“E se não Tivesse Amor no Título? ” reestreia no Teatro Augusta e apresenta a história de mulheres e seus amores não concluídos
A comédia dramática “E se não Tivesse Amor no Título?”, escrita e dirigida por Renato Andrade, reestreia dia 16 de janeiro na Sala Experimental do Teatro Augusta. Constituída por solos sobre o universo das mulheres, seus anseios e angústias, a peça é inspirada em relatos reais e retrata, de maneira sutil e poética, histórias de amores partidos, idos e não concluídos.
A peça surgiu de uma investigação sobre o universo feminino. Ao pesquisar a história de inúmeras mulheres, o autor percebeu que a maioria das entrevistadas revelava uma história de amor não concretizada. Para elas, o amor era algo idealizado e, muitas vezes, platônico. O título surgiu justamente por conta desta associação de grande amor com impossibilidade, infelicidade, obstáculos e ausências. Portanto, se abordamos amores desfeitos, porque colocar amor no título?
Antes de o espetáculo começar, as atrizes expõem para a plateia curtos depoimentos amorosos. Na sequência, o público conhece a história de três mulheres. Natália é uma octogenária, que se mostra ao público como se tivesse vinte anos, época em que começa a viver uma surpreendente história de amor que tem sua conclusão - ou não conclusão - 50 anos depois. Dolores é uma caiçara que superestima a ficção, assumindo uma posição de comodismo que a impede de entender e enxergar seu marido de verdade. Júlia é uma mulher debochada, casada com um homem trinta anos mais velho, que tenta se equilibrar entre o que as pessoas pensam sobre ela e o que ela realmente é e sente.
De modo sutil e descontraído, a peça se utiliza da metáfora propiciada pelo teatro para indagar se o esperado “amor” é realidade ou uma obra de ficção. As atrizes e suas personagens compartilham histórias afetivas e, de modo intimista, vasculham memórias, expondo o embate entre o real e a idealizada representação amorosa. Afinal, o amor, como conhecemos, seria na verdade uma ilusão? Ao transpor o questionamento para o palco, a identificação é inevitável, e qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos e lugares não será mera coincidência.
“E se não Tivesse Amor no Título?” esteve em cartaz em São Paulo em 2011 e 2013. Antes disso, entre 2006 e 2008, foi encenada com o título de “Amor, meu grande amor”. Para esta temporada, foram acrescentados curtos relatos vividos pelas atrizes Luiza Andrade, Cintia Takeda, Iona Damianna e Nina Marqueti.
REPERTÓRIO
“E se não Tivesse Amor no Título?” é uma das três peças que compõem uma seleção de trabalhos dirigidos por Renato Andrade. Além da comédia dramática, reestreiam os dramas “Os Veranistas” e “A Noite em que Blanche Dubois chorou sobre a minha pobre Alma” de Jarbas Capusso Filho. As três peças estarão em cartaz no Teatro Augusta, como parte das comemorações dos quinze anos de carreira do diretor.
E se não Tivesse Amor no Título?
Sinopse: A peça mostra os amores não concretizados de três mulheres, que dividem sorrisos e frustrações. Baseada em relatos reais, questiona se uma verdadeira história de amor existe ou é uma ficção.
Gênero: Comédia dramática
Texto e Direção: Renato Andrade
Elenco: Luiza Andrade, Cintia Takeda, Iona Damiana e Nina Marqueti
Fotos: Camila Ventura e Caio Filippine
Temporada: De 16 de janeiro a 27 de fevereiro – Sábados às 21h
Localização: Sala Experimental Teatro Augusta - Rua Augusta, 943 – Cerqueira César.
Duração: 50min
Ingressos: R$40 e R$20 (meia)
Capacidade: 50 lugares
Classificação Indicativa: 12 anos
Telefone: 3151-4141
Vendas: Bilheteria do teatro ou pelo site Compre Ingressos
- O espetáculo não será apresentado no sábado, 6 de fevereiro, em virtude do Carnaval