British and Irish Modern Music Institute).

Formada em balé clássico, a música já a acompanhava havia muito tempo, com aulas de canto, participação nos corais da escola e estudos para atuar em musicais. Mas a fagulha que acendeu a vontade de realmente se jogar na música veio pela primeira vez no Lollapalooza de 2016, ao assistir aos shows de Mumford and Sons e Of Monsters and Men, bandas do melhor indie folk do planeta.

“Nem eu consigo muito dizer de onde vem essa ligação com o folk. É um estilo que me toca muito, desde a primeira vez que eu vi o Mumford and Sons ao vivo. Depois, ganhei na agência ingressos para o show de Anavitória e fiquei maravilhada. Tinha um medinho de seguir para música quando era mais nova, mas, em 2019, eu quis fazer essa transição profissional”, recorda.

Ela aprendeu muita coisa em sua vida londrina, muito além das salas da faculdade. Tocou na rua, fez shows, até num lugar onde Ed Sheeran se apresentou, o que conta com entusiasmo de fã devotada. Por conta da pandemia e do lockdown, voltou para o Rio. Mas sem qualquer frustração, porque sente dentro dela um chamado forte para conduzir sua carreira no Brasil.

“Desandar”, seu primeiro single, foi lançado digitalmente antes de ir para o Reino Unido. Escrever em português ou inglês não é determinante. Embora dedique muita transpiração ao ato de compor, sente que as canções estão vagando por aí, e às vezes tem a sensação de ser atravessada pela inspiração. A vontade de levar sentimentos ao papel é forte. Ela se define como uma pessoa observadora. “Não sou falastrona”, diz, rindo. Gosta de notar as coisas não tão aparentes e escrever sobre elas.

“The Wolf” teve origem em um sonho, que relembra com minúcias. “Estava num deserto, cega, não enxergava nada. Sentia o vento. A visão retorna e estou perto de um morro. Há uma corda dourada e um lobo no alto do morro. Acho que essa cegueira representa bem meu momento de mudança, de mergulhar em um mundo totalmente diferente. O lobo pode representar uma força de libertação, no meu caso uma força feminina de seguir o coração, de correr atrás do que quero e não do que os outros pensam ser o melhor para mim.”

Em “The Wolf”, BELA toca banjo, um instrumento essencial para a música folk. Ela domina também o violão e o banjolele, “um banjo pequenininho”, espécie de "parente" do havaiano ukelele. O single foi produzido por Guiga (Guilherme Jarlicht), único amigo brasileiro dela na faculdade londrina. Produzido no Soho Sonic Studio, estúdio aonde artistas como Keane, Leona Lewis e Diplo já gravaram, teve participações presenciais e à distância: Leo Rodrigues (violão), Pedro Mamede (bateria), Leo Jarlicht (baixo) e Maria Palma (backing vocals).

Além dos belos vocais de apoio, que ajudam a formar uma espécie de uivo etéreo, a portuguesa Maria dirigiu e editou o clipe, e também é responsável pelas fotos de divulgação do trabalho. “The Wolf” mostra BELA em um campo florido, com imagens delicadas. “Gosto de mato, do verde. O mood do clipe traduz bem como me sinto bem em contato com a natureza.”

Bela sabe que uma ou duas canções não são suficientes para exibir a identidade de uma artista. Trabalha agora bastante no ambiente digital, em novas composições e gravações. Quer lançar um EP no início de 2021. As novas demos trazem canções autorais em português e uma série de covers, adaptando músicas de pagode ou outros ritmos brasileiros em releituras para uma linguagem folk.“Quero muito dar mais voz ao folk no Brasil!”
Ouça “The Wolf”: https://ditto.fm/the-wolf-bela
 youtube.com/belazaremba

Roberta Miranda radicaliza e muda o visual. Após realizar uma enquete no Instagram sobre se deveria ou não mudar no visual, a cantora Roberta Miranda se rendeu às tesouras e deu adeus ao antigo e tradicional corte de cabelo que o público já conhecia.

A sertaneja adotou o versátil Chanel desestruturado. Durante a transformação, que ocorreu na tarde desta terça-feira (02/12), Roberta Miranda abriu suas redes sociais e em pouquíssimos minutos atraiu mais de 20 mil internautas no Facebook, que puderam interagir com a cantora ao vivo enquanto ela cortava as madeixas. A transformação, no entanto, não deve parar por aqui. A rainha da música promete um visual repaginado para 2021. Aguardem!

