No Brasil, segundo o PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), 28% dos jovens entre 18 e 24 anos não estudam e nem trabalham. Atenta ao cenário do país e ao interesse crescente das pessoas em trabalhar com tecnologia, a Laboratória surgiu para dar oportunidades a mulheres fora do radar das empresas.
Com um processo criterioso, a organização seleciona, semestralmente, cerca de 60 mulheres para participarem do bootcamp. Durante 180 dias, as alunas têm aula por toda a semana, aprendendo não só sobre aspectos técnicos, que incluem UX e JavaScript, como também habilidades socioemocionais. As estudantes não pagam nada durante o curso e, depois de conseguirem um emprego, elas doam uma contribuição (12% do salário) por até dois anos para que outras mulheres possam ter a mesma oportunidade.
A fim de conectar essas mulheres com o mercado de trabalho, a Laboratória organiza, após o final de cada curso, o Talent Fest, um hackathon de 36 horas que reúne as mulheres formadas e as empresas parceiras da organização.
Divididas em times, cerca de 50 alunas terão que resolver desafios propostos por empresas, que enviarão profissionais de RH e da equipe de desenvolvimento para acompanhar o desempenho de cada uma delas e avaliar a possibilidade de contratação.
“Queremos que em até 3 meses essas mulheres iniciem suas carreiras como desenvolvedoras e que sejam protagonistas nas empresas em que trabalharão”, afirma Regina Acher, cofundadora da Laboratória no Brasil.
As mulheres que estarão nesta edição do hackathon participaram de um processo seletivo concorrido, com mais de 2 mil pessoas e começaram o bootcamp em janeiro deste ano.
A iniciativa se beneficia da expansão do mercado tech na América Latina e busca adaptar seu currículo para a demanda atual das empresas. “Este ano, já temos a confirmação de empresas como Accenture, IBM, Stone, Everis, Loggi e Avanade. A presença dessas organizações é muito importante para o sucesso do evento”, finaliza Regina.
SOBRE A LABORATÓRIA
A Laboratória é uma organização social sem fins lucrativos que forma mulheres e prepara organizações na construção de uma economia digital mais diversa, inclusiva e competitiva em toda América Latina.