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Por que a mulher tem mais chance de desenvolver queda capilar que o homem?

8 de Abril de 2025

Dr. Iago Carega, especialista em transplante capilar da Clínica Vitta Capelli, explica os motivos e dá dicas para evitar a perda de cabelos

Apesar da calvície e realização de transplantes ser uma condição mais comum entre os homens, a queda capilar vem se tornando cada vez mais uma preocupação crescente entre as mulheres, impactando não apenas a estética, mas também a autoestima. Mas por que as mulheres têm mais propensão a sofrer com a perda de cabelos em comparação aos homens? O Dr. Iago Carega, especialista em transplante capilar da Clínica Vitta Capelli, esclarece as principais causas e traz recomendações para minimizar a queda dos fios.

"A queda capilar feminina pode ter diversas origens, desde fatores hormonais até hábitos diários. Entre as principais causas estão alterações hormonais, como gravidez, menopausa e distúrbios hormonais, o estresse e ansiedade, que elevam o nível de cortisol e aceleram a queda dos fios,  deficiências nutricionais, como a falta de ferro, zinco e vitaminas do complexo B, o uso excessivo de químicas e calor, incluindo alisamentos, colorações e aparelhos térmicos e, por fim, fatores genéticos, já que a alopecia androgenética também afeta mulheres, embora de forma diferente dos homens", explica o Dr. Iago Carega.

Além das causas, é importante entender os principais tipos de queda capilar que acometem o público feminino:

  • Alopecia androgenética (calvície feminina): é a forma hereditária da queda de cabelo. Nas mulheres, costuma se manifestar com o afinamento progressivo dos fios, principalmente no topo da cabeça, sem formação de entradas como nos homens.
  • Alopecia areata: mais comum em mulheres, é uma condição autoimune em que o sistema imunológico ataca os folículos capilares, provocando falhas arredondadas no couro cabeludo e, em alguns casos, perda total dos fios.
  • Alopecia por tração: causada por penteados que puxam os fios com muita força, como rabos de cavalo apertados, tranças e extensões. O uso contínuo pode danificar os folículos e levar à perda permanente dos cabelos.
  • Alopecia cicatricial: ocorre quando há inflamação nos folículos que leva à formação de cicatrizes, impedindo o crescimento de novos fios. Pode estar associada a doenças dermatológicas ou infecções no couro cabeludo.
  • Alopecia fibrosante: uma variante da alopecia cicatricial, mais comum em mulheres na pós-menopausa, que provoca a retração da linha capilar frontal e a perda definitiva dos fios, sendo muitas vezes confundida com o envelhecimento natural.

O especialista responde abaixo algumas das principais dúvidas sobre a queda de cabelos em mulheres.

A queda capilar feminina é igual à masculina?

Não. Enquanto os homens costumam apresentar entradas e rarefação no topo da cabeça, a queda capilar feminina se manifesta de maneira difusa, com afinamento dos fios e diminuição do volume capilar de forma mais espalhada.

Como diferenciar a queda capilar natural de um problema mais grave?

Perder entre 50 e 100 fios de cabelo por dia é considerado normal. No entanto, se a queda for intensa e persistente, é essencial buscar um especialista para avaliar o caso e indicar o melhor tratamento.

O que pode ser feito para prevenir a queda de cabelo?

  • Manter uma alimentação equilibrada e rica em ferro, proteínas e vitaminas.
  • Evitar tração excessiva nos fios, como rabos de cavalo apertados.
  • Usar produtos adequados para o couro cabeludo e evitar químicas agressivas em excesso.
  • Gerenciar o estresse com atividades relaxantes e exercícios físicos.
  • Consultar um especialista regularmente para monitorar a saúde capilar.

Quando buscar um tratamento especializado?

Se a queda capilar estiver impactando o volume dos fios e a autoestima, o ideal é procurar um especialista para um diagnóstico detalhado. Tratamentos como terapias capilares, suplementação e até transplante capilar podem ser indicados dependendo do caso.

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