(1897-1973), em show gratuitos, na Caixa Cultural
No evento, que terá acompanhamento de Marcos Paiva & Trio, serão mostrados sucessos como ‘Carinhoso’, ‘Rosa’ e ‘Lamento’
Show Maria Alcina & Vânia Bastos
‘Chorinho Bom – Homenagem ao Mestre Pixinguinha’
Banda: Marcos Paiva (direção musical e baixo acústico), Nelton Essi (vibrafone), César Roversi (sax e flauta) e Jônatas Sansão (bateria).
15 a 17/01/16 – sexta a domingo – 19h15 – Grátis (retirar ingressos no dia, a partir das 9h, no máximo 1 par por pessoa) – Capacidade: 135 lugares.
Caixa Cultural (Praça da Sé, 111, tel.: (11) 3321-4400)
Só por ter composto ‘Carinhoso’, aquela música que diz ‘meu coração, não sei por quê, bate feliz quando te vê’, Pixinguinha (1897-1973) já estaria numa lista dos maiores da música brasileira. Mas esse carioca, que só viveu 75 anos, fez muito mais. É autor de valsas, sambas e choros, entre eles, sucessos como Rosa e Ingênuo, que fazem parte da história da MPB. Boa parte desse material vai ser apresentado por Maria Alcina e Vânia Bastos no show gratuito Chorinho Bom – Homenagem ao Mestre Pixinguinha, que acontece de 15 a 17 de janeiro na Caixa Cultural. O evento comemora os 155 anos de fundação da Caixa Econômica Federal.
O projeto, que chega a S. Paulo depois de ter passado com sucesso pelo Rio de Janeiro, tem direção artística de Fran Carlo, que buscou adequar o repertório, ressaltando as várias faces de Pixinguinha e sua grande diversidade musical. O show é dividido em três partes. Na primeira, o diretor musical e baixista Marcos Paiva, que será acompanhado por Nelton Essi (vibrafone), César Roversi (sopros) e Jônatas Sansão (bateria), mostra números instrumentais. Em seguida, Vânia Bastos apresenta sucessos como Rosa e Lamento e, na seqüência, Maria Alcina entra para cantar um lado mais ‘explosivo’ do Maestro, de músicas como Urubu Malandro e Gavião Calçudo.
Pixinguinha
Compositor, orquestrador, flautista e saxofonista, Pixinguinha, cujo nome verdadeiro é Alfredo da Rocha Viana Filho, além de compor obras que se tornaram ‘clássicos’ da nossa música, fez orquestrações para cinema e teatro, e arranjos para intérpretes famosos da época, como Carmen Miranda, por exemplo. É parceiro de Braguinha, Vinicius de Moraes e Hemínio Bello de Carvalho. Nos anos 1920, fundou o grupo Oito Batutas, que foi o primeiro regional brasileiro a sair do país para uma excursão internacional. Nesse caso, foram para a Europa, para passa 30 dias mas o sucesso foi tanto que ficaram seis meses.
Maria Alcina
Maria Alcina, que dispensa apresentação, é personalidade de nossa música, com reconhecido lugar numa galeria de intérpretes com forte identidade. Mineira de Cataguases, mudou-se para o Rio de Janeiro no começo dos anos 1970. Em qualquer registro da história da música brasileira recente, tem que constar sua performática atuação no Festival Internacional da Canção (1972) e vencedora da parte nacional, eternizando Fio Maravilha, de Jorge Ben Jor. Em 2003, deu uma guinada na carreira quando gravou, ao lado de grupo eletrônico Bojo, o CD Agora, que ampliou sua faixa de público. Seu álbum Confete e Serpentina (2009), venceu o Prêmio da Música Brasileira nas categorias Melhor Cantora Popular e Melhor Disco Popular. Nesse CD mixa gerações diversas da música brasileira como Alberto Ribeiro (1902/1971) e Paulinho da Viola com nomes mais recentes como Roseli Martins, Wado, Moisés Santana. São mais de quarenta anos de marcante presença, agora comemorados com o DVD De Normal Bastam os Outros.
Vânia Bastos
Vânia Bastos tornou-se conhecida inicialmente por seu trabalho na banda Sabor de Veneno, de Arrigo Barnabé, com quem gravou discos importantes como Tubarões Voadores (1984). Em seus 30 anos de carreira, lançou mais de uma dezena de discos, alguns dedicados às obras de Tom Jobim, Caetano Veloso e à turma do Clube da Esquina. Três foram lançados no Japão e quatro na Europa. Belas e Feras, seu oitavo disco, voltado às compositoras brasileiras, rendeu-lhe uma temporada de shows assistidos por mais de 160 mil pessoas em todo o país. Seu último trabalho, Na Boca do Lobo, mostra a obra singular de Edu Lobo. Atualmente viaja com o show Poeta da Canção focando as canções do ‘poetinha’ Vinícius de Moraes.
No repertório da apresentação, músicas de Pixinguinha como Proezas de Solon (em parceria com Benedito Lacerda) que será apresentada por Marcos Paiva & Trio; Isso que é viver e Fala baixinho (ambas parcerias com Hermínio Belo de Carvalho), interpretadas por Vânia Bastos e Mundo Melhor (Pixinguinha e Vinícius de Moraes), cantada por Maria Alcina.