Com transmissão gratuita pelas redes sociais da Companhia e a plataforma #CulturaEmCasa, Dança Hoje apresenta trabalhos que exploram novas percepções dos espaços do
Teatro Sérgio Cardoso
(1) Cena de Linha de Frente, de Yuri Ruppini, com a bailarina Michelle Molina |
Localizado no coração do bairro do Bixiga, o Teatro Sérgio Cardoso completa 40 anos de rica trajetória cultural no dia 13 de outubro. Uma das comemorações previstas para a data fica por conta da São Paulo Companhia de Dança (SPCD), corpo artístico da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela Associação Pró-Dança e dirigida por Inês Bogéa. Trata-se do projeto Dança Hoje, uma coleção de coreografias contemporâneas inéditas criadas especialmente para o suporte audiovisual a partir de um fino entrosamento entre música e movimento.
A exibição da obra será na data exata do aniversário do Teatro – 13 de outubro, às 18h – e fecha uma programação especial criada pela Amigos da Arte que acontece a partir do dia 9, com exibições gratuitas pela plataforma de streaming #CulturaEmCasa , criada em abril pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerida pela Organização Social Amigos da Arte, e pelas redes sociais da Companhia. O vídeo também faz parte da série de ações do selo #SPCDdigital.
"O Teatro Sérgio Cardoso, nos seus 40 anos de história, se consolidou também como um palco valioso para a dança, tendo recebido ao longo de sua trajetória renomadas companhias nacionais e internacionais. É uma honra para nós ter nesse aniversário a participação da São Paulo Companhia de Dança, tão conectada com a história do teatro e fundamental na cena artística do país", diz Danielle Barreto Nigromonte, diretora executiva da Amigos da Arte, instituição que gerencia o Teatro Sérgio Cardoso.
Gravado no próprio teatro – a casa da SPCD durante suas Temporadas anuais -, Dança Hoje surgiu de uma provocação da diretora da Companhia, Inês Bogéa, durante o período em que os bailarinos estavam isolados em suas casas em quarentena. O objetivo era fazê-los explorar as possibilidades da contemporaneidade com a criação de obras de curta duração e número reduzido de intérpretes dentro das possibilidades impostas pelo contexto social do momento.
Concebidos à distância e idealizados para o meio digital, os solos, duos, trios e quartetos originados ganharam novas camadas a partir de sua relação com o vídeo, através das lentes de Rubens Crispim Jr., e também da música, parte dela executada ao vivo por instrumentistas do Percorso Ensemble, com direção musical de Ricardo Bologna.
Coreógrafos nacionais e internacionais, alguns deles situados a milhares de quilômetros dos intérpretes, foram convidados a colaborar com o projeto e desenvolver processos criativos por meio de ferramentas de vídeo online, como Esdras Hernández, Mônica Proença, Jonathan dos Santos e Yuri Ruppini, além do dramaturgo Bastian Thurner. Bailarinos da Companhia que experimentam o ofício de coreógrafo dentro do Programa de Desenvolvimento de Habilidades Futuras do Artista da Dança, mantido pela própria SPCD, também puderam elaborar trabalhos a serem dançados pelos próprios colegas.
“O projeto Dança Hoje nasce do desejo de dar vazão a processos criativos coletivos mesmo diante do desafio imposto pelo novo arranjo social no qual vivemos. Com base nisso, bailarinos, coreógrafos, músicos e instrumentistas foram convidados para estruturar diálogos cênicos a partir das ferramentas que cada um domina. Essa é uma forma de manter estreitos os laços dos artistas com o público ao mesmo tempo em que continuamos a ocupar o Teatro Sérgio Cardoso, a casa de nossas temporadas, para celebrar esses 40 anos de intensa atividade cultural”, ressalta a diretora artística e executiva da São Paulo Companhia de Dança, Inês Bogéa.
A exibição acontece no canal da Companhia no YouTube (São Paulo Companhia de Dança) e no Facebook (@spciadedanca) e também na plataforma #CulturaEmCasa (www.culturaemcasa.com.br), criada pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerida pela Amigos da Arte, que já soma mais de 1,6 milhão de acessos desde o seu lançamento, em abril. Pelo Instagram (@saopaulociadedanca) e o Twitter (@spciadedanca), o público vai poder conferir ainda detalhes sobre os bastidores das gravações.
Ficha técnica das coreografias do projeto Dança Hoje:
Sociedade das Mulheres
Coreografia: Luan Barcelos
Música: Noturno nº 20 em Dó Sustenido Menor, Op. Posth, de Frédéric Chopin (1810 - 1849), interpretado por Amanda Martins (violino) e Horácio Gouveia (piano)
Iluminação: Nicolas Marchi
Figurino: Raquel Davidowicz - UMA e Edmeia Evaristo
Bailarinos: Ana Roberta Teixeira, Ana Silva e Cecília Valadares
O trabalho é inspirado pela força das mulheres nos dias atuais, com suas fragilidades e intensidades, enfatizando a importância delas para a família e a sociedade e também a evolução e a independência por elas alcançadas.
