Edna Savaget Alguns profissionais que construíram a história da televisão brasileira foram sendo esquecidos com o passar dos anos, mas sempre é tempo de voltar a homenageá-los. Um caso típico é o da apresentadora e produtora Edna Savaget (1923-1998), a primeira a apresentar um programa feminino em uma emissora de rádio.
Foi no final dos anos 1940, na poderosa Rádio Nacional, que Edna Savaget estreou como apresentadora do programa "Boa Tarde Madame". Do sucesso da Nacional passou para a Rádio MEC onde produziu e apresentou o programa "Aqui Entre Nós".
Com idéias liberais para a época, Edna Savaget defendia que a mulher não podia ser alienada e precisava de programas que lhe trouxessem cultura e informação, e foi assim que ela se transformou na primeira apresentadora de TV a falar de literatura nos seus programas.
Edna Savaget A estréia na TV foi em 1957, na TV Tupi do Rio, como apresentadora do programa "Boa Tarde Cássio Muniz". Dois anos depois se mudou para a TV Continental para apresentar e produzir o programa "Estamos em Casa". A volta para a TV Tupi aconteceu alguns anos depois onde ela comandou o programa "Super Bazar", um sucesso na época onde ela mesclava desfiles de moda e aulas de culinária com entrevistas com escritores e médicos famosos.
Ela foi para a TV Globo Rio logo no início das atividades dela, em 1965, criando o primeiro programa feminino da emissora, o "Sempre Mulher", inicialmente apresentado só pela atriz Célia Biar e depois por Célia e a própria Edna. Foram seis anos na Globo e mais uma vez Edna Savaget voltou para a TV Tupi do Rio, onde de 1972 a 1977 apresentou o seu maior sucesso na televisão, o "Programa Edna Savaget".
Ela encerrou sua carreira na TV Bandeirantes, em 1990, certa de que contribuiu e muito para uma renovação da idéia do que é criar e manter um programa feminino no ar de forma inteligente, onde moda, artesanato e gastronomia podem perfeitamente combinar com entrevistas sérias e de conteúdo com especialistas das mais diferentes áreas e segmentos.
E na próxima semana: a estréia de Dias Gomes como autor de folhetins.