Colunistas - Heródoto Barbeiro

Parece, mas não é! Ele quer matar o presidente

19 de Dezembro de 2025

 

Foto: VITOR DE MASI/SHUTTERSTOCK

Atentado contra chefe de estado Estado não é nenhuma novidade na história. A premeira Primeira guerra Guerra mundial Mundial começa com o assassinato do herdeiro do império Império austroÁustro-hungarohúngaro, em Sarajevo, na Bósnia, em 1914. O czar russo, depois de várias tentativas, também foi vítima de um atentado. Alexandre Ulianov foi enforcado no final do século 19 em uma tentativa fracassada de matar o czar Alexandre III. Não pediu perdão imperial e morreu pela causa da queda da monarquia. O fato influenciou nitidamente o irmão dele, Vladimir Ilitch Ulianov, conhecido pelo nome revolucionário de Lênin. A ele se atribui o assassinato do csar czar Nicolau II e toda a sua família. Inclusive as crianças.

Matar presidente não é comum no Brasil. Quem chega mais perto disto disso é um soldado do exército Exército que atira contra o presidente Prudente de Morais no arsenal da marinhaMarinha, no Rio de Janeiro. Ele erra e mata o ministro Ministro da guerraGuerra. Os chefes de estado Estado brasileiros nunca estiveram preocupados com atentados contra a sua vida. Sua segurança era é frágil e a capital federal bem policiada por forças civis e militares. É comum ver o presidente em eventos públicos com quase nenhuma segurança. Não há movimento terrorista catalogado nos órgãos de segurança e mesmo os jornalistas não imaginam o que uma pessoa poderia fazer para matar o presidente. Talvez um golpe de estado Estado com o apoio das forças Forças armadas Armadas?

O objetivo é atingir o Palácio do Planalto e matar o presidente da Rrepública. Com isso, diz o autor do atentado, é a única forma de mudar a situação do Brasil, principalmente combater o  desemprego. O voo do Boeing da Vasp sai de Porto Velho e tem como destino o Rio de Janeiro. Uma das escalas é na capital federal. Um dos passageiros, um tratorista desempregado, acaba com a tranquilidade do vôovoo. Armado de um revólver calibre 32, Raimundo da Conceição, anuncia que estava sequestrando o avião para atirá-lo contra o Palácio Presidencial e matar o presidente Josè José Sarney, maranhense como ele. Invade a cabine de comando do avião e inicia o sequestro que se parece a um filme de Hollywood. Atirou e feriu dois comissários e com isso entrou no cockpit e matou o copiloto com um tiro na nuca. O comandante Lima e Silva conseguiu demovê-lo do choque, alegando falta de visibilidade e que não tinha mais combustível. Ele consegue convencer Raimundo que lá em Goiás poderá pegar outro avião. No aeroporto de Goiânia mantém o comandante como refém até ser baleado pela Polícia Federal. Logo depois morre no hospital. É o auge do sequestro em 29 de setembro de 1988.

*Prof. Heródoto Barbeiro âncora do Jornal Nova Brasil, colunista do R7, apresentou o Roda Viva na TV Cultura, Jornal da CBN e Podcast NEH. Tem livros nas áreas de Jornalismo, História. Midia Training e Budismo. Grande prêmio Ayrton Senna, Líbero Badaró, Unesco, APCA, Comunique-se. Mestre em História pela USP e inscrito na OAB. Palestras e mídia training. Canal no Youtube “Por Dentro da Máquina”, www.herodoto.com.br

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