Colunistas - Rodolfo Bonventti

O ator preferido de Wálter Hugo Khouri

8 de Março de 2019

O paulistano Mário Benvenutti foi ator e produtor. Atuou na televisão, mas era muito mais conhecido no cinema, onde participou em mais de 50 filmes, alguns deles dirigidos pelo conceituado Wálter Hugo Khouri.

Ele estreou no cinema em 1953 fazendo um pequeno papel em “O Homem dos Papagaios” estrelado por Procópio Ferreira e Hélio Souto, e que foi um grande sucesso de bilheteria.

A partir do início da década de 1960 se transformou em um dos atores mais atuantes do cinema brasileiro, se destacando tanto em dramas como em rasgadas comédias.

O encontro com Wálter Hugo Khouri aconteceu em 1963 quando fez um dos principais papéis do filme “A Ilha”, contracenando com Luigi Picchi e Eva Wilma, entre outros atores.

A partir desse filme, foi o ator principal de mais quatro produções dirigidas por Wálter Hugo Khouri: “Noite Vazia”, um grande momento dele no cinema ao lado de Odete Lara e Norma Benguell; “O Corpo Ardente” com a francesa Bárbara Laage; “As Cariocas” ao lado de Lilian Lemmertz, Norma Benguell, Jacqueline Myrna e Íris Bruzzi e “As Deusas”, outro bom momento do ator contracenando o filme todo com apenas mais duas atrizes: Lilian Lemmertz e Kate Hansen.

Nas décadas de 1970 e 1980 participou de várias comédias e pornochanchadas, entre elas, “Um Uísque Antes...Um Cigarro Depois”; “Os Machões”; “Os Mansos”; “Anjo Loiro”, outro destaque como o prof. Armando que é dominado totalmente pela aluna vivida por Vera Fischer; “O Supermanso”; “As Desquitadas em Lua de Mel” e “A Noite dos Duros”, entre outros.

Mário Benvenutti veio para a televisão em 1975 e estreou na novela “Ovelha Negra” da TV Tupi, onde depois participou também de “Cinderela 77”.

Na TV Cultura fez a minissérie “Pic Nic Classe C” e o seu maior destaque aconteceu em 1983 quando foi para a TV Globo viver Guido, o patriarca de uma família de italianos na novela “Pão Pão, Beijo Beijo” de Wálter Negrão para o horário das 18 horas. Na referida novela ele era filho da personagem de Lélia Abramo, marido de Flora Geny e pai das atrizes Elizabeth Savalla e Maria Cláudia, que tinham os personagens centrais da história.

Benvenutti nos deixou aos 67 anos de idade, em novembro de 1993, vitimado por um acidente automobilístico em São Paulo. Seu último trabalho foi no filme “Belas da Billings” no final dos anos 1980.

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