Em A Casa dos Budas Ditosos, uma comédia afrodisíaca adaptada por Domingos de Oliveira do romance homônimo de João Ubaldo Ribeiro, a atriz Fernanda Torres interpreta uma libertina baiana sexagenária que detalha as incontáveis experiências sexuais que teve ao longo da vida. Depois de elogiadas temporadas pelas principais capitais brasileiras, incluindo uma temporada em Portugal, o espetáculo volta aos palcos em 2015 em curta temporada no Teatro Porto Seguro. São 4 sessões nos dias 21, 22 e 23 de agosto (sexta-feira às 21h, sábado às 18h e 21h e domingo às 19h).
Quando Domingos de Oliveira há cerca de doze anos, leu pela primeira vez a obra de João Ubaldo percebeu imediatamente o valor dramático do texto. Nem todo livro rende uma boa adaptação teatral; A Casa dos Budas Ditosos, porém, é um livro escrito na primeira pessoa, é o depoimento de uma mulher que deseja dizer ao mundo que ousou cumprir sua vocação libertina e foi feliz, não há danação na luxúria. Nasceu teatro porque é oral e é oral porque, segundo o próprio João Ubaldo, nas primeiras páginas do livro: “é impossível falar sobre sexo na terceira pessoa”.
Para viver a personagem, Domingos pensou que "precisava de alguém que soubesse transitar por todas as idades, pelas diversas fases da personagem”.Ao diretor, pareceu que uma atriz que estivesse “entre os trinta e cinco e os quarenta e poucos, a melhor idade na vida de qualquer mulher”. Segundo a baiana do livro, seria o ideal para criar essa diversidade.
Esse artifício, simples e não realista, de ter uma atriz de meia-idade, vivendo uma mulher de idade que se lembra de todas as suas idades, acabou por acentuar o discurso libertário da baiana de João Ubaldo. Quem prega, confessa, ri é a mulher no seu ideal é uma imagem projetada e viva. Essa ilusão contribui para que a viagem sexo-sensorial, proposta por João Ubaldo, aconteça plenamente no teatro. É impossível ficar indiferente à seleção de homens e mulheres que a baiana evoca, como também é impossível, ao evocá-los, deixar de passar em revista o seu próprio memorial afetivo. Esse efeito colateral, talvez, seja a grande experiência sensorial do espetáculo.
“A narrativa de João Ubaldo Ribeiro contém nítida importância filosófica, disfarçada em folhetins de peripécias sexuais. O personagem sem nome que Ubaldo criou é sem dúvida uma deusa. Ela possui uma liberdade divina almejada na imaginação por todos nós e, na prática, inalcançável por qualquer um de nós”, diz Domingos.
Fernanda Torres encontrou nesse convite o projeto ideal para experimentar a possibilidade de se fazer teatro apenas com um ator, um texto e um microfone. Era uma vontade antiga que a atriz alimentava desde que assistiu pela primeira vez a Spalding Gray. A contundência do discurso sexual da baiana e a qualidade do texto de João Ubaldo deram segurança aos dois, Domingos e Fernanda, de optar pela limpeza absoluta, de confiar na máxima de que quanto menos, mais. Arriscaram deixar a personagem sentada, acompanhada apenas de alguns objetos, entre os quais, o maravilhoso livro Nossa Vida Sexual, de Fritz Khan, da Biblioteca do Avô da personagem, (que tivemos a alegria de encontrar num sebo de São Paulo) e os dois Budas Ditosos, estatuazinha em miniatura de dois budinhas praticando o sexo, “essas coisas milenares, de Chinês”.
Ficha Técnica
Texto de João Ubaldo Ribeiro
Com Fernanda Torres
Direção – Domingos de Oliveira
Dramaturgia - Domingos de Oliveira e Fernanda Torres
Direção de arte – Daniela Thomas
Figurino – Cristina Camargo
Light designer - Wagner Pinto
Operador de som / luz – Giuliano Caratori
Trilha sonora – Jonas Rocha e Domingos de Oliveira
Criação maquiagem – Marcos Padilha
Assistente de direção – Lincoln Vargas
Divulgação
Assessoria de Imprensa – RPM Comunição
Projeto Gráfico – Adriana Marinho
Fotografia – Luciana Prezia
Produção
Co-Produção – Bonarcado Produções Artísticas
Realização – Trígonos Produções Culturais
Assistente Camarim – Izabel Araújo
Assistente de Produção – Elinete Barcellos
Produtor Executivo – Ricardo Rodrigues
Direção de produção – Carmen Mello
TEATRO PORTO SEGURO - Alameda Barão de Piracicaba, 740. Campos Elíseos
Vendas: www.ingressorapido.com.br
Acessibilidade
Temporada: De 21 a 23 de agosto
Horários: Sexta-feira às 21h, sábado às 18h e 21h e domingo às 19h
Duração: 80 minutos
Classificação etária: 18 anos
Gênero: Comédia
Capacidade: 484 lugares
Bilheteria:
Horário de funcionamento:
Terça a sábado, das 13h às 21h e domingos, das 12h às 19h
Telefone: (11) 3226-7310
Aceita cartões: Débito: Visa Eléctron/ Redeshop /
Crédito: Amex/Visa/Mastercard/Dinners/Hipercard | Não aceita pagamento em cheque / Vale Cultura
Ingressos:
R$100,00 (Cem reais) plateia inteira / R$ 50,00 (Cinquenta reais) plateia meia entrada
R$ 70,00 (Sessenta reais) balcão/frisa inteira / R$ 35,00 (Trinta e cinco reais) balcão/frisa meia entrada
Clientes Porto Seguro têm desconto de 50% no valor do ingresso inteiro na bilheteria do teatro e na compra on-line pelo Ingresso Rápido, tanto em pontos de venda de ingressos espalhados pela cidade quanto pelo site www.ingressorapido.com.br, além de um guichê de atendimento exclusivo na bilheteria. O desconto é limitado a 1 acompanhante por sessão.
Estacionamento: Estapar - Horário comercial para compra de ingressos a 1ª hora e meia é isenta. De segunda-feira a sexta-feira a partir das 17h30 o valor é fechado R$20,00. Todos os clientes Porto Seguro tem desconto de 50%.
Serviço de Vans:
TRANSPORTE GRATUITO ESTAÇÃO LUZ – TEATRO PORTO SEGURO – ESTAÇÃO LUZ - O Teatro Porto Seguro oferece vans gratuitas da Estação Luz até as dependências do Teatro.
COMO PEGAR:
Na Estação Luz, na saída Praça da Luz/Rua José Paulino, vans personalizadas passam em frente ao local indicado para pegar os espectadores. Para mais informações, contate a equipe do Teatro Porto Seguro.
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