Cultura - Teatro

Programação teatral ? Outubro Sesc Campo Limpo

25 de Setembro de 2015

Espetáculos

Paixoei ou Diários da Floresta - com Lux in Tenebris

Baseado na obra da antropóloga Betty Mindlin, "Diários da Floresta", e sua vivência com os Suruí-Paiter, índios que habitam o estado de Rondônia, e com dramaturgia e direção de Reinaldo Santiago, o espetáculo "Paixoei ou Diários da Floresta", leva à cena o percurso exemplar dessa tribo, proporcionando uma reflexão sobre nossa responsabilidade diante da natureza e dos povos da floresta.  Tendo como guia e caminho as teorias do teatro épico de Bertolt Brecht, o espetáculo busca extrair do livro de Betty, as formas da narrativa épica, características dos "Diários da Floresta" em busca da expressão dramatúrgica que tornassem visíveis as várias vozes que compõem os diários. Na montagem vemos a Antropóloga atenta, a desbravadora curiosa que se embrenha nos caminhos da Floresta em busca de costumes arcaicos, a ouvinte de uma mitologia viva, a apreciadora incansável da culinária Suruí, a mulher que deixa seus laços familiares para ir de encontro a um povo até então quase desconhecido. Testemunha do cerco da civilização branca se fechando em torno do Território Suruí, vive a invasão cultural que profanou a visão integrada desse povo. Cultura que defende numa época difícil da história política brasileira. Assim a dramaturgia e direção, procuram transferir para a cena, a poética e a paixão de Betty por esse povo em transformação. O grupo de teatro Lux in Tenebris, fundado em 1981, tem como característica a pesquisa antropológica social e étnica. O Lux in Tenebris fez, entre outros trabalhos, “Até Onde a Vista Alcança”, “Entre dois Carnavais” e “Ciganos , o Povo Invisível” e “Paixoei ou diários da Floresta”.

Ficha técnica - Dramaturgia e direção: Reinaldo Santiago. Cenografia e figurinos: Márcio Tadeu. Trilha sonora: Carolina Santiago e Grupo. Elenco: Marcília Rosário (Xiibualed), Márcio Tadeu (Náraxar), Carolina Santiago (Antropóloga I), Vanessa Carvalho (Antropóloga II), Paula Zaneti (Guydopog), Natalia Coutinho (Xoiti), George Passos (Dikdaig, Maritu, Uma Autoridade), Paulo Barros (Apoena Meireles, Garapoy).

 

Retirada de ingressos com 1 hora de antecedência.  Duração: 90 minutos.

Livre. Grátis.

02, 03 e 04/10. Sexta (21h), sábado (19h) e domingo (19h30)

 

 

A Saga do Herói Morto - com Cia Caixote de Teatro

O espetáculo de rua resgata o imaginário do herói por meio de sua jornada e de uma linguagem cômica. Recriando personagens típicos e figuras que o habitam, reconstrói um contexto histórico da Idade Média, em plenos dias atuais, mostrando que as relações sociais e os arquétipos ainda sobrevivem ao convívio, história e imaginário popular. Transforma-se aí também este contato cômico com a arte e a farsa em um insight também de reflexão de problemas sociais e atual presença de “heróis” na sociedade – ou até mesmo atitudes heroicas rotineiras. Na farsa, a morte de um cavaleiro em uma taberna é o ponto de partida para os frequentadores do local se transformar num falso exército para conquistar o prêmio do defunto por uma batalha vencida. O caminho para o reino de Cameló para esta recompensa é tomado por aventuras entre estes falsos guerreiros e um morto como capitão da tropa, além de ser complementado por um rei que faz tudo pelo poder e boa imagem de seu reinado. A Cia Caixote de Teatro nasceu em maio de 2013 com a reunião de um grupo de amigos que decidiram se unir para elaborar um trabalho cômico, baseado no universo das máscaras, comédia popular, commedia dell'arte e teatro de rua. Um trabalho de construção coletiva de pesquisa, ampliando o contato com a arte e com a cultura.

Ficha Técnica - Direção: Cia Caixote de Teatro. Texto: Eduardo Paiva. Músico: Thiago França. Figurino: Nagila Sanches. Cenografia: Elton Hipolito. Imprensa: Raquel Lima. Elenco: Eduardo Paiva, Eric Oliveira, Nilson Domingues e Raquel Lima.

Vídeo: http://www.youtube.com/v/M-IVUvadE0Y

 

Retirada de ingressos com 1 hora de antecedência. Duração: 55 minutos.

Livre. Grátis.

15 e 16/10. Quinta e sexta, às 19h.

 

 

Errantes - com Trupe Artemanha de investigação teatral

Três andarilhos-bufões que supostamente escaparam de um Massacre, se escondem em um circo e passam a trabalhar como limpadores de excrementos de animais. Mas esses insistem em voltar para a vida do cangaço e logo se deparam com a realidade do mundo, tendo que se transformar em artistas de rua para sobreviver nas (des)ordens urbanas. Três figuras escatológicas, andarilhas, sem teto, sem documentos, sem governo, sem destino certo. Mas com um único objetivo: contar histórias, causos sobre uma vida que eles defendem em um bando do cangaço. Não seria o bando de Lampião, nem Corisco, mas sim, o bando que somente as figuras conseguem acreditar ter participado. No experimento, as figuras bufão-cangaceiros e contadores de causos se colocam como propagadores de textos e movimentos corpóreos poéticos, além das vendas de “novidades, especiarias, tesouridades e raridades”, como velhos mascates convidando o público a conhecer os elementos que fazem parte do modo de vida desses artistas ou sobreviventes da rua: Escapo (Léo Santiago), Cagaço (Marcelo de Sousa) e Chico Véio (Luciano Santiago). Este é o novo trabalho da Trupe Artemanha , que de certa forma reflete a alma do coletivo, trazendo para a praça pública a história de três velhos andarilhos que querem viver à margem da sociedade, de maneira livre, sem seguir as regras sociais que limitam o modo de viver mais humano e igualitário. Por isso o processo da trupe caminha para uma autonomia ou livre criação, possibilitando a interação dos atores-pesquisadores do grupo com o material estudado, potencializando os aspectos autorais empregados por cada integrante nos trabalhos. Assim como a experiência de residir em diferentes cidades.