Sonatina
Coreografia: Ammanda Rosa
Música: Sonatina em Lá Menor, Op. 137 Nº 2 D 385, de Franz Schubert, interpretado por Amanda Martins (violino) e Horácio Gouveia (piano)
Iluminação: Nicolas Marchi
Figurino: Acervo SPCD
Bailarinos: João Gabriel Inocêncio e Leonardo Pedro
Sonatina é uma obra pensada para dois jovens bailarinos com o intuito de mostrar o frescor e a energia que a juventude tem. Os movimentos são baseados na brincadeira existente na música entre violino e piano, buscando integrar os corpos dos bailarinos a esses instrumentos.
Dualidade
Coreografia: Mônica Proença e Jonathan dos Santos
Música: Lingering Darkness, de Logan Jones, executada por Adriana Holtz (violoncelo)
Iluminação: Nicolas Marchi
Figurino: Yuk Dancewear
Bailarinas: Letícia Forattini e Luiza Yuk
Dois coreógrafos, duas intérpretes, duas linguagens dentro de uma mesma dança. A obra conecta artistas presentes em três diferentes países – Alemanha, Canadá e Brasil –, em um diálogo entre as linguagens da dança clássica e contemporânea.
Brumas
Coreografia e música: Matheus Queiroz
Iluminação: Nicolas Marchi
Figurino: Acervo pessoal
Bailarino: Matheus Queiroz
A coreografia explora o movimento como uma resposta às incertezas despertadas pela pandemia e busca evidenciar que, mesmo em meio às adaptações feitas por cada um para enfrentar esta condição, sempre há formas de encontrar um caminho para atravessar o nevoeiro.
Linha de Frente
Coreografia: Yuri Ruppini
Música: João de Nada e Clocks & Clouds
Iluminação: Nicolas Marchi
Figurino: Edmeia Evaristo
Bailarina: Michelle Molina
Sob a ótica do teatro épico de Bertolt Brecht (1898-1956) e da teoria crítica de Walter Benjamin (1892-1940), a obra traça um paralelo entre conflitos pessoais e universais e coloca a bailarina para explorar tensões anárquicas no corpo em busca de sua plena libertação.
Objeto do Meu Próprio Desejo
Coreografia e música: Esdras Hernández Villar
Iluminação: Nicolas Marchi
Figurino: Edmeia Evaristo
Bailarino: Daniel Reca
A obra é um convite a um mergulho no pensamento de um dos maiores bailarinos e coreógrafos do século XX, o russo Vaslav Nijinsky (1889-1950), a partir de releituras das criações desse artista, confinado após um diagnóstico de esquizofrenia. Os fantasmas de seu passado artístico vêm visitá-lo uma última vez para lembrá-lo de quem ele foi e avisá-lo quem ele será na história.
| CON | TATO |
Coreografia: Letícia Forattini
Música: Solitude, de Matheus Queiroz (violão)
Iluminação: Nicolas Marchi
Figurino: Acervo pessoal
Concepção e dramaturgia: Letícia Forattini e Bastian Thurner
Intérpretes: Matheus Queiroz, Nielson Souza, Renata Peraso e Rodolfo Dias Paes
Quatro artistas ocupam diferentes pontos de um teatro vazio. Diversas sensações permeiam a relação entre eles no espaço e tempo. Seria a conexão que os une fruto de memórias, sonhos ou desejos? A obra é permeada por trechos de Cartas 1793 - 1811, do poeta alemão Heinrich von Kleist (1777-1811).
Ikigai
Coreografia: Renata Peraso
Música: Hisato Tanaka (2020)
Iluminação: Nicolas Marchi
Figurino: Acervo pessoal
Bailarino: Yoshi Suzuki
Ikigai (生き甲斐) é uma palavra de origem japonesa que significa "razão de viver", "objeto de prazer para viver" ou "força motriz para viver". De acordo com a tradição nipônica, todos têm um ikigai. A partir disso, coreógrafa e bailarino refletem sobre a motivação e as dificuldades da vida e como a busca pela própria essência pode ser boa e, muitas vezes, perturbadora.
Sobre o Teatro Sérgio Cardoso
Localizado no boêmio bairro paulistano do Bixiga, o Teatro Sérgio Cardoso foi inaugurado em 13 de outubro de 1980, com uma homenagem ao ator. Na ocasião, foi encenado um espetáculo com roteiro dele próprio, intitulado “Sérgio Cardoso em Prosa e Verso”. No elenco, a ex-esposa Nydia Licia, Umberto Magnani, Emílio di Biasi e Rubens de Falco, sob a direção de Gianni Rato. A peça “Rasga Coração”, de Oduvaldo Viana Filho, protagonizada pelo ator Raul Cortez e dirigida por José Renato, cumpriu a primeira temporada do teatro.
