Cultura - Teatro

Em comemoração ao centenário de Lupicínio Rodrigues, VINGANÇA O musical

8 de Maio de 2014

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Lupicínio Rodrigues era um paisagista dos sentimentos. Seu universo era feito da noite, de paixões impossíveis, da boemia alegre e dos desencontros amorosos – e os personagens mais assíduos de suas canções eram “os homens infiéis e as mulheres más”. Lupicínio Rodrigues foi o inventor da expressão “dor-de-cotovelo”. Foi numa de suas crônicas no jornal Ultima Hora que a expressão surgiu pela primeira vez, usada para descrever a dor da solidão, provocada pelo tempo em que o sujeito solitário passava com o queixo apoiado sobre o cotovelo no balcão do bar.

Fã confessa da obra e escritos de Lupicínio, a atriz, cantora - e agora dramaturga - Anna Toledo mergulhou nesse mundo, idealizou e criou VINGANÇA, o musical que recria, através da música, do drama, da ironia e do sarcasmo, o universo de paixões descrito em Vingança, Volta, Esses moços, Maria Rosa, Nunca, Cadeira vazia, Ela disse-me assim, Foi assim, Nervos de aço, Quem há de dizer, Felicidade, Se acaso você chegasse, clássicos do cancioneiro brasileiro e paisagens riquíssimas da alma humana.

Na montagem, o diretor André Dias recria a atmosfera do Sul do Brasil dos anos 50, reforçada nos figurinos de Fábio Namatame.

Vingança narra a história de três triângulos amorosos, tendo como pano de fundo a efervescência passional do "samba-canção". A música, a boemia e a paixão são o fio condutor de uma trama onde os papéis de traído e traidor alternam-se numa intrincada ironia do destino.

No vértice dos triângulos está a dançarina Maria Rosa (Amanda Acosta), uma mulher envolvente e sedutora. Ela vive sob a proteção de Alves (Leandro Luna), um perigoso contraventor, homem possessivo e violento.

Maria Rosa trabalha como dançarina no cabaré de Orlando (Sérgio Rufino), e é lá que conhece Liduíno (Jonathas Joba), um respeitável homem de família e boêmio notório, com quem inicia um tórrido caso de amor. Liduíno é casado com Luzita (Anna Toledo), mulher vitimizada e reprimida, que carrega a amargura da traição. Luzita tem segredos no seu passado e aos poucos descobre que a paixão que Orlando, o melhor amigo de seu marido, nutre por ela pode ser usada a seu favor.

Mas ainda há mais um vértice neste polígono amoroso: Linda (Andrea Marquee), uma mulher humilde, mas ambiciosa, que trabalha de dia na casa de Luzita e Liduíno, como empregada doméstica, e à noite como cantora no cabaré de Orlando. Linda é apaixonada por Alves, seu antigo amante, e fará de tudo para afastá-lo da fatal Maria Rosa, sem medir as conseqüências de seus atos.

As canções de Lupicínio são executadas ao vivo, em novos arranjos criados por Guilherme Terra especialmente para o espetáculo, na formação instrumental de piano, violão e percussão e arranjos vocais para o elenco.

O gênero musical que consagrou Lupicínio Rodrigues foi, sem dúvida, o samba-canção – gênero disseminado a partir do final dos anos 30, popularizado pela rádio, por seu caráter romântico, que carrega influências de outros ritmos latinos, como o bolero. Nenhum outro autor brasileiro compôs tantos sucessos dentro deste estilo – o ritmo dançante, as melodias carregadas de drama e as letras altamente inflamáveis de canções como Ela Disse-Me Assim, Volta e Vingança, marcaram os anos 40 e 50. Ainda assim, o compositor gaúcho também escreveu sambas, marchinhas de carnaval, valsas, xotes (e o Hino do Grêmio Futebol Clube, para o qual torcia). A produção musical de Lupicínio Rodrigues é prolífica, representativa de uma época (pré-Bossa Nova) incrivelmente fértil e com uma identidade dramática acentuada.

A música Vingança foi o maior sucesso comercial de Lupicínio Rodrigues. Composta por Lupicínio como um desabafo diante da traição de Mercedes, uma de suas muitas namoradas, a música foi gravada por Linda Batista em 1951 e fez sucesso até no Japão. Com o dinheiro que ganhou naquele ano, Lupicínio comprou um carro e batizou-o de “Vingança”.

“Toda vez que uma mulher me trai, eu ganho dinheiro”, costumava dizer Lupicínio Rodrigues, afirmando que só escrevia sobre experiências vividas por ele ou por seus amigos. “As mulheres boazinhas nunca me deram dinheiro, só as que me traíram”.

Apesar de tantas aventuras amorosas narradas em suas canções – supostamente autobiográficas – Lupicínio Rodrigues era pai de família e marido dedicado de Dona Cerenita, com quem viveu até o ano de sua morte, 1974. Para ela, Lupicínio compôs a canção Exemplo, sucesso na voz do cantor Jamelão, que diz: “é melhor brigar juntos do que chorar separados”.

Sinopse para roteiro

A ação se passa nos anos 50, no Sul do Brasil, e tem como pano de fundo a vida boêmia de um cabaré. O enredo narra a história de três triângulos amorosos, onde um boêmio de vida dupla, quer manter a esposa e as amantes, mas nada sai como o planejado quando ele se envolve com uma mulher fatal.

VINGANÇA

Teatro Sergio Cardoso

Sala Paschoal Carlos Magno

Rua Rui Barbosa, 153. Bela Vista

Bilheteria: 3288.0136

 De segunda a sábado, das 14h às 17h, para vendas antecipadas. De segunda a domingo, das 14h até o início do espetáculo. Aceita todos os cartões.
Vendas:  www.ingressorapido.com e 4003.1212

Sextas e Sábados às 19h | Domingos às 20h

Ingressos: Sextas R$ 30 | Sábados R$ 50 | Domingos R$ 40

Duração: 100 minutos (com 10 minutos de intervalo)

Recomendação: 16 anos

Gênero: musical

Curta Temporada: de 09 de maio a 29 de junho

Ficha Técnica:

Canções de Lupicínio Rodrigues (1914 - 1974)

Idealização e texto de Anna Toledo

Direção Musical e Arranjos Guilherme Terra

Direção Geral André Dias

 

Elenco

Amanda Acosta – Maria Rosa

Andrea Marquee - Linda

Anna Toledo – Luzita

Jonathas Joba - Liduíno

Leandro Luna - Alves

Sérgio Rufino – Orlando

Guilherme Terra – Seu Maestro

 

Músicos em cena: Guilherme Terra (Piano), Jeferson de Lima (Violão) e Ricardo Berti(Percussão)

 

Direção de Movimento Kátia Barros

Coreografias Kátia Barros e Keila Fuke

Preparação Corporal Keila Fuke

Cenário e Figurino Fábio Namatame

Designer de Som Fernando Fortes

Iluminação Wagner Freire

Assistente de Direção Carla Masumoto

Assessoria de Imprensa Daniela Bustos e Beth Gallo - Morente Forte Comunicações

Programação Visual Cassiano Pires

Fotos João Caldas

 

Camareira Alessandra Dornellas e Verônica Moraes

Contrarregra Celso Dornellas

Operador de Luz Rafael Soares

Microfonista Janice Rodrigues

Assessoria Contábil Marina Morente

Administração e Assistente de Produção Jady Forte

Assistente de Produção Celso Dornellas e Thaís Peres

Produção Executiva Egberto Simões

Produtoras Selma Morente e Célia Forte

Realização CCBB SP e Morente Forte Produções Teatrais

 

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