Business -

A importância dos Indicadores-chave de desempenho para o diagnóstico de falhas na busca do sucesso

30 de Dezembro de 2024

A concorrência e as constantes mudanças dentro de um ambiente empresarial são fatores muito evidentes e que se tornam desafios dentro das empresas. Há ainda a exigência cada vez maior dos clientes pelo bom resultado.

É neste cenário que os indicadores de desempenho se tornam ferramentas valiosas de crescimento organizacional. Sem prática e conhecimento suficientes sobre estes indicadores, fica inviável identificar problemas dentro de uma instituição e, por consequência, criam-se dificuldades relacionadas à  oportunidade, ao controle de desperdício de recursos.

Outro problema gerado pelo não uso ou pelo uso inadequado destas ferramentas é a possibilidade de o gestor tomar decisões equivocadas em relação ao cenário atual e ao planejamento de longo prazo. Dessa forma, é necessário investir em avaliação, acompanhamento e aprimoramento de estratégias para o bom funcionamento organizacional, a fim de garantir a sustentabilidade.

É este o tema de uma tese desenvolvida pela especialista em Processos Gerenciais Regiane Policarpo da Silva Alves. Ela ressalta como estas ferramentas utilizadas para avaliações podem modificar a estrutura organizacional de uma empresa e assim gerar valor a ela, de forma estratégica: “somente com o estudo das ferramentas de gestão é que se torna possível avaliar e impulsionar o planejamento, monitorizar os resultados de forma eficiente, destacando a importância da análise contínua da atividade organizacional, e apontando problemas, indicando melhorias e oportunidades para o futuro. A partir desse diagnóstico, gestores em busca do sucesso são capazes de tomar decisões baseadas em dados concretos.”, explica Regiane.

Regiane Policarpo da Silva Alves
 

Uma das principais formas de atingir este objetivo é investir nos KPIs (Key Performance Indicators) nas companhias, para melhorar sua eficiência e competitividade.  Há duas formas de medir os KPIs, quantitativamente ou qualitativamente.

Segundo Regiane, os KPIs realizam análises e observação de oportunidades internas, bem como análises externas sobre a concorrência, com o objetivo de tomar decisões cada vez mais assertivas e ajustadas conforme necessidade. De maneira geral, o indicador permite uma visão objetiva e amplificada em vários setores de uma corporação. Entre os exemplos de indicadores, podemos citar o indicador de desempenho financeiro, relacionado às finanças da empresa e que geralmente encontra-se em faturamento e lucratividade, permitindo que decisões mais assertivas sejam tomadas: “Os KPIs, definidos usando planejamento estratégico, exercem sua contribuição em várias áreas, entre elas podemos citar: financeiro, operacional, recursos humanos, marketing, qualidade e satisfação do cliente”.

Entre as etapas essenciais no processo de maximização do desempenho individual e organizacional dos elementos-chave da gestão, podemos citar: a Definição de Metas, para definir quais são os objetivos tangíveis, o Feedback, para fornecer retornos de maneira regular e de forma a ser construtivo, a Avaliação, a fim de verificar como os colaboradores estão em relação às metas e padrões estabelecidos, o Desenvolvimento, para oferecer suporte, treinamento e oportunidades aos colaboradores para que eles possam atingir seu potencial máximo gerando crescimento profissional e retenção de talentos dentro da empresa, além da Avaliação do Desempenho Organizacional. De maneira geral, as métricas são distribuídas em camadas: as mais gerais são destinadas ao negócio como um todo e há ainda as mais direcionais, que tratam de detalhes operacionais e são mais específicas.

Regiane demonstra um exemplo prático: “O Índice de Satisfação do Cliente (ISC) de uma empresa de software caiu de 4,8 para 2,8, afetando significativamente a renovação de contratos e a aquisição de novos serviços e clientes. Após análise, descobriu-se que uma atualização recente causou erros em funcionalidades importantes. Para solucionar, foram desenvolvidos novos indicadores: o Índice de Qualidade da Atualização (IQA), que mede os erros após atualizações, e o Tempo de Resolução de Erros (TRE), que avalia o tempo para corrigir bugs. Implementou testes rigorosos e melhorou a comunicação com os clientes. Com isso, o ISC melhorou e os novos indicadores também mostraram o progresso. Diante desse exemplo, identificamos o quão indispensável é a gestão de indicadores para um crescimento Global”.

Regiane Policarpo da Silva Alves
 

No entanto, tão importante quanto abordar a aplicação dessas ferramentas, é destacar os empecilhos enfrentados na sua implementação e posterior interpretação, visto que o uso inadequado desses indicadores pode levar a decisões equivocadas no planejamento. Estes desafios frequentemente são motivados pelo desalinhamento entre os objetivos estratégicos e individuais, pela escolha errada de indicadores e pela resistência à mudança. A falta de prática e conhecimento sobre indicadores de desempenho também dificulta a identificação de problemas nas organizações, gerando problemas como desperdício de recursos e oportunidades. O custo operacional é outro fator, uma vez que o desenvolvimento dos indicadores pode demandar recursos financeiros importantes. Outros aspectos a serem vencidos são a falta de recursos tecnológicos, a coleta, a análise e o monitoramento eficaz de KPIs, já que para isso são necessárias ferramentas e sistemas adequados e muitas empresas enfrentam barreiras quanto à falta de tecnologia ou infraestrutura para gerenciar grandes volumes de dados e gerar relatórios precisos em tempo real.

Por isso, é crucial estar disposto a analisar os obstáculos, criar soluções e, assim, potencializar os benefícios dessas técnicas para o sucesso organizacional. Conscientizar e demonstrar o valor agregado ao implantar tais sistemas é o primeiro passo para um caminho promissor na administração empresarial.

Da Redação

Esta reportagem foi produzida com o apoio e consultoria da Gestora Administrativa Regiane Policarpo da Silva Alves, com experiência na área administrativa em empresas de logística no mercado nacional e empreendedora no setor de Distribuição Atacadista, graduada em Processos Gerenciais e pós-graduanda em Business Intelligence, Gestão de Negócios e Big Data e Inteligência Competitiva.

Comentários
Assista ao vídeo