Há 38 anos, com pouco mais de 30 anos de idade, e já considerado um dos galãs mais requisitados da nossa telinha pelo público e pelos autores de novelas depois do sucesso como o Cacá de “Dancin’ Days” na TV Globo, Antonio Fagundes fez sua estréia como apresentador e animador de auditório de jovens no programa “É Proibido Colar”, na TV Cultura.
O programa, que ficou mais de três anos no ar, e era uma das maiores audiências da emissora no início dos anos 1980, era uma espécie de game show e envolvia a competição semanal entre duas escolas do ensino público de São Paulo.
É Proibido Colar |
Na apresentação uma dupla muito simpática e talentosa, o ator Antonio Fagundes e sua esposa na época, a atriz Clarisse Abujamra, já bem conhecidos do público paulista pelas várias novelas que haviam feito na TV Tupi, em especial “O Machão”, onde chegaram a formar um triângulo amoroso com a personagem Catarina, defendida pela atriz Maria Isabel de Lizandra.
E os dois se revelaram bem articulados apresentadores, principalmente Antonio Fagundes, que levantava as torcidas a todo tempo e dava à competição uma acirrada disputa entre os representantes das duas escolas escaladas a cada semana.
“É Proibido Colar” estreou em 23 de maio de 1981 e ficou no ar até dezembro de 1984 e apresentava no palco da TV Cultura muitas provas, testes e jogos que testavam os conhecimentos dos estudantes da nossa rede pública.
Foi uma das apostas mais certeiras da TV Cultura no início dos anos 1980 e provocou uma verdadeira “febre” entre os estudantes e as outras emissoras que procuravam de alguma maneira copiar a ideia do programa que tanta repercussão tinha entre os jovens alunos.
Ele era exibido nas tardes de sábado e tinha em média três horas de duração, o que não tirava o ânimo dos participantes e da audiência em casa. Algumas atividades propostas pela produção do programa deixavam o espaço das salas de aula para envolverem arte e cultura como pintar, desenhar e até esculpir.
Entre os vários quadros do programa, dois chamavam a atenção e davam mais audiência: o “Jogo da Memória” e o “Labirinto” que exigiam muita atenção dos participantes e movimentavam a galera que via o programa de casa.
Outro quadro do programa que tinha até um júri para definir os vencedores e fazia muito sucesso era a “Seção Livre”, onde as escolas no palco tinham a liberdade para fazerem uma apresentação artística que eles definiam qual seria e que caberia ao júri no palco decidir qual era a melhor e porquê.
Um sucesso da emissora que deixou saudades e que revelou a boa performance do galã Antonio Fagundes como animador de auditório e também descobriu o talento de Gérson de Abreu que inicialmente apareceu vivendo um cozinheiro e depois ganhou espaço na emissora como o X-Tudo e participou de vários outros programas infantis da TV Cultura.