O livro “As Três Marias” de Rachel de Queiroz foi a base para a novela adaptada por Wilson Rocha que estreou em novembro de 1980, na TV Globo, no horário das 18 horas, e que marcou a estréia nas novelas da emissora da jovem atriz Maitê Proença, vivendo a solitária Maria da Glória.
A novela contava a história de três jovens: Maria José, Maria Augusta e Maria da Glória que se reencontram no Rio de Janeiro após terem estudado juntas em um colégio e acabam se apaixonando pelo mesmo homem, o publicitário Lucas.
Maria José, Maria Augusta e Maria da Glória |
A amargurada Maria José era vivida por Glória Pires; a madura Maria Augusta por Nádia Lippi e a reprimida Maria da Glória era interpretada por Maitê Proença. As três se apaixonam pelo personagem de Kadu Moliterno (Lucas), embora sejam comprometidas, respectivamente, com Marco Nanini (Aloísio), Edwin Luisi (David) e João Paulo Adour (Afonso).
A adaptação de Wilson Rocha não agradou o grande público e a novela patinou bastante na audiência nos seis meses em que ficou no ar. No quarto mês de exibição o autor se desentendeu com a direção, o então poderoso diretor da emissora Herval Rossano, e foi substituído. Wálter Negrão assumiu a escrita, mudando o rumo de alguns personagens e dando à novela um caráter policial forte com um assassinato e muitos suspeitos.
A novela também deixou uma marca trágica. Foi o último trabalho do jovem ator Osmar de Mattos, que vivia Cléber, e sofreu um acidente de automóvel fatal após ter gravado apenas seis capítulos.
Apesar de um grande elenco e de uma trama interessante, “As Três Marias” não entrou para o rol das grandes novelas do horário das seis da tarde da TV Globo, forçando sua substituta, que foi “Ciranda de Pedra” a reconquistar a audiência perdida.
No elenco destaque ainda para Edney Giovenazzi, Kátia D’Angelo, Cláudio Correa e Castro, Glauce Graieb, Mauro Mendonça, Elizabeth Hartmann, José Augusto Branco, Elizabeth Gásper, Carlos Kroeber, Patrícia Bueno, Dênis Derkian, Jacqueline Laurence, Reynaldo Gonzaga, Ana Lucia Torre, Ana Ariel, José de Abreu e Érica Kupper.