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Livro “Corrupção – O Mal do Século” aponta 50 medidas para o fim da corrupção no Brasil

4 de Outubro de 2018

De acordo com o especialista em estratégia, gestão de crises, finanças e combate à corrupção, Jorge Queiroz, o primeiro passo para sonhar com um país melhor é acabar com o foro privilegiado no primeiro dia de governo. Essa e outras medidas mais complexas, o autor apresenta no livro “Corrupção – O Mal do Século”, lançado na última quarta-feira (3) na Livraria Martins Fontes, em São Paulo.

Segundo o autor, essas propostas devem ser distribuídas às diferentes comissões parlamentares, entre as quais: de constituição e justiça, reforma do código penal, reforma política, regulatória, reforma administrativa, educação, finanças, assuntos fiscais e assuntos aduaneiros.

Para o doutor em economia pela Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP), Roberto Luis Troster, que escreveu a apresentação do livro e palestrou no evento de lançamento, as sugestões apresentadas por Jorge Queiroz devem ser acatadas por todos os nossos representantes, seja na esfera municipal, estadual ou federal.

Tendo em vista que estamos às vésperas das eleições, o tema corrupção se torna ainda mais recorrente e debatido. Independente de ideologias partidárias, é importante que a sociedade entenda, acompanhe e abomine a corrupção, como sugere a proposta de número 16 que diz.

“Introduzir uma campanha nacional de disseminação do grande soma de dinheiro roubado pela corrupção e o imenso dano físico e mental que os corruptos impõem a toda sociedade – aumento da pobreza, desigualdade, exclusão social, desemprego, subemprego, tirando os direitos e vidas de milhões de crianças, mulheres homens e idosos – de sorte a atingir maior nível de transparência e engajamento da sociedade civil no combate à corrupção”.

Outra questão que o livro aborda e é unanimidade entre todas as classes sociais é a reforma tributária.  Sobre o tema, o autor defende uma redução drástica nos impostos na mesma proporção no corte do tamanho do Estado. O Brasil explora a sociedade com uma das maiores cargas tributarias do mundo sem a respectiva contrapartida em serviços para a população, além de uma infraestrutura extremamente precária – estradas, portos, escolas, hospitais, aposentadoria etc.

Não se pode negar que a corrupção está enraizada na nossa política há anos. Porém, pouco a pouco, a população de um modo geral está começando a entender que este crime é extremamente prejudicial para todo o desenvolvido de uma sociedade mais justa e humana. Desse modo, o livro “Corrupção – O Mal do Século” se torna uma leitura essencial para entender toda a dinâmica que envolve esse crime hediondo e não aceitar mais esta situação, como conclui o autor: “De nada adianta ficar na inércia, achando que alguém tomará essas medidas por nós, pois essa pessoa ou mágico não existe, somos nós que temos que fazer”.

Eduardo Queiroz e o economista Roberto Troster no evento de lançamento
 

O Livro
A obra é fruto de uma grande experiência na área e o conhecimento adquirido ao longo de cinco anos de pesquisa e estudo para a tese de Mestrado em Dinâmica de Sistemas na Universidade de Bergen, Noruega.

A crise mundial de Wall Street em 2008; o escândalo do Mensalão no Brasil; o início da operação da Lava Jato e as manifestações populares deram outra dimensão para a corrupção. Aos poucos, a sociedade começou a enxergar que este mal gera pobreza, desemprego, exclusão social, violência, além da falta de infraestrutura: saúde, educação, segurança, transporte, saneamento básico, etc.

O estudo mostra que o problema se agravou a partir de 2005, e, em uma estatística comparando 61 países, no início de 2015, o Brasil ficou com a triste marca de ser o mais corrupto do mundo.

Para se ter uma ideia, o custo médio anual estimado da corrupção no Brasil é de R$ 69 bilhões, equivalente a cerca de 2,3% do PIB. O rombo afeta todos os níveis econômicos, por isso desperta a atenção do cidadão comum, da Academia e de grandes economistas, como Piketty, Stiglitz, Krugman, Krueger, Raj Chetty, Raghuram Rajan, Acemoglu e muitos outros.

O livro está dividido em oito capítulos: contextualização do tema, analisa e hipóteses e metodologia aplicada; políticas recomendadas e, por último, as conclusões e sugestões de melhorias.  

“O objetivo é apresentar à sociedade uma radiografia com sua origem, causas e efeitos, adotando a metodologia de dinâmica de sistemas, desenvolvida no MIT. Esta ferramenta, além de possibilitar a obtenção de uma visão lógica e clara do problema, permite a comunicação entre as várias disciplinas que tratam, estudam e agem sobre essa grave prática criminosa, tais como direito, administração, economia, ciências políticas, sociologia, antropologia, história e comunicação/jornalismo”, explica Jorge Queiroz.

Com uma linguagem didática e livre de ideologias partidárias, a leitura é indicada para estudiosos, legisladores, profissionais de diferentes áreas e, claro, para todo cidadão que sonha com um país melhor.

O LIVRO
Corrupção – O Mal do Século. Entender Para Vencer o Maior Crime Contra a Sociedade
Editora: Alta Books
R$: 46,67
Páginas: 208
Onde comprar: https://amzn.to/2Nw9fcP

SOBRE O AUTOR

Jorge Washington de Queiroz é um renomado especialista em combate à fraude e corrupção com mais de vinte anos de atuação direta e solitária em alguns dos maiores, mais tenebrosos e até mesmo perigosos crimes financeiros já ocorridos no Brasil, como: (i) o desmantelamento da quadrilhada construtora Encol, que lesou mais de 42 mil famílias de clientes e 12 mil trabalhadores, envolvendo o Banco do Brasil; (ii) o bilionário rombo e quebra do Banco Santos, que lesou milhões de trabalhadores e pensionistas de grandes fundos de pensão; (iii) as ilicitudes e quebra do Frigorífico Chapecó, que envolveu o BNDES; e muitos outros. Expert em Inteligência e Estratégia, Execução e Governança, com mais de trinta anos de experiência em Gestão/ Liderança, Finanças e Jurídico, Reestruturação, Fusões e Aquisições, Mercado de Capitais, Negociação, Relações Governamentais e Gestão de Risco — administrando e gerando bilhões de reais para um grande número de partes interessadas, inclusive trabalhadores. Sua experiência inclui Exxon e Schlumberger e atuou como conselheiro, CEO, CFO e outras atribuições de nível sênior. É um dos pioneiros no segmento de recuperação de empresas no Brasil. Liderou alguns dos maiores e mais complexos processos de recuperação e gestão de crises, alguns tidos como “missão impossível”.

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