Ficha Técnica - Dramaturgia e direção: Luciano Santiago. Figurinos: Léo Santiago. Música Instrumental: Marcelo de Sousa. Elenco: Léo Santiago, Luciano Santiago e Marcelo de Sousa (aprendiz convidado)

 

Retirada de ingressos com 1 hora de antecedência. Duração: 60 min

Livre. Grátis.

17/10. Sábado, às 19h.

 

Donzela Guerreira - com Cia. Mundu Rodá (Sp)

A obra da Cia. Mundu Rodá (SP), narra a trajetória de uma jovem que se disfarça de homem, em um combate, para substituir seu pai. O disfarce, entretanto, não impede que a guerreira e seu capitão se apaixonem um pelo outro e passem a travar seus próprios conflitos, colocando à prova princípios, sentimentos e desejos. Através de fragmentos de narrativa (como é comum nas tradições orais), mais que apresentar a história, o foco da obra está na reflexão sobre os papéis do homem e da mulher e sobre o amor. Amor impossível, revelação tardia e saudade incomensurável: o espetáculo é a busca de uma tradução poética (do romance de tradição oral que narra a história da donzela que vai à guerra), atualizada no tempo, no espaço, nos sons, nas palavras e nos corpos dos atores-pesquisadores. Pela apresentação de fragmentos (como é comum na tradição oral), mais que representar a vida de uma donzela que vai à guerra, o foco está na reflexão sobre o gênero e sobre o amor em abordagem ampla e aberta, convidando o espectador a participar ativamente na construção da narrativa, elaborando sua própria interpretação. Donzela Guerreira é fruto da pesquisa da Cia Mundu Rodá de Teatro Físico e Dança, unindo as técnicas de trabalho de ator e as danças tradicionais brasileiras, aproximando a dança, o teatro, a música e as tradições populares.

Ficha Técnica - Atuação e Criação: Alício Amaral e Juliana Pardo. Direção: Jesser de Souza. Dramaturgista: Suzi Frankl Sperber. Texto: Alício Amaral, Juliana Pardo, Jesser de Souza e Suzi Frankl Sperber. Direção musical: Ricardo Matsuda. Figurinos: Mila Reily. Cenografia: Fabiana Fukui.

 

Retirada de ingressos com 1 hora de antecedência. Duração: 60min.

Grátis. Não recomendado para menores de 12.

18/10. Domingo, às 20h.

 

Minha Cidade Pode Não Ser A Sua - Com Núcleos Urbanos

O texto Minha Cidade Pode Não Ser a Sua foi inspirado em diferentes vivências que Walmir Pavam teve como artista orientador de teatro em São Paulo, principalmente de uma experiência no CEU Três Lagos, bairro do Grajaú, em 2004, como artista orientador no Programa Vocacional da SMC-SP. O texto não se limita a reproduzir uma experiência local, mas busca, a partir da situação específica, universalizar uma questão recorrente em outras grandes cidades do Brasil e do mundo. A peça mostra diversas possibilidades de relações entre centros e periferias, e como são mais contraditórias do que normalmente se pensa – exemplos são: a jovem pobre de periferia que persiste com seu desejo de ser escritora e o menino rico que quer conhecer um bairro de periferia. Histórias da cidade que se sucedem. Diferentes lugares da cidade, diferentes classes sociais, diferentes narradores. Diferentes pontos de vista: o que é real? o que é imaginação? O grupo Núcleos Urbanos surgiu em 2013, a partir do interesse de artista em pesquisar as possibilidades de abordagem da questão urbana no teatro. Segundo a concepção do diretor Paulo Fabiano, a cenografia, o figurino, a iluminação e a sonoplastia têm como objetivo captar os aspectos de transitoriedade, do excesso, das “fronteiras” e da destruição presentes na metrópole. O processo de construção da fisicalidade nas cenas tem como fonte de inspiração o universo dos quadrinhos.

Ficha Técnica - Direção: Paulo Fabiano. Dramaturgia: Walmir Pavam. Elenco: Clayton Campos, Lígia Botelho, Lilian Domingos, Walmir Pavam. Com: Núcleos Urbanos.


Retirada de ingressos com 1 hora de antecedência.  Duração: 80 minutos.

Grátis. Não recomendado para menores de 14.

23, 24 e 25/10. Sexta e domingo, às 20h. Sábado às 19h.

 

SERVIÇO

 

Sesc Campo Limpo

Horário da Unidade: Terça a sábado, das 13h às 22h. Domingos, das 11h às 20h.

Endereço: Rua Nossa Senhora do Bom Conselho, 120.

Campo Limpo – São Paulo/SP

Tel.: (11) 5510-2700

sescsp.org.br/campolimpo

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