Cultura - Teatro

UM AMOR DE VINIL

4 de Novembro de 2016

 

FLÁVIO MARINHO E ANDRÉ PAES LEME COMEMORAM 30 ANOS DE TRAJETÓRIA TEATRAL COM MUSICAL ESTRELADO POR FRANÇOISE FORTON

“Um espetáculo que aborda a memória emotiva através da música e do humor, que retrata o amor como agente de transformação”, detalha Flavio Marinho, autor de Um Amor de Vinil, dirigido por André Paes Leme, que estreia dia 11 de novembro no Teatro Raul Cortez. “Um Amor de Vinil fala de recordação, no seu maior aspecto. A vida da gente é um filme cheio de lembranças em que a música faz a nossa trilha”, conta Françoise Forton, protagonista do espetáculo, junto com Maurício Baduh. Os atores são acompanhados pelo ator/músico Marco Gérard.  “As canções de Um Amor de Vinil por si só bast ariam para narrar a mais apaixonante história de amor. A cena corre ligeira e pontuada por uma sequência musical. Quando o poeta e o compositor se unem é impossível proteger o coração das memórias e das emoções”, relata Paes Leme.  “Uma história de amor entre um homem que ensina uma mulher a chorar e uma mulher que ensina um homem a sorrir”, define o autor e jornalista Flávio Marinho, que lança no dia 14 de novembro, segunda feira, na sessão para convidados, o livro: ’’Teatro é o melhor Programa”, que retrata os últimos 40 anos do teatro carioca.

  “O Vinil voltou à moda, rs. O amante da música, hoje, tem uma vitrola em casa e defende a qualidade mais pura da gravação, através do vinil e da vitrola. As músicas retratadas na peça continuam contemporâneas e atuais. Acho que o público cantará junto com os atores. UM AMOR É DE VINIL tem uma dramaturgia original que homenageia a teatralidade que as músicas brasileiras produzem nas letras e canções”, revela Eduardo Barata, produtor e idealizador do musical. A peça conta o romance de Amanda e Maurício, personagens muito diferentes que se envolvem embalados por 22 clássicos da música popular brasile ira. Composições presentes no imaginário do público. Canções de Isolda, Antônio Marcos, Milton Nascimento, Lulu Santos, Tavito, Ivan Lins, Caetano Velloso, entre outros, sucessos na voz de intérpretes como: Roberto Carlos, Fagner, Marisa Monte, Erasmo Carlos, etc. “A MPB é uma excelente dramaturgia, o texto e a encenação mostram a força que a música tem para contar uma história” relata Paes Leme que desde 1999 exerce a função de professor na cadeira de Direção teatral, na Uni Rio.

Dona de uma loja de discos de vinil, que sobreviveu até ao auge do CD, Amanda (Françoise Forton), é uma animada e bem-humorada proprietária que nunca chegou a se ligar, de verdade, a homem algum. Maurício (Maurício Baduh) é um dos seus clientes mais fiéis, que se diverte com ela, da mesma forma em que é extremamente fiel à mulher. Mas os dois acabam se envolvendo a partir do interesse em comum pela música. Martinho, interpretado pelo ator e músico Marco Gérard, faz a transição das emoções e sentimentos, através das canções. “Flávio foi muito feliz na escolha do repertório, ele resgatou e misturou pérolas brasile iras bem antigas com trilhas mais modernas. Todo o contexto musical é de extrema importância para trama e é por isso que estou transformando alguns arranjos e “dando uma nova vestimenta” às músicas”, conta Liliane Secco, diretora musical.

 

“Um Amor de Vinil fala do cuidado que devemos ter com a nossa memória”, define Flávio Marinho, que completa 30 anos de carreira e já dirigiu 76 espetáculos, escreveu 23 peças originais, adaptou 19 e traduziu 23 textos. Atualmente é coautor com Miguel Falabella do seriado “Brasil a Bordo”. Flávio colaborou em 23 programas de TV na Globo, foi roteirista de 12 shows como os de Francis e Olívia Hime e teve 19 livros publicados.

“A direção coreográfica é baseada nas relações dos personagens e nas musicas que contam a estória deles, trabalhando e estimulando sugestões corporais dos atores para tentar estabelecer uma ligação fluida entre a cena teatral e uma gestualidade mais elaborada”, conta Marina Salomon, coreógrafa do espetáculo. O cenário, de Carlos Alberto Nunes, se apropria da temática e utiliza os discos de vinil para a construção de objetos que compõem a ambientação da loja de Amanda. “Não criei nada além do que o texto pede, mas dei um toque vintage que é a cara da peça”, conta o cenógrafo. Completam a equipe: Ticiana Passos, no figurino e o iluminador Paulo Denizot. “Um Amor de Vinil é uma comédia romântica musical que não tem apenas uma plateia, tem cúmplices. Talvez cúmplices da nossa própria história de amor que, através da memória teremos coragem de reviver”, conclui André Paes Leme.

