Mangalam significa auspicioso, abençoado, próspero e afortunado. A peça Mangalam, nos Passos do Gurureúne diferentes estilos da dança clássica indiana. Cada um deles vem de uma tradição milenar, passada de mestre a discípulo até os dias de hoje. Essa linhagem de ensinamentos preserva não apenas a dança, mas os vários aspectos da cultura. A peça é apresentada nos dias 31 de julho e 1º de agosto, sexta e sábado, 20h. Na mesma semana, acontece também uma programação especial na nova ocupação de dança da Funarte.
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O espetáculo Mangalam, nos Passos do Guru foi idealizado para acontecer na Guru Purnima, um festival celebrado mundialmente na lua cheia (purnima) do mês Ashadha (entre julho e agosto), de acordo com o calendário hindu. Guru é aquele que dissipa toda a escuridão da ignorância ao trazer a luz do conhecimento. A lua representa a força na mente, e a lua cheia dedicada ao Guru é quando a mente se torna receptiva aos seus ensinamentos.
Outras atividades estão agendadas para o final de semana de festividades de Inquietos. No sábado, das 14h às 18h, tem sambada de cavalo-marinho com a Cia Mundu Rodá. Das 18h às 20h, roda aberta de Tambor de Crioula, com Henrique Menezes e convidados. No domingo, das 10h30 às 12h, oficina aberta ao público de dança percussiva contemporânea, com Bruna Piccazio. Das 12h às 13h30, exibição do documentário Sete Dias em Burkina, café da tarde e bate-papo com o músico Carlinhos Antunes, autor do filme. Das 13h30 às 15h, oficina aberta ao público de danças africanas com Mohamed da Guiné, que vem pela primeira vez ao Brasil. Das 15h às 16h30, jam session de dança, com música ao vivo de Carlinhos Antunes.
Para abranger os moradores e frequentadores dos Campos Elíseos, bairro que entorna a Funarte, há aindacortejos e desfiles. Um deles é apitado pelo Mestre Shacon Viana e pela Mestra Joana Cavalcante, convidados diretamente de Recife, Pernambuco. No domingo, 2/8, das 16h30 às 17h30, haverá cortejo de maracatu de baque virado, com Cia Caracaxá. Das 17h30 às 19h30, apresentação com o grupo Mutrib e Betty Gervitz, com música e dança dos Balcãs.
Sobre Inquietos
De julho a setembro, ocupação de dança da Funarte traz 15 espetáculos e 12 jam sessions, além de oficinas e outras atividades que exploram a relação da música com a dança. A ocupação Inquietos também tem uma veia reflexiva ao promover debates, palestras e mostras que visam discutir a arte produzida na contemporaneidade.
As relações da dança com o som serão exploradas em diversos níveis: com os instrumentos musicais, música executada ao vivo e produção do som no próprio corpo (canto ou percussão corporal). As atividades migram desde o universo erudito até o popular. “Um dos objetivos da ocupação é incentivar a formação de público de todos os níveis socioculturais e valorizar manifestações populares brasileiras, além de instigar a reflexão sobre a influência da dança contemporânea na sociedade”, destaca Bruna Piccazio, diretora e idealizadora do projeto.
Em Inquietos há também um forte interesse estético sobre as manifestações populares brasileiras. “A dança regional não é considerada arte por não ter intencionalidade. No projeto apresentamos grupos que criam obras contemporâneas a partir dessas manifestações, trazendo, então, o assunto da intencionalidade. Mas valorizamos também a manifestação em si, trazendo-as para apresentar no projeto e mostrando como tais expressões, mesmo que criadas com a finalidade ritualística ou como brincadeira, ainda podem ser complexas e de muita beleza.” conta Bruna Piccazio, destacando que, entre os oficineiros e grupos, estão grandes pesquisadores das danças populares, como Letícia Doretto, da Cia Cênica Nau de Ícaros.
Além do olhar estético, Inquietos também se ocupa de questões socioculturais, já que as manifestações populares refletem as questões da identidade brasileira, a cultura e sua reverberação no universo artístico de modo geral. “Neste projeto o som é o objeto de transformação do movimento”, finaliza Bruna.
Ficha Técnica da Ocupação Inquietos
Direção Artística/Curadoria: Bruna Piccazio. Direção de Produção: José Renato F. Almeida. Produção: Larissa Versbick, Sheila Faermann, Victor Amaro, Cassia Sandoval e Gabriela Pas. Direção de Comunicação: Caio Zalc. Criação de Arte Gráfica: Paula Viana. Coordenação Técnica de Som: Glauber Coimbra. Coordenação Técnica de Luz: André Boll - Santa Luz
Ficha Técnica de Mangalam, nos Passos do Guru
Direção e Concepção: Sonia Galvão. Assistente de Direção: Betty Gervitz. Cenário: Fabio Namatame. Figurinos: RadheyShyam, Neeraj, Bhagrathi Das. Fotografia: Fabio Chelini. Filmagem: Ian Bennett. Flores: Bothanica Paulista. Contra regra: Alessandra Vidotti. Produção: Fernando Felipe Shashwat e Sonia Galvão. Interpretes: Sonia Galvão, Bárbara Malavoglia, Cíntia Kawahara, Deborah Rocha, Erika Strauss, Fernando Felipe Shashwat. Bailarina convidada: Irani Cippiciani.
Serviço de Mangalam, nos Passos do Guru
Mangalam, nos Passos do Guru. Dias 31/7 e 1º/8, sexta e sábado, às 20h. Ingressos: R$20 (inteira) e R$ 10 (meia). Endereço: Rua Alameda Nothmann, 1058. Perto do Metrô Santa Cecília. Capacidade: 53 lugares. Classificação Indicativa: Livre. Duração: 55 minutos.
