Apesar do recuo apresentado, alguns itens tiveram aumento expressivo em janeiro, como tintas, tijolos e material hidráulico. |
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Os preços dos materiais de construção no Estado de São Paulo, calculado por meio do índice INCC/SINAPI do IBGE, contaram com uma deflação de 0,25% em janeiro de 2016. É o índice mais baixo para esse mês desde que a pesquisa foi criada, em meados de 1994. Apenas como comparação, ano passado, o INCC registrou aumento de 0,44% para o mesmo período. A última vez que houve deflação dos preços de materiais de construção na economia paulista em janeiro foi em 2012. Evolução do custo de materiais de construção nos meses de janeiro: Estado de São Paulo
Fonte: IBGE
Com base no acumulado de doze meses, o índice que mede a variação de preços do setor da Construção Civil chegou a 4,43%, abaixo do valor alcançado para o mesmo período em 2015, quando ficou em 5,15%. Considerando o histórico recente do indicador, a deflação de 0,25% neste último mês de janeiro iguala a retração de preços de setembro de 2015 e é o maior recuo desde maio de 2012, quando o INCC ficou em -0,80%. O economista Jaime Vasconcellos comenta que, desde agosto de 2015, há uma oscilação entre movimentos inflacionários e deflacionários no território paulista. Evolução do custo de materiais de construção: Estado de São Paulo
Fonte: IBGE Analisando os subitens do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) /IBGE de janeiro de 2016, medidor oficial da inflação brasileira, observa-se que, tanto em âmbito nacional quanto na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), há mercadorias com retração no nível de preços. Na RMSP, segundo o IBGE, o preço médio das ferragens detém a maior queda, -1,5%. Os revestimentos de piso e parede e o cimento também ficaram, em média, mais baratos. Como efeito comparativo, em janeiro de 2015, estes três subitens registraram aumento de, respectivamente, 1,73%, 3,70% e 2,40%.
Evolução dos preços de janeiro/16 por subitem do IPCA/IBGE
Fonte: IBGE Para Vasconcellos, é impossível não associar a queda no nível geral de preços dos materiais de construção no Estado de São Paulo e Região Metropolitana de São Paulo à redução do consumo das famílias e dos investimentos empresariais. “O orçamento mais fragilizado aliado ao aumento de endividamento e inadimplência, aos juros elevados e à ameaça mais real de desemprego inibe o consumo e, com isso, resulta em enfraquecimento da demanda”, explica. Em sua opinião, o pior momento para o consumo em 2016 deverá ser registrado no primeiro trimestre. “Pelo lado dos custos o patamar é elevado, porém sem crescimento no primeiro mês deste ano. O dólar ficou estável em janeiro, o que também auxilia a menor pressão de preços internacionais nos preços domésticos”, avalia.
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Sobre o SINCOMAVI – O Sindicato do Comércio Varejista de Material de Construção, Maquinismos, Ferragens, Tintas, Louças e Vidros da Grande São Paulo foi fundado em 18 de outubro de 1934 e representa mais de 35 mil lojistas em 29 cidades da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). Juntas essas empresas possuem faturamento anual superior a R$ 15 bilhões (2013) e respondem por mais de 90 mil postos de trabalho (2011). |