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Dr. Mateus Tomaz revela o motivo de o nervo ciático causar tanta dor em algumas pessoas

4 de Julho de 2025

Neurocirurgião aponta ainda quais são os principais sintomas de inflamação do maior nervo do corpo humano.

Dr. Mateus Tomaz, neurocirurgião | Foto: Divulgação

O nervo ciático é o maior nervo do corpo humano e controla os movimentos dos membros inferiores. Tal nervo se origina na região lombar da coluna e percorre toda a perna até o pé, sendo formado por várias raízes nervosas que saem da medula espinhal.

Por atravessar essas áreas suscetíveis a compressões — como a região lombar e a pelve — ele pode ser afetado por diferentes condições, como hérnias de disco, estenoses (estreitamentos do canal vertebral ou dos forames por onde passam os nervos), processos inflamatórios e até tumores.

Conforme dados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social, a dor ciática está entre as principais causas de afastamentos temporários e até permanentes do trabalho no Brasil.

Quando comprimido ou inflamado, o nervo ciático provoca uma dor intensa, que pode irradiar por todo o trajeto da perna, gerando grande desconforto.”, explica o neurocirurgião Dr. Mateus Tomaz, especialista com vasta experiência em cirurgia minimamente invasiva da coluna, especialmente por meio da Cirurgia Endoscópica, técnica que garante rápida recuperação e menor agressão ao corpo.

Devido a isso, é preciso ficar atento aos sintomas mais comuns da inflamação ou compreensão do nervo ciático. Eles começam com dor na região lombar, irradiando para os glúteos, para a parte de trás da coxa, da perna e, em alguns casos, chegando até o pé. Essa dor pode ser acompanhada de formigamento, queimação, perda de força muscular e alterações de sensibilidade. A intensidade e o trajeto da dor variam conforme a raiz nervosa afetada. “Em casos mais severos, o paciente pode apresentar dificuldade para caminhar ou realizar atividades simples do dia a dia.”, afirma o neurocirurgião, membro titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia e mestre em Ciências da Saúde, com pesquisa voltada à validação de escalas funcionais aplicadas à neurocirurgia.

Vale lembrar que a hérnia de disco é uma das causas mais frequentes da dor ciática. Ela ocorre quando o disco intervertebral — que funciona como um amortecedor entre as vértebras — se desloca e comprime uma raiz do nervo ciático. No entanto, outras causas também são comuns, como o desgaste ósseo (bicos de papagaio), a estenose do canal vertebral (estreitamento que comprime os nervos) e até doenças mais raras, como tumores ou infecções. Ou seja, qualquer processo que provoque compressão ou irritação do nervo pode desencadear a dor ciática.

O Dr. Mateus Tomaz aponta quando o procedimento cirúrgico é aconselhado: “A cirurgia só é indicada em casos específicos, especialmente quando há sinais de comprometimento neurológico progressivo — como perda de força, alteração de sensibilidade, dificuldade de controlar a urina ou a presença de dor incapacitante que não melhora com o tratamento clínico.”

A boa notícia é que, na maioria dos casos, o tratamento conservador é eficaz. Ou seja, evita-se a cirurgia. Ele inclui fisioterapia, fortalecimento muscular (especialmente do core), correção postural, prática regular de atividade física e controle do peso corporal. Esses cuidados ajudam a reduzir a inflamação, aliviar a dor e prevenir novas crises.

É possível prevenir as crises de dor ciática. Porém, envolve um conjunto de bons hábitos que protegem a coluna e evitam a sobrecarga sobre o nervo. “Manter o peso corporal adequado, praticar atividades físicas regularmente — especialmente exercícios que fortalecem a musculatura do abdômen e das costas —, adotar uma postura correta ao sentar-se e ao levantar peso, e evitar o sedentarismo são atitudes fundamentais. Cuidar da saúde da coluna é o melhor caminho para evitar crises de dor ciática e preservar a qualidade de vida.”, finaliza o Dr. Mateus Tomaz, profissional com compromisso em aliar ciência, técnica e cuidado humanizado para devolver qualidade de vida aos pacientes.

Contatos: @dr.mateustomazneuro

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