O Marechal da Vitória
O advogado, empresário e homem de TV Paulo Machado de Carvalho nasceu na capital paulista e se formou em Direito na Faculdade do Largo São Francisco.
A paixão pelo rádio começou no final da década de 20, e em 1931 ele comprou a Rádio Record e criou a Associação das Emissoras de São Paulo. Não se importava em selecionar músicas, arquivar discos, criar e dirigir programas, além de administrar a emissora como seu proprietário.
Em 1944 comprou a Rádio Panamericana, que em 1965 mudaria seu nome para Rádio Jovem Pan. Do sucesso em suas empreitadas no rádio passou para a televisão, inaugurando a terceira emissora de TV de São Paulo, a TV Record em 27 de setembro de 1953.
Paulo Machado de Carvalho se destacou como empresário de mídia e chegou a liderar um grupo de empresas das quais também faziam parte, além das já citadas, a Rádio São Paulo e a Rádio Excelsior, que posteriormente ele vendeu para as Organizações Globo.
Ele também se destacou na área esportiva, onde foi vice-presidente e presidente do São Paulo Futebol Clube nas décadas de 30, 40 e 50. Seu último mandato no clube terminou em 1956. Ao lado de João Havelange foi chefe das delegações de futebol campeãs mundiais de 1958 na Suécia e de 1962 no Chile, ganhando o título de “marechal da vitória”.
A maior homenagem esportiva que ele recebeu foi dar o seu nome para o Estádio do Pacaembu, em 1961, que passou a se chamar Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, e no início da década de 70 se tornou vice-presidente da Federação Paulista de Futebol.
Ele e os três filhos, Paulo Machado de Carvalho Filho, Alfredo Amaral de Carvalho e Antonio Augusto Amaral de Carvalho, mais conhecido como Tuta, comandaram a TV Record e as rádios do grupo até 1989, quando venderam a TV e a Rádio Record para o empresário Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus.
O Marechal da Vitória faleceu na capital paulista, aos 90 anos de idade, em março de 1992, mas a família Machado continua a frente das emissoras de rádio Jovem Pan AM e FM, que são dirigidas por seu neto, Antonio Augusto Amaral de Carvalho Filho, o Tutinha.
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