Por Cau Marques
Música é o lugar onde não há fronteiras, onde tudo acontece e onde tudo pode se criar e se reinventar. Já não é de hoje que um dos estilos mais executados no mundo desde o final da década de 60, a “Reggae Music”, com seu incontestável pai e também embaixador maior, Bob Marley, foram adotados como quase nossa por aqui.
Talvez o conjunto de semelhanças sociais, políticas e econômicas entre Jamaica e Brasil também tenham colaborado para tamanha adesão à este ritmo contagiante que tem tudo a ver com nossa terra.
Já Gilberto Gil, há mais de 30 anos atrás já colhia os frutos da bem semeada arte de Bob em sua competente versão de “Woman no Cry” e seus verso paradisíacos cantados em “Não Chores Mais”. No mundo todo artistas já consagrados também usaram as influencias claras do reggae tocado nos seus contratempos de Reggaetons e Baixos.
Quase 90% das músicas de sucesso da banda The Police se baseava na mistura fortíssima do estilo Jamaicano com os reefs de rock e a estonteante voz de Sting. Também Peter Framptom, Eric Clapton, Led Zeppelin com seu clássico D’yer Mak’er, Stevie Wonder e uma lista gigantesca de artistas importantíssimos beberam desta fonte e firmaram o Reggae como imortal.
Aqui no Brasil não poderia ser diferente. Nos anos que se seguiram, as bandas nacionais abusaram do uso deste ritmo. Paralamas do Sucesso, Titãs e posteriormente uma enxurrada de “kaia” invadia as rádios com Cidade Negra, Skank e seus descendentes, Tribo de Jah, Natiruts, Chimarruts e mais um monte de “uts”que acabaram por marcar uma época.
Depois de alguns poucos anos meio em baixa, a batida de Bob e seu séquito, parece achar agora lugar no “mega” difundido sertanejo e a música “Santo Bateu” de Matheus e kauan já tem seus vários milhões de views e é uma das mais pedidas e cantadas nas casas de shows.
Pois é, o ritmo natural e verde da Jamaica realmente criou laços permanentes na nossa terra e se Jah quiser, assim será para sempre! Boa semana e bom Reggae pra todos vocês.