Débora Olindina, médica veterinária com foco em nutrição preventiva, explica como a dieta pode transformar a qualidade de vida de cães e gatos
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| Foto: Divulgação |
Durante muito tempo, falar sobre alimentação de pets se resumia a escolher entre um tipo de ração ou outro. Era prático, padronizado e, para muitos, o suficiente. Mas, com o passar dos anos, tutores começaram a prestar mais atenção no que serviam no pote do animal. Afinal, se a alimentação é parte essencial da nossa saúde, por que seria diferente com cães e gatos?
“Muitos problemas que vejo no consultório, como alergias recorrentes, obesidade, distúrbios gastrointestinais e até alterações comportamentais, têm relação direta com a alimentação”, afirma a médica veterinária Débora Olindina Macedo Lopes, fundadora da PetLândia, em Fortaleza. Especialista em nutrição animal e com foco em pequenos animais, ela acompanha de perto os impactos da alimentação natural na rotina dos pacientes.
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Diferente do que se pensa, adotar esse tipo de dieta não é simplesmente oferecer comida caseira. “É uma dieta individualizada, pensada por um profissional, com ingredientes frescos, proporções adequadas e suplementação quando necessário. A diferença é perceptível não só nos exames clínicos, mas no dia a dia do animal. Disposição, apetite, qualidade da pele, pelagem e até comportamento melhoram”, explica.
Débora viveu isso de perto. A decisão de aprofundar os estudos em nutrição veio depois da transformação que presenciou em casa, com sua cadela idosa. “Ela voltou a brincar, a ter mais autonomia e conforto. Foi o que me motivou a mergulhar de vez no estudo da nutrição veterinária. A comida certa pode ser remédio e pode, muitas vezes, evitar que a doença apareça.”
Apesar dos benefícios, ela faz um alerta importante. “Não basta oferecer frango com arroz ou legumes cozidos sem critério. Isso pode levar a deficiências graves. A formulação deve ser feita por um profissional nutricionista ou nutrólogo veterinário que conheça as necessidades nutricionais específicas de cada espécie, porte, idade e condição de saúde.”
Além dos efeitos físicos, a alimentação natural também aprofunda o vínculo entre tutor e pet. Muitos relatam que o simples ato de preparar a refeição, de forma consciente, fortalece a conexão com o animal. “É um cuidado que vai além do prato”, diz Débora.
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Ela destaca que seu papel não é convencer ninguém, mas oferecer informação confiável. “Cada tutor tem seu tempo e suas possibilidades. Meu trabalho é ajudar na tomada de decisões conscientes. E, quando bem orientada, a alimentação natural pode ser um divisor de águas na saúde do animal.”
Para saber mais sobre nutrição preventiva, dúvidas alimentares e cuidados com seu pet, acompanhe a Dra. Débora no Instagram: @debora_nutrivet.
