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Cresce o nível de otimismo nas pequenas e médias empresas ao redor do mundo,revela pesquisa Zurich

18 de Fevereiro de 2014

A forte concorrência, aliada à baixa demanda do consumidor são os dois riscos mais significativos que pequenas e médias empresas têm enfrentado na contemporaneidade, aponta a pesquisa realizada pelo Grupo Zurich, que ouviu empresas de 12 países, no segundo semestre de 2013. Para sair dessa, as PMEs estudam o mercado, focam em novos clientes e nichos, dão as mãos com a tecnologia e ainda pensam em expandir atuação para o mercado internacional.

Ao todo, a pesquisa da multinacional suíça, que tem mais de 140 anos de atuação, entrevistou 3.293 empresas da Alemanha, Austrália, Brasil, Emirados Árabes, Espanha, Indonésia, Irlanda, Itália, México, Portugal, Reino Unido e Suíça, para analisar os desafios, riscos e traçar oportunidades deste segmento de mercado.

O Brasil surpreendeu com a afirmativa de que investiu em 20% na mão-de-obra e sua qualificação, e ficou acima da média dos 12 países da pesquisa, que alcançaram 14%. Para os empresários brasileiros, investir na especialização de sua mão-de-obra é a chave para o crescimento orgânico das empresas.

A pesquisa revelou ainda que 84% das PMEs consideram ser fortemente resistentes, que aptas a enfrentar as turbulências econômicas e ainda que estão otimistas em relação ao desenvolvimento do seu próprio negócio. Além do resultado positivo da pesquisa, a Grupo Zurich, que atende a clientes em mais de 190 países do mundo, aposta em sua expertise global e a capacidade de lidar com os desafios macroeconômicos enfrentados tanto pelas PMEs, como pelas grandes empresas, para dar suporte a este mercado. “Temos um longo histórico de atuação nos mais diversificados mercados, seja para produtos mais tradicionais, como roubo, incêndio, automóveis e residenciais, como para os mais recentes para suprimento da cadeia de fornecimento, de responsabilidade civil profissional, grandes riscos, ou vulnerabilidade tecnológica, e ainda cyber-risks", pontua Hyung Mo Sung, CEO Seguros Gerais da Zurich Seguros para o Brasil.

“Na Zurich, toda a América Latina, mas o Brasil especialmente, é reconhecido por seu potencial e vive um momento de destaque. Diante deste cenário e, aproveitando a situação econômica favorável no país, iniciamos as operações de Vida & Previdência em 2010 e, desde então, investimos na modelagem e na revisão de nossos produtos, no time de profissionais e nas ferramentas operacionais. Estes e outros fatores influenciaram o Grupo Zurich a incluir, pela primeira vez, o Brasil em seus estudos" , destaca Richard Vinhosa, CEO de Vida & Previdência da Zurich Seguros.

Expansão nos mercados interno e novos mercados – Atrair novos clientes é considerado vital para a maioria das PMEs que visaram o mercado interno (em 23% dos casos), enquanto que 13% miraram o mercado externo, nos últimos 12 meses, percentual que deve crescer em 2014 para 33% e 14%, respectivamente. As empresas se ancoram na estratégia de trazer novas soluções e diversificar os produtos e serviços como solução certeira para atingir o sucesso e crescimento.

Nos Emirados Árabes, 26% das PMEs locais conseguiram expandir negócios no exterior com a criação de operações de exportação. Já na Suíça, Espanha, Irlanda, Austrália e México, esse crescimento foi de 15%.

Abordagem variada de preços aumento dos rendimentos – No ambiente econômico atual, as espanholas, portuguesas, italianas e irlandesas foram as PMEs que mais reduziram os custos (25%, 20%, 24% e 15%, respectivamente), enquanto que, ao mesmo tempo, estiveram defasadas em relação ao aumento da remuneração de seus empregados, com 4%, 6%, 4% e 3%, um reflexo dos desafios econômicos que estes membros da Zona do Euro estão enfrentando atualmente.

Enquanto isso, PMEs de outros países europeus têm melhor desempenho quanto ao crescimento dos salários: 24% na Suíça, 14% na Alemanha e 20% no Reino Unido, enquanto lutam pela redução dos custos. A tendência de aumentar salários e arrochar os gastos também foi observada em mercados emergentes: 41% vs 15% no Brasil, 16% vs 5% na Indonésia e 17% vs 12% no México.

Concorrência, estagnação do consumo, roubos, incêndios e riscos cibernéticos ainda assustam – Mais de um terço (36%) dos líderes das PMEs entrevistadas, identificaram a concorrência e “dumping” como um grande risco para seus negócios, o que é agravado pela falta de demanda do cliente para 24% dos ouvidos. Isto foi um problema particularmente ressaltado na Espanha (43%), Itália (35%), Portugal (32%) e no Reino Unido (34%) e menos na Indonésia (11%), Alemanha e Emirados Árabes Unidos (ambos com 14%).

O risco de furto foi apontado como mais preocupante em todas as regiões (19%), enquanto que o risco de incêndio tirou o sono de 20% das PMEs brasileiras. Essa mesma preocupação atingiu apenas a 7% das demais empresas dos 12 países ouvidos pela pesquisa.

Mesmo em tempos de um mundo cada vez mais virtual, fraudes online, invasão de bancos de dados e outros crimes cibernéticos, surpreendentemente, não foram listados como os principais riscos pela maioria dos entrevistados. O Reino Unido foi o que mais ressaltou a preocupação com esse tipo de crime, com 8,5%.

Contudo, a tendência é que este cenário mude em poucos meses, uma vez que as empresas estão atentas às novas possibilidades que o mundo cibernético proporciona, como a abertura de canais de venda online, por telefones e smartphones, além de plataformas para tablets.

Mão-de-obra qualificada é a chave para o crescimento – Enquanto 26% das empresas pretendem investir em eficiência operacional, melhorando aspectos como precificação, o empresariado brasileiro surpreende e diz que investiu 20% em capital humano, frente à média de 14% dos demais países ouvidos pela pesquisa. Investir em pessoal é essencial para 27% das empresas Suíças, 22% das Mexicanas e 20% das Portuguesas.

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