Cultura - Teatro

As Duas Mortes de Roger Casement

24 de Agosto de 2016

A Cia Ludens e o diretor Domingos Nunez, após 03 anos de pesquisa estreiam no dia 02 de setembro no Teatro Aliança Francesa o espetáculo As Duas Mortes de Roger Casement. Após sua última direção com Dançando em Lúnassa, Nunez apresenta ao público seu primeiro texto, uma peça-documentário musicada em que conta a vida do cônsul e revolucionário irlandês Roger Casement.

A peça apresenta ao público essa figura histórica - um dos precursores na luta pelos direitos humanos que, a serviço da coroa britânica, atuou na África e no Brasil no final do século XIX e início do século XX, antes de se envolver integralmente com as lutas pela independência da Irlanda. Envolta em controvérsias, a história instigante de Casement culmina com sua captura, prisão e condenação em 1916. 

 

 Em 2016 são lembrados, portanto, os 100 anos de sua morte e no dia 1° de setembro comemora-se o aniversário de seu nascimento.

Interpretado por Bruno Perillo, Casement terá sua vida retratada em dois atos permeados com composições especialmente criadas para o espetáculo.

 

Intelectual corajoso, Roger Casement investigou e relatou abusos e atrocidades cometidas no Congo e na região amazônica: negros e indígenas estavam sendo escravizados e forçados a extrair borracha. Por conta de sua atuação, Casement foi sagrado com o título de cavaleiro (Sir) pelo governo inglês, contra quem se rebelou alguns anos mais tarde. 

 

Casement deixou, no entanto, entre outros documentos, diários escritos na África e na Amazônia brasileira e peruana que ficaram conhecidos como “Diários Brancos” e “Diários Negros”. Esses últimos, de autenticidade contestada, foram determinantes no seu processo de condenação e ainda hoje ocupam o centro de debates artísticos, políticos e intelectuais.

 

O elenco além de Perillo, conta com Amanda Acosta, Chico Cardoso, Eliseu Paranhos, George Passos, Kiko Pissolato, Paulo Bordhin, Taiguara Nazareth e do pianista Demian Pinto.

 

Sinopse:  Um dos precursores na luta pelos direitos humanos, Sir Roger Casement ocupou o cargo de cônsul da coroa britânica na África e no Brasil no final do século XIX e início do século XX, antes de se envolver integralmente na luta pela independência da Irlanda. A história de sua vida se encontra relatada em centenas de documentos dispersos, cartas e diários escritos em três continentes: Europa, África e América do Sul. Entre os diários que deixou estão aqueles que ficaram conhecidos como “Diários Negros”.  De autenticidade contestada, ainda hoje eles ocupam o centro de debates artísticos, políticos e intelectuais.

 

Ficha Técnica:

 

Texto e direção: Domingos Nunez

Produtora associada: Beatriz Kopschitz Bastos

Elenco:

Amanda Acosta (Alice Milligan)

Bruno Perillo (Roger Casement)

Chico Cardoso (Gielgud, Juiz e Homem 3)

Eliseu Paranhos (Sullivan, Autêntico e Homem 4)

George Passos (Procurador geral, Forjado e Homem 5)

Kiko Pissolato (Xerife, Thomson, Padre Carey e Homem 1)

Paulo Bordhin (Tizon, Dick e Dr. Crippen)

Taiguara Nazareth (Chase e Homem 2)

Pianista: Demian Pinto

Composição musical: Alberto Heller

Letras: Domingos Nunez

Direção musical: Eliseu Paranhos

Cenografia e figurinos: Cassio Brasil

Iluminação: Aline Santini

Preparação de elenco: Inês Aranha

Preparação corporal: Janette Santiago

Direção de Produção: Silvia Marcondes Machado/Mecenato Moderno

Produção executiva: Fabio Camara

Assistente de produção: Marcela Sanchez

Assistente de palco: João Jullo

Fotos: Leekyung Kim

Vídeos: Rodrigo Bueno

Arte gráfica: Eduardo Mitsuru

Assessoria de Imprensa: Fabio Camara

Realização: Cia Ludens

 

Serviço:

LOCAL: Teatro Aliança Francesa, Rua General Jardim, 182 – Vila Buarque. 226 lugares+ 04 PNE. (Estacionamento conveniado em frente) 

DATA: 02/09 até 09/10 (Quinta à Sábado às 20h30 e Domingo 19h) 

INFORMAÇÕES: 3017 5699 - r. 5602 e www.teatroaliancafrancesa.com.br 

INGRESSOS: R$ 50,00 (inteira)  

DURAÇÃO: 120 min, com intervalo de 15 min.  

CLASSIFICAÇÃO: 14 anos 

 

Equipe:

Domingos Nunez (autor e diretor)

