(Crédito: Lígia Jardim)
Em comemoração a seus 10 anos de carreira, a Cia. Hiato relembra um de seus mais elogiados trabalhos, O Jardim com uma nova temporada no Teatro João Caetano a partir de 9 de fevereiro.
A terceira peça da trupe conquistou em 2011 os prêmios Governador do Estado, APCA (melhor direção) Shell (Autor e Cenário), CPT - Cooperativa Paulista de Teatro (Autor e Espetáculo) e Questão de Crítica (Figurino).
“O Jardim” fez temporadas em São Paulo e Rio de Janeiro e passou por importantes festivais nacionais (Brasília cenacontemporânea, Festival de Curitiba, FIAC Bahia/Salvador, Festival de Teatro de Recife, Aldeia Velha / SESC Goiânia, Festival de Teatro de Londrina, Festival de teatro de Vitória, entre outros). Na cena internacional, participou de várias mostras e cumpriu temporada em teatros em Nova York e Washington DC, nos Estados Unidos, em Viena, na Áustria; em Atenas, na Grécia; em Santiago, no Chile; entre outros.
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Com direção e dramaturgia de Leonardo Moreira, a peça trata das memórias perdidas, a partir de uma investigação sobre a doença de Alzheimer, bem como das memórias que nunca se apagam e das memórias inventadas. A montagem pretende se conectar ao público por meio de uma narrativa múltipla, reinventada pela reapropriação de episódios clássicos da literatura. Um deles é o trecho de “Em busca do Tempo Perdido”, de M. Proust, em que a degustação de um simples bolinho, mergulhado em uma xícara de chá, abre as portas para a memória de uma vida inteira.
Outra analogia vem da poesia de histórias ordinárias que saltam dos depoimentos colhidos em visitas a asilos e casas de repouso, um lugar de memórias. A autobiografia do neurologista Eric M. Kandel, ganhador do Prêmio Nobel, também é uma referência. Na obra, são descritos os processos biológicos de memória e aprendizado.
Outras fontes de inspiração são as fotografias e a narrativa extremamente emocional do fotógrafo Philip Toledano, além dos escritos verídicos de um esquizofrênico e depoimentos pessoais dos atores-criadores: familiares, lembranças, fotografias e objetos que guardam memórias. Outro guia nesta trajetória criativa é o trabalho com instituições dedicadas ao tratamento e prevenção do Mal de Alzheimer.
“O espetáculo também se apresenta como experiência pessoal, por meio do compartilhamento entre nossa história, a história que inventamos e a história do público. Essa perspectiva gera um olhar sobre o que nos dá a sensação de ‘pertencimento’ e nos conecta às nossas origens”, explica Leonardo Moreira.
SOBRE A CIA. HIATO
A Cia Hiato nasceu em 2008, a partir da criação do espetáculo “Cachorro Morto”, que recebeu vários prêmios e projetou o nome de Leonardo Moreira como um dos novos autores de destaque da cena paulista. Os artistas dessa peça fundam, em 2009, um projeto de investigação artística que originou espetáculo “Escuro”, que recebeu cinco indicações ao Prêmio Shell de Teatro 2010, tendo sido vencedor em quatro categorias (Autor, Diretor, Cenário e Figurino). Esse trabalho também recebeu o Prêmio da Cooperativa Paulista de Teatro 2010, na categoria Melhor Espetáculo em Sala Convencional, tendo sido indicado a outras quatro categorias.
“O Jardim” é a terceira montagem da Cia. Hiato, e teve sua estreia em 2011. Desde então, teve temporadas em São Paulo e Rio de Janeiro e passou por importantes festivais nacionais (Brasília cenacontemporânea, Festival de Curitiba, FIAC Bahia/Salvador, Festival de Teatro de Recife, Aldeia Velha / SESC Goiânia, Festival de Teatro de Londrina, Festival de teatro de Vitória, entre outros). Na cena internacional, participou de várias mostras e cumpriu temporada em teatros em Nova York e Washington DC, nos Estados Unidos, em Viena, na Áustria; em Atenas, na Grécia; em Santiago, no Chile; entre outros.
O espetáculo apareceu em todas as listas de Melhores Espetáculos em Cartaz da imprensa paulista e recebeu os prêmios Governador do Estado, APCA (direção) Shell (Autor e Cenário), CPT - Cooperativa Paulista de Teatro (Autor e Espetáculo) e Prêmio Questão de Crítica (Figurino).
SINOPSE
Três histórias pertencentes a tempos diferentes se cruzam, se sobrepõem e se chocam para formar uma paisagem a ser contemplada pelo espectador: um jardim que une as memórias que perdemos, as memórias que não podem ser apagadas e ainda aquelas que imaginamos. O espetáculo parte de lembranças reais do diretor/dramaturgo e dos atores para refletir, por meio de narrativas bem-humoradas e tocantes, sobre a perda de memória e a construção de nossas histórias individuais. A memória é um instrumento para se questionar nossa percepção coesa e coerente da realidade. O espetáculo também se apresenta como experiência pessoal, por meio do compartilhamento entre as histórias da companhia, que os artistas inventaram e do público.
FICHA TÉCNICA
Dramaturgia e Direção: Leonardo Moreira
Elenco: Aline Filócomo, Fernanda Stefanski, Luciana Paes, Maria Amélia Farah, Paula Picarelli, Thiago Amaral. Ator Convidado: Edison Simão
Coordenadora de Produção/Gestão: Aura Cunha
Assistência de Direção: Amanda Lyra
Cenário: Marisa Bentivegna
Assistente de Cenografia: Ayelén Gastaldi e Cezar Renzi
Desenho de Luz: Marisa Bentivegna
Música Original: Marcelo Pellegrini
Figurinos: Theodoro Cochrane
Objetos Cênicos: Victor Merseguel
Efeitos Especiais: Pepe Scrofft
Fotos: Otávio Dantas e Lígia Jardim
Criação Gráfica: Cassiano Tosta - DGRAUS
Produção executiva: Yumi Ogino
Produção Geral: Elephante Produções Artísticas
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
SERVIÇO
O Jardim, uma criação da Cia. Hiato
Teatro Municipal João Caetano – Rua Borges Lagoa, 650 - Vila Clementino
Temporada: 9 a 25 de fevereiro
Às sextas-feiras e aos sábados, às 21h, e aos domingos, às 19h
Ingressos: R$20 (inteira) e R$10 (meia-entrada)
Classificação: 14 anos
Duração: 90 minutos
Capacidade: 110 lugares