Em fevereiro de 1981, Lauro César Muniz estreava na TV Bandeirantes com uma experiência audaciosa: “Rosa Baiana”, a primeira novela brasileira sem cenas de estúdio e totalmente gravada fora do eixo São Paulo - Rio de Janeiro, e mais especificamente em Salvador, capital baiana.
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Depois de um período de muita turbulência, em que recebeu críticas de todos os lados pela autoria da novela “Os Gigantes”, exibida no horário das 20h30 da TV Globo, e que registrou muito mais polêmicas do que propriamente audiência, o novelista Lauro César Muniz resolveu investir em uma nova experiência em uma outra emissora.
A ideia agradou a direção da TV Bandeirantes que reuniu Wálter Avancini, Antonino Seabra, Sérgio Galvão e Waldemar de Moraes para dirigirem a história, passada nos campos petrolíferos baianos e na cidade de Salvador.
No papel principal, o de Rosa, mãe de sete filhos e que vive intensamente os problemas de cada um desses filhos, Avancini trouxe de volta à TV a atriz e comediante Nancy Wanderley, primeira esposa do humorista Chico Anysio e que estava há anos afastada da televisão e do cinema.
O bom trabalho de Nancy Wanderley foi um dos destaques da novela, que tinha um elenco de grandes nomes, e que tiveram que se mudar para a Bahia durante a gravação dos 90 capítulos da produção da TV Bandeirantes.
O ator baiano Rafael de Carvalho vivia Edmundo Lua Nova, o marido de Rosa Baiana que desaparece na metade da trama e pelo qual ela e os filhos sempre esperam a volta. Foi o último trabalho do ator, que faleceu no decorrer da novela vitimado por um enfarte.
Os filhos de Rosa Baiana e Lua Nova eram interpretados na novela pelos atores Gianfrancesco Guarnieri, Edgard Franco, Maurício do Valle, Raymundo de Souza, Wálter Prado, Taumaturgo Ferreira e Tânia Regina.
O elenco não era muito grande, mas tinha ainda em papéis de destaque: Ana Maria Magalhães, Wanda Stefânia, Maria Luiza Castelli, Regina Dourado, Jofre Soares, Antonio Pitanga, João Signorelli, Zélia Toledo, Aldo César, Márcia Corban, Válter Santos, Leonel Nunes, Eduardo Cabús, Harildo Deda e Nilda Spencer.
Uma experiência interessante da TV Bandeirantes que rendeu à emissora prestígio por parte da crítica especializada e boa audiência, principalmente nos estados do Nordeste.