Médica especialista em Dermatologia Flávia Villela explica como mudanças na pele podem ajudar no diagnóstico precoce do câncer de mama
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Foto: Divulgação |
Outubro chega com um importante lembrete: o cuidado com a saúde da mulher é diário, mas neste mês, o foco está nas mamas. E a pele pode ser uma das primeiras a dar o alerta. Em tempos em que o câncer de mama segue como uma das maiores causas de morte entre mulheres, identificar sinais precoces é essencial para um tratamento eficaz.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres brasileiras, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Em 2025, até o final do ano, estima-se que o Brasil registre cerca de 73.610 novos casos da doença, com uma taxa de 66,54 casos para cada 100 mil mulheres. “É importante que as mulheres conheçam o próprio corpo e observem as mamas com regularidade. Algumas alterações sutis na pele podem ser o primeiro indício de que algo não vai bem”, explica a médica especialista em Dermatologia, Flávia Villela.
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Medica especializada em Dermatologia Flávia Villela | Foto: Divulgação |
Quais sinais na pele podem indicar câncer de mama?
Flávia Villela chama atenção para alterações que podem surgir na pele da mama e que merecem avaliação médica, especialmente se forem persistentes ou acompanhadas de outros sintomas. Entre elas:
Além disso, a região mamária também pode apresentar lesões relacionadas a tipos de câncer de pele, como melanoma ou carcinomas, o que reforça a importância de uma avaliação dermatológica cuidadosa. “O combate ao câncer de mama vai além dos exames. A adoção de hábitos saudáveis tem impacto direto na prevenção da doença”, reforça a médica.
Dicas importantes para a prevenção:
Alimente-se com mais consciência
Inclua frutas, vegetais, leguminosas e grãos integrais na rotina. Reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados, embutidos e bebidas açucaradas ajuda a manter o equilíbrio hormonal e o bom funcionamento do organismo.
Mantenha o corpo em movimento
Atividades físicas regulares auxiliam no controle do peso e reduzem a produção de substâncias inflamatórias.
Gerencie o estresse
O estresse crônico pode comprometer a imunidade. Técnicas de respiração, pausas na rotina e momentos de lazer contribuem para a saúde mental e física.
Exames de rotina
A mamografia é recomendada especialmente para mulheres entre 50 e 69 anos, mas deve ser discutida com o médico conforme o histórico familiar e individual. O acompanhamento regular com um médico é essencial.
“Além de olhar para a doença, é preciso cuidar da pele como um todo. Ela é a nossa barreira protetora e precisa estar fortalecida, especialmente durante fases mais sensíveis. Hidratação adequada, proteção solar e acompanhamento dermatológico ajudam a minimizar os efeitos adversos”, orienta Flávia Villela.
Neste Outubro Rosa, o convite é para que mulheres escutem seu corpo, observem sua pele e adotem uma rotina de autocuidado e prevenção. O diagnóstico precoce ainda é a principal chave para o sucesso no tratamento e ele pode começar por um sinal sutil, visível na pele.