Noéis Cantores dos Trovadores Urbanos - Apresentações gratuitas sextas dias 4, 11 e 18 dezembro - SP.  Neste ano em que tudo aconteceu de maneira diferente, os Trovadores Noéis também farão uma festa diferente e especial na Casa dos Trovadores. Para que o clima natalino se fortaleça, todas as sextas-feiras até o Natal, eles cantarão na janela do casarão - como o mais lindo “Cuco”, de meia em meia hora - para alegrar ao público fiel das “Seresta de Sexta”.

Alegria das crianças há muitos anos, os Trovadores Noéis não poderiam deixar passar em branco uma data tão especial. A Casa dos Trovadores está fechada presencialmente para as Serestas de Sexta nesse ano de 2020, mas o público paulistano poderá assistir ao espetáculo dos Trovadores Noéis de dentro do carro ou mesmo na calçada, respeitando o distanciamento social e todas as regras de saúde recomendadas pelas autoridades.

Nas sextas de dezembro (dias 4, 11 e 18), os Noéis estarão de máscaras e os portões da Casa dos Trovadores fechados, mas isso não impedirá que o espetáculo que encanta o Natal do público paulistano aconteça. No melhor estilo “Cuco”, os Trovadores Noéis aparecerão na sacada no Casarão a cada meia hora e, durante 15 minutos, encantarão a todos com as mais lindas canções de Natal. Além disso, uma caixa de correio em frente ao portão da Casa dos Trovadores receberá as cartinhas das crianças para o Papai Noel.
Segundo Maida Novaes, coordenadora do grupo, esse é um momento de enorme preocupação com a Covid, mas os Trovadores Urbanos decidiram oferecer esse show para alegrar o Natal da cidade. Certamente, um carinho que ajudará - e muito - a manutenção da saúde emocional e mental de uma já tão sofrida população.

Todas as sextas, os Trovadores Noéis se apresentarão sacada de sua sede às 20h, 20h30, 21h e 21h30. A Casa dos Trovadores fica na rua Aimberê, 651, em Perdizes. Gratuito. Apresentação na janela - Rua Aimberê, 651 – Perdizes (SP) . Dias 04, 11 E 18 de dezembro 20h / 20h30 / 21h / 21h30 - Gratuito.

 2ª edição do "Meu Trenó é Diferente" acontece no sábado, 05 de dezembro
 No sábado, a partir das 8h, acontece a 2a Edição do Meu Trenó é Diferente, passeio motociclístico por conhecidas vias da cidade de São Paulo, que tem como objetivo arrecadar doações para instituições que cuidam de crianças em situação de vulnerabilidade.. Além disso, as crianças da Associação Apocalipse foram convidadas a assistir o evento Monster Jam e passaram uma tarde inesquecível. Evento: Meu Trenó é Diferente
Data: 05 de dezembro (sábado)
Local de saída: Estádio do Pacaembu
Horário: 8h (ponto de encontro e entrega das doações) / 9h (início do passeio)       

Cantora Graziela Medori e o pianista Alexandre Vianna lançam disco dedicado à obra do Clube da Esquina. Álbum Nossas Esquinas revisita composições do clube musical mais famoso de Minas Gerais.
O Clube da Esquina nasceu de um encontro de artistas em uma esquina de Belo Horizonte, uma forte junção entre músicos e compositores mineiros, mas acima de tudo, a amizade, que foi o maior elo entre essa geração de artistas que estavam descobrindo a música como forma de se expressar. Milton Nascimento, Lô e Marcio Borges, Fernando Brant, Nelson Ângelo, Ronaldo Bastos, Beto Guedes, Toninho Horta e Wagner Tiso entre outros, contribuíram para a criação de uma sonoridade única que tinha influência forte da banda britânica The Beatles, da música latina com o canto das igrejas, dos temas que abordavam a importância da amizade genuína, os momentos políticos vividos na década de 70, as raízes ancestrais e o sentimento coletivo de amor e perseverança.

O encontro que se transformou em canções foi um divisor de águas para a música popular brasileira e o grande aglutinador dessa junção poética e sonora.
Foi Milton Nascimento, que com uma carreira sólida, abriu os caminhos para o jovem amigo Lô Borges e os outros artistas agregaram dentro desse processo coletivo de se fazer música. Os discos lançados em 1972 e 1978 são dois dos álbuns mais importantes desse período musical brasileiro, atravessando o oceano e conquistando artistas como o guitarrista norte-americano Pat Metheny e John Lennon entre outros astros da música mundial.

