A crise chegou ao mercado pet, mas é possível continuar mimando os animais de estimação com atitudes simples. Os cães, por exemplo, são muitos no Brasil (52,2 milhões) e já superam o número de crianças até 14 anos (44,9 milhões) nos quase 28,9 milhões de lares onde estão presentes, de acordo com o IBGE. A média é de 1,8 cão por lar contra 1,5 criança.
Uma retração histórica neste setor foi registrada pela Kantar WorldPanel, empresa especializada em painéis de consumo. O volume de alimentos industrializados comprados caiu 8,5% no primeiro semestre de 2015 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Considerando a inflação acumulada de 8,9% dos últimos 12 meses (até junho), não houve aumento de preço real da categoria, mas sim apenas um reajuste de preço médio na ordem de 8%.
Entre os produtos industrializados, os que mais sofreram com a retração foram as rações sólidas, que representam atualmente 93% do mercado. O faturamento total deste setor ultrapassou R$ 1,2 bilhão no primeiro semestre de 2015 (R$ 1.296.725), retraindo 2,3% em comparação com o mesmo período do ano passado, mas isso se deve a uma diminuição de 8,7% no volume.
Com o bolso apertado, os compradores mudaram seus hábitos e reduziram as visitas aos pontos de venda em 1,5 vez por ano, porém a cada ida passaram a levar um volume em média 5,1% maior. Isso não por motivo de abastecimento, como aconteceu com outros produtos alimentícios, mas sim devido ao custo/benefício, já que embalagens maiores, na grande maioria dos casos, oferecem menor valor por quilo.
Além de adotar a máxima “mais por menos”, outra solução dos proprietários tem sido substituir ou complementar as refeições dos pets com alimentos caseiros, sejam os mesmos consumidos pelas famílias ou aqueles preparados especialmente. Para que se tenha uma ideia, do total de 28,9 milhões de lares com cães no Brasil, apenas 13 milhões compraram rações no primeiro semestre de 2015, número 5% menor do que no primeiro semestre de 2014.
Os pet shops ainda são os canais mais procurados para aquisição de alimentos. Os pacotes de ração entre 14 kg e 18 kg são os mais procurados dentro deste canal, representando 42% do volume total – eles tiveram um crescimento de 7,3% na procura de 2014 para 2015.
Mesmo o Nordeste e o Sul sendo as regiões com mais lares com cachorros, entre os mercados líderes no consumo de produtos pet estão o interior de São Paulo e a Grande São Paulo.
Outra curiosidade é que exemplares de raças pequenas e muito pequenas são os preferidos dos brasileiros, com uma representatividade de 63,1%. Em seguida, com 41%, estão os de raças médias. Cachorros de grande porte são 18,4% e extra grandes apenas 1%. O total ultrapassa 100% porque há duplicidade de informações, considerando a média de 1,8 cão por lar.
Sobre a Kantar Worldpanel
A Kantar Worldpanel é líder mundial em conhecimento e compreensão do consumidor por meio de painéis de consumo e oferece Inspiração em Alta Definição™, combinando monitoramento, análises avançadas e ferramentas de pesquisa de mercado que facilitam tanto a visão global como de pequenos detalhes que inspiram ações para o êxito de seus clientes. Seu conhecimento sobre o que as pessoas compram, o que usam – e os motivos - se tornou moeda corrente no mercado para marcas, varejistas, analistas de mercado e as organizações governamentais globalmente.
Com mais de 60 anos de experiência e formada por uma equipe com mais de 3.500 funcionários e serviços que cobrem mais de 60 países, diretamente ou através de parceiros, a Kantar Worldpanel atua em diversos campos, como produtos de consumo, de impulso, para bebês, telecomunicações e entretenimento, entre muitos outros.
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