Durante 16 anos, George Savalla Gomes (1915-2006), mais conhecido como o palhaço Carequinha, comandou o "Circo Bombril", na TV Tupi. Era o circo em toda a sua essência chegando para fazer sucesso também na televisão.
O carioca Carequinha nasceu no circo, sua mãe era trapezista e seu pai fazia todos os tipos de trabalho no Circo Peruano, cujo dono era o avô materno de Carequinha. Ele entrou no picadeiro pela primeira vez em 1920, quando tinha apenas cinco anos, e já fazendo humor.
Antes de ir para a televisão ele foi cantor e pertenceu ao cast da Rádio Mayrink Veiga. Chegou à TV Tupi do Rio de Janeiro em 1951, na abertura da emissora para comandar o programa "Variedades Tupi", que dois anos depois se transformou no "Circo Bombril".
O programa ficou no ar até 1967, e Carequinha sempre teve ao seu lado na apresentação e nos variados quadros de palhaçada que inventava, o amigo e também palhaço Fred, que também o acompanhou no cinema, onde eles fizeram "Sai de baixo"; "Com jeito vai" e "Sherlock de araque".
Carequinha levou alegria e bom humor á crianças e adultos no "Circo Bombril" e, em paralelo, criou uma carreira de grande compositor e cantor de cantigas de roda e de marchinhas. Era de sua autoria músicas como "O bom menino"; "Canção da criança"; "Escravos de Jó" e "Minha burrinha".
Em 1964, Carequinha foi homenageado no I Festival Internacional de Clown, realizado na Itália, coroando uma carreira dedicada ao humor mais simples e a muitas palhaçadas. Ele voltaria à televisão na década de 1980, comandando o "Circo Alegre" na extinta TV Manchete, que ficou três anos no ar.
Muito homenageado em todo o país, Carequinha dá nome a ruas, praças, centro cultural e foi tema de samba enredo de escola de samba. Mas a maior lembrança dela é a alegria e o carinho com que tratava as crianças no circo e na televisão, e do seu famoso bordão, "Tá certo ou não tá?".
E na próxima semana: a segunda versão de "Éramos Seis".