Sobre o #CulturaEmCasa
A plataforma #CulturaEmCasa foi lançada no dia 20 de abril. Seu objetivo é ampliar o acesso da população a conteúdos culturais de qualidade, 100% gratuito. Nos três primeiros meses, registrou cerca de 1,2 milhão de acessos aos mais de 800 conteúdos disponibilizados.
O conteúdo é gerado pelas instituições culturais vinculadas à Secretaria, por instituições parceiras e por artistas e produtores culturais independentes, que são remunerados pelo licenciamento. Trata-se, portanto, de um instrumento de geração de renda e oportunidades para o setor cultural e criativo de São Paulo.
Realizado pela plataforma, o Festival #CulturaEmCasa apresenta lives de artistas representativos da diversidade cultural de São Paulo, como Renato Teixeira, José Celso Martinez Corrêa, Supla, Sérgio Mamberti, Tom Zé, André Abujamra, Cássio Scapin, entre outros. De sexta a domingo, também às 21h30.
A plataforma segue apresentando as lives do Intensivão #CulturaEmCasa (terças e quintas-feiras às 17h). O Intensivão série de aulas e palestras com temas diversos relacionados à arte e à criatividade. Já participaram nomes como Marcelo Tas, Débora Tabacof, Estéfi Machado, Ivam Cabral, Rita Von Hunty e Dona Jacira, Paulo Jackson (do Museu Catavento) entre outros.
Ainda no formato live, a plataforma #CulturaEmCasa também lançou no dia 29 de junho, o programa #Diálogos Necessários, que reúne pensadores e profissionais de diversas áreas para reflexões plurais com abordagens diversificadas e antagônicas. Os encontros serão moderados pelo ensaísta e professor de Literatura João Cezar de Castro Rocha e pelo jornalista Martim Vasques da Cunha. O #Diálogos Necessários é veiculado todas as segundas e quartas-feiras, às 17h.
Na plataforma, também é possível acompanhar o #SPGastonomia, lançado no dia 6 de julho. De segunda a quinta-feira, às 19h30, chefs, nutricionistas e especialistas brindarão o público com aulas, receitas, histórias, curiosidades e debates sobre diversos temas relacionados à gastronomia de São Paulo. Será uma grande vitrine da diversidade e da qualidade do setor. As lives têm nomes como Lucas Corazza, Mohamad Hindi, André Boccato e Morena Leite.
A plataforma reúne também conteúdos inéditos das instituições da Secretaria, entre as quais a OSESP, a Jazz Sinfônica, a Pinacoteca, o Museu da Imagem e do Som, o Museu do Futebol, o Museu da Diversidade Sexual, a São Paulo Companhia de Dança, o Projeto Guri e a SP Companhia de Dança.
Plataforma:
www.culturaemcasa.com.br
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SÃO PAULO COMPANHIA DE DANÇA
Direção Artística e Executiva | Inês Bogéa
Criada em janeiro de 2008, a São Paulo Companhia de Dança (SPCD) é um corpo artístico da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela Associação Pró-Dança e dirigida por Inês Bogéa, doutora em Artes, bailarina, documentarista e escritora. A São Paulo é uma Companhia de repertório, ou seja, realiza montagens de excelência artística, que incluem trabalhos dos séculos XIX, XX e XXI de grandes peças clássicas e modernas a obras contemporâneas, especialmente criadas por coreógrafos nacionais e internacionais. A difusão da dança, produção e circulação de espetáculos é o núcleo principal de seu trabalho. A SPCD apresenta espetáculos de dança no Estado de São Paulo, no Brasil e no exterior e é hoje considerada uma das mais importantes companhias de dança da América Latina pela crítica especializada. Desde sua criação, já foi assistida por um público superior a 732 mil pessoas em 17 diferentes países, passando por aproximadamente 145 cidades em cerca de 1.000 apresentações. Desde sua criação, a Companhia já acumulou mais de 30 prêmios nacionais e internacionais. Além da Difusão e Circulação de Espetáculos, a SPCD tem mais duas vertentes de ação: os Programas Educativos e de Sensibilização de Plateia e Registro e Memória da Dança.
INÊS BOGÉA - Direção Artística e Executiva | Inês Bogéa é doutora em Artes (Unicamp, 2007), bailarina, documentarista, escritora, professora no curso de especialização Arte na Educação: Teoria e Prática da Universidade de São Paulo (USP) e autora do “Por Dentro da Dança” com a São Paulo Companhia de Dança na Rádio CBN. De 1989 a 2001, foi bailarina do Grupo Corpo (Belo Horizonte). Foi crítica de dança da Folha de S. Paulo de 2001 a 2007. É autora de diversos livros infantis e organizadora de vários livros. Na área de arte-educação foi consultora da Escola de Teatro e Dança Fafi (2003-2004) e consultora do Programa Fábricas de Cultura da Secretaria de Cultura do Estado (2007-2008). É autora de mais de quarenta documentários sobre dança.
Este release está disponível para download no site da SPCD em www.spcd.com.br em Comunicação | Releases.
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