A cantora Graziela Medori e o pianista Alexandre Vianna se uniram para revisitar essa obra clássica do Clube da Esquina, selecionando seis músicas de cada um álbuns, em uma releitura onde predominam a voz e o piano, complementando com camadas de sintetizadores, vocais e percussão, soando assim um trabalho moderno sem perder a singularidade das gravações originais. O álbum Nossas Esquinas, com lançamento pela produtora e gravadora Kuarup, que é o terceiro trabalho da carreira de ambos os artistas, Alexandre Vianna e Graziela Medori, é uma homenagem e reverência a duas das obras mais importantes da música popular brasileira, trazendo o resgate de sonoridade e composição, mas também dessa atmosfera de união que ao longo do tempo, pela rapidez da informação que afastaram o ouvinte da sensibilidade e afeto.

A dupla fez de sua casa o lugar para viajar dentro desse universo, pesquisando, lendo, assistindo documentários e o filme Jules And Jim, que inspirou Milton Nascimento e Márcio Borges a comporem juntos. Um dos pequenos quartos do apartamento no bairro da Lapa, na capital paulista, se tornou o home estúdio e nas horas possíveis onde tudo silenciava, quase sempre nas madrugadas, se tornava o momento certo para gravar pianos e vozes.

Andreas e Yohan Kisser - eletroacústico trio com participação especial de Renato Zanuto, dia 05 de dezembro,  19:00h e 21h30h, no Blue Note SP.
Andreas Kisser (Sepultura) juntamente com o seu filho Yohan Kisser (Sioux 66) se unem ao maestro e tecladista Renato Zanuto formando um trio eletroacústico para apresentar arranjos inéditos de grandes clássicos do rock mundial em versões elétricas e acústicas. Confira nossa programação:

03/12/2020 – Emjazz com Mark Lambert – Tributo a Beatles

04/12/2020 – Eric Clapton Tributo com Big Gilson e Banda

05/12/2020 – Andreas & Yohan Kisser – Eletroacusticos    

11/12/2020 – Go Black – Motown Classics

12/12/2020 – Amy Lives – Amy Winehouse Tribute

17/12/2020 – QUEEN LEGACY – Tributo ao QUEEN  

19/12/2020 – A Cor do Som – Álbum Rosa  - Local: Blue Note São Paulo 

Eclético, Vandré Silveira fala da carreira e de como é ser sex symbol aos 40. Prestes a completar 20 anos de carreira, Vandré Silveira fala de novos trabalhos, TV, teatro e fama de sex symbol aos 40 anos
Atualmente no ar na novela ‘Jesus’, da Record TV, Vandré Silveira tem muito o que comemorar. O ator completa 40 anos em 2021, 20 deles dedicados ao mundo das artes, com vários destaques na TV, Cinema e Teatro.

- É um grande prazer viver de arte. No entanto, é difícil, infelizmente, pois nem sempre ter um vasto currículo, com trabalhos nos palcos, cinema e televisão, significa que você será chamado frequentemente para trabalhar. Nós, atores, enfrentamos muitos percalços todos os dias. São vários testes e nem sempre conseguimos aquele papel para o qual nos empenhamos tanto. Mas não se pode desanimar. Temos que seguir em frente lutando pelo que acreditamos – diz.

O ator ganhou fama de sex symbol, não somente no Brasil, mas também no exterior. A trama já foi exibida em mais de 32 países, entre eles Estados Unidos, Colômbia, México, Angola, Uruguai, Portugal, Inglaterra, Chile e, mais recentemente, na Argentina, onde foi líder de audiência na Telefe, maior emissora do país.

Apesar do personagem aparecer sempre coberto na trama, os fãs da novela entraram nas redes sociais do ator e viram que o intérprete de Lázaro, além de bonito, está em forma e isso fez com que o ator recebesse bastantes elogios.

- Fico lisonjeado com os elogios. Mas acho que ser sexy está relacionado com se sentir bem consigo mesmo. Ser quem você é, sem buscar se encaixar em padrões irreais de beleza – explica.
Após o sucesso em ‘Jesus’, Vandré viveu um personagem bem diferente. No fim de 2019, ele deu vida ao personagem Tibério, que foi o advogado de Josiane (Agatha Moreira) em ‘A Dona do Pedaço’.

