Cultura - Teatro

Em continuidade às comemorações pelos seus dez anos, Homens no Divã faz sessão única e gratuita

13 de Julho de 2024
Créditos: Moisés Pazianotto

Dando continuidade às comemorações pelos seus 10 anos, Homens no Divã - a comédia que já ultrapassou 350 mil espectadores e foi eleita a mais bem falada de São Paulo -, chega ao Teatro Sérgio Cardoso, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerido pela Associação Paulista dos Amigos da Arte, para apresentação única no dia 17 de julho, quarta-feira, às 20 horas. Os ingressos são gratuitos e distribuídos gratuitamente na bilheteria uma hora antes da sessão. 

Utilizando-se dos estereótipos masculinos para apontar e tratar falhas masculinas, é recheado de situações divertidas sobre o cotidiano dos homens. A cada teatro e/ou região, Darson atualiza a dramaturgia visando a sinergia com o público – um dos méritos da peça – que não será diferente desta vez, em pleno Bixiga.

“A direção ágil a partir das idiossincrasias masculinas foi justamente pra poder brincar com assuntos difíceis à primeira vista (e até hoje tabus), como traição, machismo, narcisismo, sexo – que, ainda constragem quando falados em público, e no caso, do teatro - libertam.” O objetivo é a absorção imediata do público por assuntos raramente expostos e nunca discutidos, mas, que na peça são apresentados de forma lúdica e de fácil acesso”, afirma Darson.

Mesmo tendo cada um seu momento de divã com a psicanalista (de quem só se ouve a voz, e no caso, a inconfundível de Susana Vieira) o tête-à-tête freudiano acaba acontecendo entre os três e na antessala do consultório. Ora consciente, ora inconsciente, mas, muito espontâneo, as personagens vão desconstruindo condições e comportamentos ultrapassados, e por isso, agradam não só as mulheres, mas, os homens.”

O RECEIO DA PSICANÁLISE

A voz da temida Dra. Maczka foi pensada por Darson diante do ainda receio que se tem desse profissional, principalmente pelos homens. Analisado há muitos anos, o diretor teve e ainda tem exemplos e experiências de sobra para poder concatenar as teorias freudianas, mesclando-as com muita destreza. Assim, a psicanálise vem como alavanca das mudanças internas e externas na vida dos três, expondo falhas, vícios e patologias de três tipos masculinos que fazem com que o público os identifique com muita facilidade e consequentemente se envolvam e torçam pela “salvação” (elaboração, numa linguagem psi) dos três. Sempre tendo como ponto de partida e de chegada, as mulheres. Por esse motivo a escolha de uma voz marcante como a de Susana Vieira.

SINOPSE

Para não perderem seus homens amados, as respectivas mulheres Kelly, Tássia e Marjorie sugerem a terapia como última tentativa da salvação da relação. Assim, o bombeiro Renato Paes de Barros Seabra que usa o sexo para suprimir seu complexo de inferioridade; o ginecologista Carlos Eduardo Carrara Travertino que se autoprojeta pelo alto grau de narcicismo; e o executivo Frederico Freitas Fernandes afogado na baixa autoestima e ainda se depara com a trágica traição da mulher - correm para buscar socorro no divã freudiano, esponataneamente vão dividindo neuroses e também se conhecendo. Três homens distintos com profissões também distintas – escolhidas por Darson diante do ‘fetiche feminino’: um executivo (Darson), um ginecologista e um bombeiro. (Billi e Chelucci), tornam-se grandes e fiéis amigos que, descobrem o valor do relacionamento.

AS PERSONAGENS

Darson Ribeiro é o executivo Frederico Freitas Fernandes, que enfrenta a traição da mulher depois de dezoito anos de casamento. Perturbado e deslocado, constata na terapia que vivia sob a manipulação da esposa Marjorie, mas, com as dicas e ensinamentos tanto do divã, quanto dos dois outros amigos analisandos, passa por uma mudança radical – externa, mas, principalmente interna, porque perdoa sua mulher.

Guilherme Chelucci é o bombeiro sedutor Renato Paes de Barros Seabra, bronco e ingenuamente machista, que vai para a terapia para enganar a pretendida Kelly, mas, além de aprimorar seu vocabulário, comportamento e atitude, constata que nem sempre “amor é amor e sexo é sexo”.

