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”Agronegócio é violência e crime ambiental, a luta das mulheres é contra o Capital!”

13 de Março de 2025

Jornada das Mulheres Sem Terra levanta coro contra as violências causadas pelos capitalistas, expressas pelo agro-hidro-mínero-negócio

As Mulheres Sem Terra realizam sua Jornada Nacional de Lutas de 2025, entre os dias 11 a 14 de março, em mobilização que emana do marco do Dia Internacional da Mulher, trazendo as bandeiras de lutas dos povos do Campo, das Águas e das Florestas, entoando o lema: ”Agronegócio é violência e crime ambiental, a luta das mulheres é contra o Capital!”

Ao longo dos dias em Jornada, as Mulheres Sem Terra de todas as regiões do país estarão reunidas em encontros, mutirões de plantios, formações, marchas e protestos, denunciando as violências que o agronegócio perpetua - expressas na expropriação de corpos e territórios, no envenenamento dos povos e da terra, na mercantilização  dos alimentos e da natureza, secando rios, ceifando vidas, produzindo fome, desigualdades e aprofundando a crise ambiental.

Abrindo o calendário anual de lutas do MST, com a Jornada do 8M, colorida pelos lenços de chita, simbolizando a ousadia, a rebeldia e a combatividade das mulheres Sem Terra; a Jornada representa um enfrentamento coletivo contra os mandos e desmandos do agro-hidro-mínero-negócio, exigindo que esse modelo seja responsabilizado por seus crimes contra a humanidade e contra o meio ambiente.

A Jornada empunhada pelas Sem Terra também anuncia a Reforma Agrária Popular enquanto alternativa, um caminho necessário para vencer as mazelas provocadas pelo capitalismo: a crise climática, a fome e as violências no campo e na cidade. Acreditando que através da democratização do acesso à terra e fomento à produção de alimentos saudáveis será possível banir as desigualdades sociais mais estruturantes do Brasil.

“A Reforma Agrária Popular que defendemos não é apenas um processo produtivo e ambiental, é uma ruptura com todos os elos de dominação e uma práxis permanente rumo à emancipação humana e social — de superação da propriedade privada, da divisão sexual, racial e social do trabalho, das violências e, portanto, livre de todas as formas de dominação por gênero, raça, etnia, orientação sexual, geracional e tantas outras formas que flagelam o ser humano.” - declaram as Mulheres Sem Terra em manifesto, reafirmando o 8 de Março como um marco potencializador da capacidade de organização, resistência e compromisso com a revolução.

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