- Eu lembro que na época brincaram muito com isso, falavam ‘de amigo de Jesus para advogado do diabo’. E isso é muito bom, pois muitas pessoas me dizem que tenho como característica ser um ator muito camaleônico. Nesse caso, eu tive que entender esse personagem. Gosto de humanizar os personagens e tive um retorno bom. Alguns advogados criminalistas me procuraram para dizer que estavam agradecidos, pois se viram bem representados na televisão. Poder viver essa história e dar vida a esse personagem foi uma delícia e agradeço muito ao Walcyr Carrasco e à Agatha, que foi uma ótima parceira de cena – enfatiza.

Para 2021, o ator poderá ser visto como o caminhoneiro Euripedes na série ‘Amor dos Outros’. A produção foi gravada em 2019 em São Luis (Maranhão), com produção da Framme Produções e direção de Alexandre Mello, e entra no ar em breve no Cine Brasil TV e no Now.

- Na série, interpreto o personagem Eurípedes, um caminhoneiro, que é marido de Sandra (Júlia Horta). Ele é muito apaixonado, mas ciumento, e volta para a estrada para satisfazer a amada, que tem o sonho de ter uma casa própria fora dos padrões básicos. É um homem bom, porém machista, um bronco, que acha que a mulher tem que ficar em casa cuidando do lar. Em um certo momento, para ajudar na renda familiar, ela acaba indo trabalhar, escondida dele, como camareira em um motel. Isso vai causar uma série de conflitos e uma crise muito forte entre eles – completa.

Ele ainda ressalta que foi uma benção fazer um caminhoneiro, pois tem um avô que encarava as estradas no volante, então foi o regaste de sua ancestralidade.
Eu aprendi a dirigir caminhão, tive algumas aulas e foi mágico. Foi muito gratificante fazer o Eurípedes. Um personagem rústico, mas, ao mesmo tempo, doce. Um ser humano muito afetivo - finaliza Vandré.
Além da TV, Vandré acumula sucessos também nos palcos. Ele tem um vasto currículo, onde se destaca por sua versatilidade.

- Nesses quase 20 anos de carreira já fiz muitas peças, entre elas teve o meu primeiro projeto autoral: o monólogo ‘Farnese de Saudade’, com direção de Celina Sodré, sobre o artista plástico Farnese de Andrade. Eu estreei em 2012 e a última temporada que fiz foi no teatro Poeirinha (RJ) em 2018. Foi muito especial, pois atuei, escrevi a dramaturgia, criei a instalação cenográfica e ainda fomos agraciados com prêmios e indicações – ressalta.

Além de Farnese, ele fez outros papéis memoráveis como em ‘O Homem Elefante’, com direção de Cibele Forjaz e Wagner Antônio, em 2015, em que dava vida ao personagem título e comoveu muitas pessoas com sua atuação em temporadas no Rio de Janeiro e São Paulo. ‘A Casa Apodrecida”, versão teatral livremente inspirada no romance realista 'O Primo Basílio', escrito por Eça de Queirós e publicado em 1878, que teve direção de Leonardo Bertholini e Vandré interpretava o próprio Basílio.

- Foram muitos trabalhos que levo com muito carinho e espero que em breve possamos retornar com o teatro que é tão importante para a cultura do nosso país – finaliza Vandré.
Ele prepara um projeto autoral para levar aos palcos após o fim da pandemia.

- Estou trabalhando em um projeto autoral chamado ‘A Hora do Boi’ que trata da relação do homem com os animais, uma relação de exploração e crueldade. O texto aborda a visão antropocentrista do homem que se coloca numa relação de superioridade aos outros seres - revela Vandré.

Ele tem planejado levar ‘A Hora do Boi’ aos palcos após o período de quarentena. O projeto tem argumento de Vandré, com texto da Daniela Pereira de Carvalho, direção do André Paes Leme e direção de produção do Caio Buker.

- ‘A Hora do Boi’ conta a história do Senhor Francisco, um homem que trabalha em um abatedouro de bovinos, ele se afeiçoa a um boi, que coloca o nome de Chico. Ele cuida dele, mas ele tem um conflito quando chega “a hora do boi”, ou seja, a hora do abate está chegando. No meio disso tem a figura de Francisco de Assis, não em uma leitura religiosa, mas como o homem que viveu e que se aproximou dos animais e respeitou todos os seres, ele aparece como narrador dessa história – finaliza o multifacetado ator que irá representar todos os personagens em cena. Crédito fotográfico: Oseias Barbosa

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