Cultura - Teatro

Trio de violões Opus 12 lança CD

23 de Setembro de 2015

Trio de violões Opus 12 lança CD ‘Divertimentos’ no Teatro Santarosa

Data: 03 de outubro (sáb)

Hora: 20h30

Ingressos: R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia)

Repertório traz composições de Sérgio Assad, Paulo Bellinati, Marco Pereira e Paulo Porto Alegre.

Funk Fuga  é o título de uma das faixas do CD Divertimentos do Trio Opus 12. Nos poucos mais de 2 minutos dessa composição, os violonistas mostram a que vieram, misturam o estilo norte-americano (funk) com a forma barroca (fuga), numa proposta clara de ultrapassarem a fronteira entre a música popular e a erudita. Quebrar regras, brincar com os estilos, é a jogada do CD Divertimentos.

Na mesma pegada que caraceteriza essas ‘diversões’, podemos citar, Maracatu de Pipa, (Paulo Bellinati), que é uma peça descritiva de brincadeira de rua, arquitetada em duas formas diferentes de maracatu, nação e rural e Bate-coxa (Marco Pereira), é um desafio pois em princípio é uma obra para violão-solo, mas que o Trio faz caber todos os três.

O Opus 12 foi criado em 1977 pelo violonista e compositor Paulo Porto Alegre e veio mudando de formação ao longo do tempo. Desde 2013, além de Paulo, estão no grupo Daniel Murray e Chrystian Dozza. O primeiro disco, Trio Opus 12, foi lançado no formato LP em 1982 (depois relançado em CD em 2013), trazia obras originais para trio de alaúdes e peças do período clássico e moderno. Tem o mérito de ser o primeiro disco independente de música erudita no Brasil. O CD-duplo Retratos de Radamés, foi feito em parceria com o Núcleo Hespérides-Música das Américas e lançado em 2006. Desde sua formação, o Opus 12 tem tido o privilégio de receber obras de diversos compositores feitas especialmente para o Trio, dentre eles, Eduardo Fernandez, Guido Santorsola, Lívio Tragtemberg e Radamés Gnattali.

O álbum Divertimentos tem a particularidade de trazer um repertório contemporâneo para violão, feito por compositores brasileiros, nascidos na inicio da década de 1950 como Sérgio Assad, Paulo Bellinati, Marco Pereira e o próprio Paulo Porto Alegre. Essa geração foi marcada por uma formação erudita que também abria espaço para a música popular, com isso trazem uma nova ótica para música instrumental brasileira.

 Paulo Porto Alegre

Paulista, venceu vários concursos internacionais de interpretação e Première Mention do Concours International de Composition de l’ORTF (Paris/1986). É reconhecido pelo ecletismo de seu repertório, que vai do clássico ao contemporâneo, da MPB ao jazz. Apresentou-se nos Estados Unidos, Alemanha, Canada,  França e China. Em 2013, foi homenageado no IV Festival Internacional de Violão Leo Brouwer (SP), por sua contribuição ao violão brasileiro. É membro fundador do Núcleo Hespérides-Música das Américas, do Trio Opus 12 de violões e professor titular da Escola de Música do Estado de São Paulo.

 

Daniel Murray

Carioca radicado em São Paulo, é bacharel em violão pela FASM e Mestre em Música pela UNICAMP (2013). Começou a estudar violão clássico aos seis anos e, aos 15, foi premiado no Councours International de Guitarre de Trédrèz-Locquémeau, em Bretanha (França). Apresentou-se, em 2014, no MIDEM Festival (Cannes/França) e Classical Next (Viena/Áustria). Em carreira solo lançou os discos...universos sonoros para violão e tape... (2008) e Autoral (2015).

 

Chrystian Dozza

Mineiro, é bacharel em Violão pela Faculdade Santa Marcelina. Em 2007 ficou com o 1º lugar no Concurso Nacional de Violões Musicalis. Integrou o  Quaternaglia Guitar Quartet, um dos mais importantes quartetos de violão brasileiros e com ele realizou turnês pelos Estados Unidos e Europa. Lançou os discos solo Songs from the Land (2005) e Fantasia Mineira (2010), este último, além de composições próprias conta com ‘fantasias’ sobre temas de Milton Nascimento.

 

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