Colunistas - Rodolfo Bonventti

ETERNA MEMÓRIA - ISABEL RIBEIRO

19 de Maio de 2016

 (08/07/41 – 13/02/90)

 

Um atriz singular e sempre inovadora

A paulistana Frederica Isabel Iatti Ribeiro sonhava em ser médica, mas teve que abandonar os estudos e ir trabalhar para ajudar a família. Meio que por acaso, no entanto, o teatro atravessou a sua vida no início dos anos 60.

Foi assim que surgiu Isabel Ribeiro, uma jovem que transportou para os palcos paulistas uma grande dramaticidade interior que a transformou aos poucos em uma das mais premiadas atrizes do nosso teatro, do cinema e da TV.

Da estreia em 1962 na peça infantil “A Bruxinha que queria ser boa”, Isabel foi para o Teatro de Arena onde estreou como a Lucrécia de “A Mandrágora”. Lá ela participaria de outras montagens importantes daquele espaço nos anos 60 como “O Noviço”; “O Melhor Juiz, o Rei”; “O Filho do Cão” e “Arena Conta Zumbi”.

Sua atuação no teatro é muito marcante nos anos 60 e 70, tendo participado também do Grupo Opinião e viajado pelos Estados Unidos nas montagens de “Arena Conta Bolivar” e “Arena Conta Zumbi” pelo pessoal do Teatro de Arena.

Nesse período que marca também a sua estreia nas telenovelas e no cinema, empresta todo o seu talento para espetáculos marcantes como “Hoje é dia de rock”; “Avatar”; “O Santo Inquérito” e “Vargas”.

No cinema, Isabel Ribeiro marca presença e ganha vários prêmios como melhor atriz ou atriz coadjuvante em “Como Vai, Vai Bem?”; “Azyllo Muito Louco”; “Os Herdeiros”; “São Bernardo”; “O Doce Esporte do Sexo”; “Os Condenados”; “Toda a Nudez Será Castigada”; “A Queda”; “Coronel Delmiro Gouveia”; “O Coronel e o Lobisomem” e “Parceiros da Aventura”.

Na televisão ela começou na TV Tupi, em 1970, em um pequeno papel na novela “Toninho on the rocks” e depois esteve em “A Selvagem”; “Tempo de Viver”; “O Rebu”; “O Noviço”; “O Grito” fazendo par romântico com o ator Walmor Chagas; “Duas Vidas”, no papel marcante de uma mulher mais velha (Sonia) que se apaixona por um jovem muitos anos mais novo (Stepan Nercessian); “Sem Lenço, Sem Documento”; “Sinal de Alerta”; “Gaivotas”; “Um Homem Muito Especial” e “Sol de Verão”.

A sempre atuante Isabel Ribeiro trabalhou no cinema com os maiores diretores, englobando aí Cacá Diegues, Leon Hirszman, Roberto Santos, Roberto Gervitz, Nelson Nadotti, Zelito Viana e Domingos de Oliveira.

Ela foi casada com o ator Altair Lima e deixou três filhos com os quais morava na cidade de Jundiaí, próxima à capital paulista. Isabel descobriu um tumor no seio no final de 1987, quando defendia um dos principais papéis na novela “Helena”, na TV Manchete.

Foi o seu último desempenho em telenovelas e já doente ainda participou dos filmes “Feliz Ano Velho” e “Besame Mucho”, vindo a falecer em fevereiro de 1990, com apenas 48 anos de idade.

Foto 1 - Isabel Ribeiro no cinema em Todas as Mulheres do Mundo de 1966

Foto 2 - A atriz no início dos anos 70 no filme Os Herdeiros

Foto 3 - Uma das grande participações no cinema em Toda Nudez Será Castigada

Foto 4 - Isabel Ribeiro e Cláudio Marzo em Os Condenados de Zelito Viana de 1974

Foto 5 - Na novela O Grito de 1975, na TV Globo, um dos seus melhores papéis na TV

Foto 6 - Ao lado de Stepan Nercessian na novela Duas Vidas da TV Globo em 1977.

Foto 7 - Isabel trabalhou em várias emissoras. Aqui em Um Homem Muito Especial na Bandeirantes

Foto 8 - Com o marido Altair Lima e os filhos na década de 80 no interior de São Paulo

Comentários
Assista ao vídeo