Graduado em Letras pela UFSC, mestrado em Dramaturgia Portuguesa pela USP e doutorado em Dramaturgia Irlandesa pela USP e National University of Ireland/Maynooth. Atualmente faz pós-doutorado em Escrita Criativa na UNESP/São José do Rio Preto. É autor de artigos críticos publicados em revistas e jornais especializados sobre os processos artísticos e de tradução da Cia Ludens. Entre eles se destacam: Brian Friel and the Cia Ludens Repertoire: Bloomsday ensaios (Editora da UFRN, Natal, 2013); A Brief History of Cia Ludens and its Productions of Irish Plays in Brazil: Ilha no Desterro n° 44 (Editora da UFSC, Florianópolis, 2010); tradução e notas de textos críticos de Bernard Shaw em Shaw, o Crítico: seleção e introdução de Rosalie Rahal Haddad (Humanitas, SP, 2009); Beyond the Accent Limitations: Staging Marie Jones’s Stones in His Pockets to a Brazilian Audience: ABEI Journal, n° 9 (Humanitas, São Paulo, 2007) e Dancing at Lughnasa: do Teatro para o Cinema, Aspectos da Narrativa: Revista Crop n° 7 (Humanitas, São Paulo, 2001). Nunez é o tradutor das peças do livro Quatro Peças Curtas de Bernard Shaw (Musa, São Paulo, 2009) e da Coleção Brian Friel (Hedra, São Paulo, 2013), indicada ao Prêmio Jabuti de melhor tradução de obra literária inglês/português de 2014. Também traduziu, adaptou e dirigiu todas as produções da Cia Ludens desde a sua fundação. Escreveu a peça ainda inéditaDo Envelhecimento dos Peixes (2010).

 

 

Amanda Acosta (atriz)

Iniciou sua carreira com quatro anos de idade, participando de programas de calouros e filmes publicitários, e aos oito anos entrou para o grupo musical Trem da Alegria. Como atriz, estreou na novela O Mapa da Mina, na TV Globo. No teatro, fez sua primeira peça aos treze anos: o musical O Mágico de Oz. Atuou em diversos espetáculos, entre eles, My Fair Lady, onde interpretou a personagem Eliza Dolittle – com a qual ganhou os prêmios de melhor atriz: Contigo de Teatro e Qualidade Brasil; Motorboy ; Grease; Godspell; O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá; As Mulheres da Minha Vida, ao lado de Antônio Fagundes; Esta é a Nossa Canção; no monólogo Maternidades; Baby o Musical; O Incrível Doutor Green; L'Illustre Molière... Ganhou o prêmio de melhor atriz no Festival Curta Cabo Frio e no Festival Guarnicê de Cinema, por sua atuação no curta-metragem"Pelo Ouvido". Interpretou Evelina no longa-metragem “E a Vida Continua”. Comandou ao lado de Marisa Leite de Barros o programa Inglês com Música, na TV Cultura, interpretou a personagem Letícia na novela Chiquititas no SBT, Maria Rosa no musical "Vingança", Leonor Praxedes em "Caros Ouvintes", Eduarda Bandeira em "Bilac Vê Estrelas", Dora em "O Primeiro Musical a Gente Nunca Esquece" e Cacau em "4 Faces do Amor".

 

Bruno Perillo (ator)

Formado em 1994, começou sua carreira profissional em 1995, ao ingressar no Grupo Tapa – cursos, oficinas e workshops com Eduardo Tolentino de Araujo, Denise Weinberg, Brian Penido e Guilherme Sant’Anna. Atuou em várias montagens teatrais do grupo TAPA, dentre elas: A Serpente (de Nelson Rodrigues), Moço em Estado de Sítio (de Oduvaldo Vianna Filho), Ivanov (de Anton Tcheckov), Rasto Atrás (de Jorge Andrade), Vestido de Noiva (de Nelson Rodrigues) e Morte e Vida Severina (de João Cabral de Melo Neto). Em 2000, numa co-produção Tapa/Folias d’Arte, ingressou no Grupo Folias d’Arte para a montagem de Happy End (de Bertolt Brecht) e lá atuou em uma série de montagens sob a direção de Marco Antônio Rodrigues. Em 2009 foi indicado ao prêmio Shell pela direção musical de Querô, uma reportagem maldita (de Plínio Marcos). Como diretor teatral, encenou Velhos Tempos (de Harold Pinter), O Campo (de Martin Crimp), Ato a Quatro (de Jane Bodie) e Cabaret Luxúria. Na TV participou das novelas Belíssima, Viver à Vida e Passione da TV Globo.

 

Kiko Pissolato (ator)

Formado em 2003 pela Escola de Atores Wolf Maya e pela Oficina de Atores da TV Globo, já atuou em diversos espetáculos entre eles, "Em Outubro Flores" - direção David Rock (2004), “Tristão e Isolda" - direção Vladimir Capela (2007), "Estrela Cigana" - direção José Antonio de Souza (2007), "O Meu amigo Pintor" - direção Vladimir Capela (2010), "O Colecionador de Crepúsculos"- direção Vladimir Capela (2010), "Namorados da catedral bêbada" - Direção de Francisco Carlos (2011), "Avalon" - direção de Karen Acioly (2011), “Floresta de Carbono - de volta ao Paraíso Perdido" - direção de Francisco Carlos (2011), “Banquete Tupinambá" - direção de Francisco Carlos (2012), "Aborígene em Metrópolis" - direção de Francisco Carlos (2012), "Xamanismo the Connection" - direção de Francisco Carlos (2012), “Manual para Dias Chuvosos”, com texto e direção de Dan Rosseto. Na TV atuou em várias novelas e seriados entre eles, "Cama de Gato" - novela da Rede GLOBO (2009), "Força Tarefa" - seriado da Rede GLOBO (2010), "Na Forma da Lei" - seriado da Rede GLOBO (2010), "Insensato Coração" - novela da Rede GLOBO (2011), "Julie e os Fantasmas" – seriado da Bandeirantes/Nickelodeon (2012), "Avenida Brasil" - novela da Rede GLOBO (2012), "O Negócio" – Série da HBO (2012), "Amor à Vida" - novela da Rede GLOBO (2013) e os “Dez Mandamentos” da Rede Record. No cinema atuou no longa "Gosto de fel" de Beto Besant (2013).

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