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| Dr. Alesson Marinho Miranda |
| Foto: Divulgação |
Durante muitos anos, o tratamento da dor esteve associado quase exclusivamente ao uso de medicamentos. Hoje, essa visão vem sendo transformada por evidências científicas que mostram a importância do estilo de vida no controle da dor, especialmente nos quadros crônicos. Para o Dr. Alesson Marinho Miranda, anestesiologista e especialista em medicina da dor, a alimentação adequada e o exercício físico regular são pilares tão importantes quanto qualquer intervenção médica.
“A dor crônica não acontece isoladamente em um órgão. Ela envolve inflamação sistêmica, metabolismo, sistema nervoso e comportamento”, explica o Dr. Alesson. Segundo ele, ignorar fatores como nutrição e sedentarismo compromete qualquer plano terapêutico, por mais avançado que ele seja.
Formado em anestesiologia pela Santa Casa de São Paulo e residência médica em medicina da dor pela UNIFESP, o médico é reconhecido pela atuação clínica, produção científica e presença constante em eventos internacionais. Com observership nos Estados Unidos pela Texas Tech University e fellowship latino-americano em neuromodulação, tornou-se referência em procedimentos intervencionistas baseados em evidências. Atualmente, é chefe da anestesiologia de hospital em Natal-RN, além de CEO da clínica que leva seu nome, especializada no tratamento da dor.
No consultório, um dos primeiros pontos abordados é a alimentação e hábitos. “O que o paciente come e faz pode intensificar ou reduzir a inflamação do corpo. Açúcar refinado, ultraprocessados, álcool e tabagismo são fatores que frequentemente pioram a dor”, afirma. Em contrapartida, dietas ricas em frutas vermelhas, vegetais verde-escuros, peixes com ômega-3, consumo adequado de água e especiarias como a cúrcuma ajudam a modular os processos inflamatórios.
Além do controle da inflamação, a nutrição adequada contribui para o fortalecimento estrutural. Vitaminas como D, C, E, B6 e B12 desempenham papel importante na saúde muscular, óssea e neurológica. “Sem os nutrientes corretos, o corpo não consegue se recuperar adequadamente, nem responder bem aos tratamentos”, ressalta o especialista.
Outro fator decisivo no manejo da dor é o exercício físico. Mesmo quando a dor está localizada, o movimento produz um efeito analgésico global. “O exercício regular ativa mecanismos naturais de controle da dor e melhora a função do sistema nervoso”, explica o Dr. Alesson. Ele destaca que a inatividade leva à atrofia muscular, perda de densidade óssea e maior sensibilidade dolorosa.
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| Foto: Divulgação |
Estudos recentes mostram ainda que o exercício físico tem ação anti-inflamatória em nível celular. “O movimento consegue reprogramar células do sistema imunológico envolvidas na persistência da dor. Isso é ciência, não opinião”, reforça. Para ele, a prática deve ser orientada e individualizada, respeitando as limitações de cada paciente.
“O tratamento moderno da dor exige uma visão ampla. Quando combinamos alimentação anti-inflamatória, exercício físico supervisionado e terapias médicas adequadas, criamos um ambiente corporal favorável para o controle da dor e para a recuperação da qualidade de vida”, conclui o Dr. Alesson Marinho Miranda.