 

Repertório “Um Amor de Vinil”

      1) “É PAPO FIRME” - Renato Corrêa e Donaldson Gonçalves
       2) “AR DE BOM MOÇO” - Niquinho e Othon Russo
       3) “NEGRO GATO” – Getúlio Cortes
       4) “NASCI PRA CHORAR” –Dio Dimucci- Versão Erasmo Carlos
       5) “NÃO PRECISA CHORAR” – Edson Ribeiro
       6) “RUA RAMALHETE” – Ney Azambuja e Tauito
       7) “SÓ VOU GOSTAR DE QUEM GOSTA DE MIM” – Rossini Pinto
       8) “REVELAÇÃO” - Clodô Ferreira e Clésio Ferreira
       9) “COMEÇAR DE NOVO” – Ivan Lins e Vitor Martins
      10) “CUSTE O QUE CUSTAR” – Edson Ribeiro e Hélio Justo
      11) “É TEMPO DE AMAR” – José Ari e Pedro Camargo
      12) “FALANDO SÉRIO” – Maurício Duboc e Carlos Colla
      13) “VOCÊ PEDIU E EU JÁ VOU DAQUI” – Antônio Marcos
      14) “EVIDÊNCIAS” – José Augusto e Paulo Sérgio Valle
      15) “O TEMPO VAI APAGAR” – Getúlio Cortes e Paulo César Barros
      16) “ESQUEÇA” – M. Anthony e Roberta Corte Leal
      17) “COMO VAI VOCÊ” – Antônio  Marcos
      18) “OUTRA VEZ” – Isolda
      19) “MUITO ROMÂNTICO” – Caetano Veloso
      20) “NÚVEM DE LÁGRIMAS” – Paulo Debétio e Paulinho Rezende
      21) “PAUILO E BEBETO” – Milton Nascimento e Caetano Veloso
      22) “TODA FORMA DE AMOR” – Lulu Santos

 

 

Serviço
Teatro Raul Cortez
Rua Dr. Plínio Barreto, 285- Bela Vista
Tel: (11) 3254-1631
Ensaios abertos gratuitos: 5 e 6 de novembro
Temporada: De 11 de novembro a 18 de dezembro
Horários: Sexta 21h30, sábado 21h e domingo 17h
Ingressos temporada: R$80,00 (inteira), R$40,00 (meia)
Duração: 75 min
Classificação: 12 anos

 

Sobre o diretor: André Paes Leme completa 30 anos de atividade teatral e 25 de direção. Seu primeiro trabalho como encenador foi em 91, no grupo Mergulho no Trágico, “Medéia e Ifigênia”. No ano seguinte, como aluno do curso de direção teatral da Uni-Rio, monta “Os Dois Menecmos”, que lhe vale o prêmio de direção no Festival Novos Talentos. Em 1994, primeiro trabalho em produção independente, “Alcassino e Nicoleta’’. Depois, “O Casamento Pequeno Burguês, de Bertolt Brecht, e o “Forrobodó”, de Carlos Bettencourt e Luiz Peixoto, com músicas de Chiquinha Gonzaga. Em 1997, retomando a literatura popular francesa e o jogo épico, adapta “Baunilha e Trioleto”, de autor anônimo. Também em 1997, o diretor volta aos musicais brasileiros do século XIX com a encenação de A Capital Federal”, de Artur Azevedo. Em 1998, retoma as histórias de tradição oral, desta vez para o público infantil, com “Fábulas à Meia Luz”, e o teatro musical com “Tem que Rebolar”, roteiro de Flavio Bauraqui e Ana Carbatti. Em 2000, “Pequenos Trabalhos para Velhos Palhaços”, de Matei Visniec. Em 2001, dirige “Engraçadinha Seus Amores e Seus Pecados”, de Nelson Rodrigues. Destacam-se entre as direções de André: Hamelim, de Juan Mayorga; A Hora e a Vez, de Augusto Matraga; Forrobodó; Candeia; e o musical que conta a trajetória de Grande Othelo.

Ficha Técnica
Texto: Flávio Marinho

Direção: André Paes Leme 

Direção musical: Liliane Secco

Música tema: Liliane Secco e Flávio Marinho 
Elenco: Françoise Forton e Mauricio Baduh
Ator / músico: Marco Gérard

Cenário: Carlos Alberto Nunes

Figurinos: Ticiana Passos

Iluminação: Paulo Denizot

Direção Coreográfica: Marina Salomon

Programação visual: Felipe Braga

Fotografia: Pedro Murad

Direção de produção: Elaine Moreira

Produção e assessoria de imprensa: Barata Comunicação

 

 

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