Fernando Billi é o gineco Carlos Eduardo Carrara Travertino, cujo alto grau de narcisismo já implícito no nome de mármore, o impede de perceber o mundo feminino à sua volta, principalmente da mulher que ama: Tássia. Expondo a superproteção da mãe e a fragilidade diante das mulheres, se depara com sentimentos e emoções jamais explorados.

A PRODUÇÃO

Muito bem elaborada e cuidada, o cenário enche os olhos. Persianas de madeira especialmente confecionadas pela Hunter Douglas/Casa Mineira, assim como um gigante tapete que sai do divã, inspirado por Darson na trompa de falópios – num vermelho elegante, assim como os figurinos que entre dezenas de trocas rapidíssimas impõem a caracterização certeira de cada um dos três, entre cores, formas e modelos.

O “divã” rompe a quarta parede por meio de mudanças de luz, objetos cênicos, criando diversas ambientações como academia, balada, sauna, apartamento e consultório, e a própria plateia numa cena emblemática dos três envolvendo o público.

FICHA TÉCNICA

Título, Idealização e Direção geral Darson Ribeiro

Texto Miriam Palma (título original Desesperados) | Elenco Guilherme Chelucci, Fernando Billi e Darson Ribeiro | VOZ DA DRA. MACZKA SUSANA VIEIRA | Voz da secretária Cecilia Arienti | Cenografia, Trilha, Luz e Figurino Darson Ribeiro | Assessoria de Imprensa Teatro-D | Fotos Moisés Pazianotto | Assistência Geral Bianca Arcanjo | Design Gráfico Ricardo Dallan | Camarim e Contrarregra Marco Alvarenga | Montagem de Palco e Operação de Luz e Som Henrique Polli | Mìdia Leo Barbosa-King Arts Online | Armazenametno Oficial GOODSTORAGE | REALIZAÇÃO DR PRODUÇÕES TEATRO-D

SERVIÇO

DIA 17/07/24, às 20h – sessão única

GÊNERO comédia

LOCAL Sala Nydia Licia do Teatro Estadual Sérgio Cardoso Rua Rui Barbosa, 153, Bela Vista, SP – 01326-010 Bilheteria de terça a sábado, das 14h às 19h

11-3288-0136

CAPACIDADE 827 lugares

INDICAÇÃO ETÁRIA 12 anos

DURAÇÃO 100 minutos sem intervalo PCD | CAFÉ | SEGURANÇA

Ingressos: Gratuitos distribuídos apenas na bilheteria uma hora antes da sessão 

Sobre o Teatro Sérgio Cardoso

Localizado no boêmio bairro paulistano do Bixiga, o Teatro Sérgio Cardoso mantém a tradição e a relevância conquistada em mais de 40 anos de atuação na capital paulista. Palco de espetáculos musicais, dança e peças de teatro, o equipamento é um dos últimos grandes teatros de rua da capital, e foi fundamental  nos dois anos de pandemia, quando abriu as portas, a partir de rígidos protocolos de saúde. 

Composto por duas salas de espetáculo, quatro dedicadas a ensaios, além de uma sala de captação e transmissão, o Teatro tem capacidade para abrigar 827 pessoas na sala Nydia Licia, 149 na sala Paschoal Carlos Magno, além de apresentações e aulas de dança no hall do teatro.

Sobre a Amigos da Arte

A Associação Paulista dos Amigos da Arte, Organização Social de Cultura responsável pela gestão de chamadas públicas, do Teatro Sérgio Cardoso, e do Teatro de Araras, além do Mundo do Circo SP, trabalha em parceria com o Governo do Estado de São Paulo e a iniciativa privada desde 2004. 

Música, literatura, dança, teatro, circo e atividades de artes integradas fazem parte da atuação da Amigos da Arte, que tem como objetivo fomentar a produção cultural por meio de festivais, programas continuados e da gestão de equipamentos culturais públicos. Em seus 19 anos de atuação, a Organização desenvolveu cerca de 70 mil ações que impactaram mais de 30 milhões de pessoas.

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