Por Valéria Calente e Sheila Domingues
A nossa viagem inicia um passeio por Dr.-Karl-Renner-Ring onde se encontra o Parlamento Austríaco.
O primeiro símbolo democrático depois da monarquia, construída entre 1874 e 1883 o Parlamento foi construído em um estilo neoclássico e grego. O arquiteto que projetou o parlamento foi Theophil Hansen.
Não muito longe encontramos o Castelo de Hofburg um imenso complexo arquitetônico, que ocupa a grande área das antigas possessões imperiais.
Por 600 anos o Castelo de Hofburg foi a residência do Kaiser, abriga vários museus, uma capela, uma igreja, a Biblioteca Nacional Austríaca, a Escola de Equitação do Inverno e o gabinete do Presidente da Áustria.
A visita ao Castelo atravessa os Apartamentos Imperiais (Kaiserappartements) o Museu de Sissi e a impressionante Prataria Imperial.
Com o fim da monarquia dos Habsburgos, os talheres tornaram-se propriedade da República da Áustria.
O museu exibe serviços luxuosos de copos, objetos de prata e porcelana, utensílios e toalhas de mesa da cozinha imperial
Em seguida visitamos o museu da Imperatriz Elisabeth di Baviera (mais conhecida como Sissi) e seu esposo o Imperador Francisco José I com 16 cômodos separados por vários estilos entre eles o barroco, rococó, colonial.
Visitas:
De setembro a junho: das 9:00 às 17:30
De julho a agosto, das 9:00 às 18:00.
Preço:
Adultos: 15 €.
Estudantes, Cartão Viena: € 14.
Crianças dos 6 aos 18 anos: 9 €.
Entrada gratuita com o Vienna Pass.
Construído no século XVII, o Palácio de Schönbrunn era a enorme residência de verão da família imperial.
Os quartos, decorados em estilo rococó como os salões oficiais impressionam com sua suntuosidade, assim como, pelo contrário a simplicidade dos quartos particulares de Francisco José I e da imperatriz Elisabeth.
Algumas das salas mais interessantes do palácio são a Grande Galeria dos banquetes imperiais, a Sala Circular Chinesa, onde Maria Teresa manteve conversas privadas com seu chanceler, a Sala do Café da Manhã e a Sala Azul Chinesa, onde em 1918 Carlos I abdicou.
Visita:
Grand Tour; Adultos 20€, dos 6 aos 18 anos: 13€.
Tour Imperial; Adultos 16€, idades entre 6 e 18: 11,50€.
Labirinto; Adultos 6€, dos 6 aos 18 anos: 3,50€.
Gloriette; Adultos 4,50€, idades dos 6 aos 18: 3,20€.
Entrada gratuita com o Vienna Pass.
Em seguida fomos a Igreja Santa Maria dos Anjos onde se encontra a Igreja dos Cappuccini (Cripta Capucinha) que foi construída em 1633 para receber os restos mortais dos nobres. A Cripta Imperial de Viena é o lugar de eterno repouso da dinastia Hasburgos, lá estão sepultados Imperadores do Sacro Romano Impero, Imperadores da Áustria e seus descendentes.
No mausoléu encontramos verdadeiros monumentos, sendo certo que com o passar dos anos a cripta foi reformada e ampliada para acomodar os membros do império.
Os túmulos independentes são geralmente uma variação de um baú com teto plano ou uma bacia com lados inclinados e uma tampa convexa com velas decoradas os ornamentos variam de simples a mais elaborados.
Todos trazem a imagem de um crânio, para lembrar que somos todos iguais e teremos todos o mesmo destino.
Até o século XVIII, o material mais comum para um sarcófago era semelhante ao bronze, uma liga de estanho, coberta com goma-laca.
Os esplêndidos túmulos dos períodos barroco e rococó são feitos de bronze real um material mais nobre e, portanto, mais caro
A reforma do imperador José II simplificou os costumes para o enterro de pessoas e introduziu o uso de cobre mais leve e mais barato na Cripta Imperial, usada no século XIX.
No final de 1800, uma mistura de latão e bronze foi adotada, conhecida como cobre prata-bronze.
Dentro do caixão o corpo geralmente apresenta os órgãos removidos como um procedimento necessário do processo de embalsamamento para exposição antes do funeral.
O coração era colocado em uma urna de ouro em um local separado a Herzgruft (a Capela dos Corações) na Igreja dos Agostinianos, e alguns intestinos e outros órgãos foram colocados em urnas de cobre e depositados na Cripta Ducal nas catacumbas da catedral de Viena,a Catedral de Santo Estêvão.
Falando de catedrais também fomos visitar a Catedral de Santo Estêvão em alemão Stephansdo, não é apenas a maior e mais bonita igreja da Áustria mas também é a igreja “oficial” da casa real dos Habsburgps há séculos, os casamentos de príncipes e imperadores e os batizados de seus filhos foram celebrados na catedral, em suas catacumbas, as urnas, com os orgãos dos nobres vienenses, duques e muitos Habsburgos foram mantidos.
Lá os imperadores competiram para embelezar e enriquecer o interior e sempre adicionar novos superlativos, a torre sineira mais alta da Áustria, a maior e mais pesada da Europa o telhado mais elaborado e decorado do mundo cristão.
Nos séculos XVIII e XIX, ou seja, no período do maior esplendor dos Habsburgos, o poder da monarquia se baseava em três pilares, no exército que defendia e ampliava as fronteiras do vasto império e que garantia a ordem dentro dele a burocracia que a administrava de maneira mais ou menos eficaz e sobre o clero da Igreja Católica que mantinha unidas as muitas populações e grupos étnicos diferentes.
A igreja, o terceiro pilar da monarquia, queria ter um símbolo representativo e o encontrou na catedral de Santo Estevão, exatamente no centro de Viena e, portanto, no centro da monarquia.
A catedral representava a forte união entre a monarquia e a igreja católica e, consequentemente, sua torre sineira deve ter sido a mais alta do império Habsburgo.
Por esse motivo, os construtores da torre sineira da catedral de Linz foram forçados a parar dois metros abaixo.
Viena é uma cidade linda e tem inúmeros outros pontos de interesse turístico.
Vale a pena colocar como roteiro de sua próxima viagem.