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Neurologista tira dúvidas sobre os tipos de meningite

4 de Julho de 2025

Dra. Juliana Dias fala sobre os sintomas e prevenções da doença.

Dra. Juliana Dias, neurologista | Foto: Divulgação

A meningite é uma inflamação das meninges — membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal — e pode ser causada por vírus, bactérias ou fungos. Segundo a neurologista Dra. Juliana Dias, os sintomas variam conforme o agente causador, mas geralmente incluem febre alta, dor de cabeça intensa, rigidez na nuca, náuseas, vômitos, sensibilidade à luz (fotofobia), além de confusão mental ou convulsões em casos mais graves.

A meningite viral é a forma mais comum e geralmente menos grave, enquanto a bacteriana pode evoluir rapidamente e exige tratamento imediato. A forma fúngica, mais rara, costuma afetar pessoas com imunidade comprometida. O desafio, explica a médica, é diferenciar os sintomas iniciais de uma gripe comum.

A rigidez na nuca, a fotofobia e a rápida piora do quadro clínico são sinais de alerta importantes. Enquanto uma gripe melhora com o tempo, a meningite tende a evoluir rapidamente para quadros graves”, afirma. Em crianças e bebês, o choro persistente, moleza e fontanela abaulada (moleira estufada) são indícios preocupantes.

A transmissão da meningite, especialmente da forma bacteriana, ocorre por gotículas de saliva, tosse, espirros ou compartilhamento de objetos pessoais. Ambientes com aglomerações, como creches e escolas, aumentam o risco. Crianças pequenas, adolescentes e pessoas imunossuprimidas estão entre os grupos mais vulneráveis. “Por isso, a vacinação é fundamental”, reforça a neurologista.

O tratamento depende do tipo da doença. Casos virais geralmente evoluem bem com cuidados de suporte, mas os casos bacterianos demandam antibióticos intravenosos, podendo exigir internação em UTI e suporte intensivo. “O tempo entre os primeiros sintomas e o início do tratamento pode definir se o paciente se recuperará sem sequelas”, alerta.

A boa notícia é que a meningite pode ser prevenida. O SUS oferece vacinas eficazes contra os principais agentes causadores, como a pentavalente, meningocócica C, meningocócica ACWY, pneumocócica e BCG. Além disso, é importante manter ambientes ventilados e evitar o compartilhamento de itens pessoais.

 Dra. Juliana Dias é neurologista formada pela Santa Casa de São Paulo, com pós-graduações em Neurologia Vascular, Neuroinfecção, Neurosonologia, Neuropsiquiatria e Cefaleias. Membro da Academia Brasileira de Neurologia, é reconhecida pelo cuidado integral e humanizado com foco em saúde cerebral e mental. Atende presencialmente e por telemedicina, sempre priorizando o acolhimento e a qualidade de vida de seus pacientes. Mais informações: @dra.julianadiasneuro

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