Macksen Luiz, O Globo: Mário Bortolotto, fiel à sua dramaturgia e carreira como encenador, está bastante à vontade para transpor ao palco esta narrativa, em tradução de Maurício Arruda Mendonça, com interpretações intensas e imagens brutalizadas. (…) O maior destaque da direção recai sobre o trabalho do coeso e integrado do elenco.
Rafael Teixeira, 4 estrelas Veja Rio: Conhecido pelo universo algo marginal de sua dramaturgia e de suas encenações, o diretor Mário Bortolotto mostra-se bem à vontade na condução desta trama repleta de violência e de figuras meio outsiders. Ressalte-se: há cenas de uma brutalidade atroz, abraçada com gosto pela direção e executada de maneira absolutamente realista, como raras vezes se vê no teatro.
Tania Brandão: De saída, a direção de Mario Bortolotto é primorosa tanto no desenho da cena como na linha das interpretações. (…) Aline Abovsky (Sharla, a madrasta) é dublê de ação, especialista técnica em cenas violentas e uma atriz de intensa expressividade. Alerta e dedicada, ela atravessa sequências brutais com um desempenho técnico de extrema sofisticação, imprime à sua presença fidelidade absoluta (e muito sentida) ao que acontece. O detetive matador bárbaro, Joe Cooper, o Killer Joe do título, impressiona de imediato graças às minúcias de sua partitura atoral. O detetive se impõe desde a sua primeira cena como resultado de um desempenho filigranado, um trabalho realista de tons profundos e sutis (…) O ator Carcarah vence um desafio difícil, domina a cena sem caricatura ou apelação. Cada gesto, cada trejeito, cada entonação das falas, toda expressão do rosto denunciam a grandeza do intérprete.
Gilberto Bartholo: Por ter reunido um elenco corajoso e muito competente, que topou as propostas do diretor, Mario Bortolotto conseguiu montar um espetáculo com um teor de verdade cênica, de um realismo superlativo, cujo saldo, ao final de cada sessão, é um chafariz de adrenalina.