O sonho de voar sempre moveu o homem. Desde o início da tecnologia são buscadas as mais variadas formas de se alcançar os céus, como é visto no mito de Ícaro. A partir dessa premissa, o espetáculo O Falcão Vingador que estreia dia 12 de setembro no Viga Espaço Cênico, discute a necessidade de ser reconhecido por algum feito e a busca incessante por alguma importância em um mundo que cada vez mais parece transformar as pessoas em peças de uma máquina imparável.
O Falcão Vingador, com Luccas Papp e Nana Pequini e direção de Dan Rosseto, se passa no precipício mais alto da cidade de Ferradura. Lá estão Lúcia, uma mulher de meia-idade chamativa por suas roupas e seu comportamento espalhafatoso, e seu filho Victor. O tímido rapaz tem apenas uma missão naquele local: saltar da montanha com uma asa de pano nas costas projetada duas décadas antes e provar ao povo que o espera ansioso lá embaixo que seu falecido pai conhecido como “Falcão”, que não teve tempo de completar a missão anos antes, era um gênio e não um suicida, como todos sempre disseram. Lúcia parece estar em estase com esse momento, mas o garoto parece se sentir pequeno para o fardo que lhe foi dado para carregar.
A figura da mãe deslumbrada pela fama e reconhecimento é justamente a personificação da crueldade disfarçada com a qual a sociedade age sobre as pessoas ditas comuns. Por outro lado, Victor tem a missão que lhe foi imposta desde seu nascimento, de substituir seu pai. A forma manipulada como o garoto foi criado evidencia outra temática fundamental presente no enredo da obra: a projeção de sonhos dos pais em seus filhos
Todas essas questões serão discutidas através de uma montagem cuidadosamente pensada. O realismo fantástico da obra resulta em uma cenografia contemporânea, que coloca os atores em diversos planos acima do público. As atuações são dirigidas para construírem essas figuras de modo que cada motivação das personagens permeiem de modo natural pelo enredo. A trilha sonora original mescla referências do jazz da primeira metade do século XX com o épico dos filmes de super-heróis.
EQUIPE:
Luccas Papp (ator, autor e produtor)
Ator, diretor, produtor, dramaturgo e professor de teatro. Fez parte do elenco da novela “Seus Olhos”, e participações em “Amor e Revolução” no SBT, “A escrava Isaura”, na Record e “A Favorita” na Globo. Atuou em “Nove milímetros” na rede americana FOX e foi antagonista em Brilhante FC, da Nickelodeon. Filmou “Eldorado”, média-metragem de Paula Goldman e “Lula, o filho do Brasil”, longa-metragem de Fábio Barreto. Está no ar no elenco de “A mira do Crime” no FX e Record e fez uma participação especial em “Felizes para Sempre?” exibido pela Rede Glogo e dirigido por Fernando Meirelles. Foram mais de trinta e cinco produções teatrais como ator. Os musicais “Moranguinho em o grande resgate” e “Peter Pan”, e os dramas “O Arquiteto e o Imperador da Assíria” e “A flor de Varsóvia” se destacaram como sucessos. Dirigiu mais de 25 espetáculos e tem 13 textos registrados como autor teatral. Atuou em diversas produções autorais, e no ano de 2014 viveu Hamlet, personagem masculino mais consagrado da dramaturgia mundial. Professor e diretor de teatro da escola Fundação Bradesco. Duas vezes vencedor do FECT (Festival Curtas de teatro de Osasco) de melhor ator e uma vez como autor. Premiado pelo FESTECAR 2014 (Festival de teatro de Carapicuíba) como melhor autor, diretor e produtor, recebendo também indicação como ator. Pelo seu engajamento na difusão da cultura e da arte na cidade em que reside, o jovem recebeu da Câmara dos Vereadores de Osasco, o Diploma Cidade de Osasco e a medalha Raposo Tavares, a maior honraria cedida a um natural ou morador do município, se tornando o cidadão mais jovem a ganhar o título.
Nana Pequini (atriz)
Atriz e diretora. Formou-se em História pela FFLCH/USP e na Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo (EAD/USP), em 1998. Fez o curso de Formação em Clown, com Guillermo Angelelli, em Buenos Aires, Argentina, em 2009. Participou de diversos espetáculos com diretores como Celso Frateschi, Jairo Mattos, etc.
Dan Rosseto (diretor):
Graduado em Comunicação Social, Cinema e Pós Graduado em Crítica de Arte. É fundador e diretor da Escola de Teatro Musical Applauzzo. Como diretor esteve a frente dos espetáculos Tadzio (2015), Lisbela e o Prisioneiro – O Musical (2015) e O Colecionador de Universos (2015), Manual para Dias Chuvosos (2014) de sua autoria, “Valsa nº 6” (2012) de Nelson Rodrigues, “Eles não usam Black Tie” (2011) de Gianfrancesco Guarnieri, “Diga que você já me esqueceu” (2010), inspirado no universo de Nelson Rodrigues, “O Primo Basílio – O Musical” (2009) inspirado na obra de Eça de Queiroz “Quando as máquinas param” (2008) de Plínio Marcos, “Maldito coração” (2008) de Vera Karam, “O colecionador” (2007) de Mark Healy, “Dois irmãos” (2006) de Fausto Paravidino entre outros. É fundador da Cia. Eventual de Teatro e esteve em países como México e Chile com a peça “Marcas de um crepúsculo” (2005), “Antes que seja tarde” (2008) e “Como dizemos, adeus” (2009). Como ator, esteve nas montagens de “Imperador e Galileu” (2008) de Henrik Ibsen, “O beijo no asfalto” (2007) de Nelson Rodrigues, “Canãa – a terra prometida” (2005) de Jarbas Capusso Filho, “Mão na luva” (2001) de Oduvaldo Viana Filho, “Ponto de partida” (1999) de Gianfrancesco Guarnieri, “Madame Blavatsky” (1997) de Plínio Marcos entre outros.
FICHA TÉCNICA:
Texto: Luccas Papp
Direção: Dan Rosseto
Elenco: Luccas Papp e Nana Pequini
Assistente de direção: Zé Bob
Produção: LP produções
Trilha sonora: André Trascoveski
Iluminação e Figurino: Kleber Montanheiro
Cenografia: Dan Rosseto
Produção visual: Luccas Papp
Assistente de Produção: Matheus Papp
Operação de som: Fernando Aguiar
Operação de luz: Matheus Oliveira
Maquiagem: Daniel Morgado
Assessoria de imprensa: Fabio Camara
SERVIÇO:
LOCAL: Viga Espaço Cênico (Rua Capote Valente, 1323 – Sumaré), Sala Piscina, 40 lugares.
DATA: 12/09 até 07/11 (Sábados às 17h)
INFORMAÇÕES: 3801 1843
INGRESSOS: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia)
DURAÇÃO: 70 minutos
CLASSIFICAÇÃO: Livre