Por Julio Di Madeo
Você já parou para pensar como é feita a precificação de um produto? Essa é uma das ações mais estratégicas para qualquer empresa, independentemente do seu setor de atuação, afinal, todo negócio existe para gerar lucro. A definição da quantia a ser cobrada leva em consideração diversos elementos, incluindo os custos envolvidos, a percepção de valor dos clientes – que vai muito além do preço – e, em especial, o momento da economia como um todo e do seu mercado específico.
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O meu foco aqui é o mercado imobiliário. A chegada de um novo governo e a queda da taxa Selic, em 2023, provocaram uma série de transformações nesse ramo. Foi um período desafiador, de observação, adequação e cautela. Para este ano, apesar de ainda estarmos bem no início, já podemos antecipar alguns cenários.
Um deles é que os valores seguirão mais altos. Os preços subiram mais de 5% em 2023 em relação ao ano anterior, conforme o índice Fipe/ZAP. A perspectiva é que, em 2024, supere a inflação, por causa do baixo estoque, do custo em altos patamares e do fim da desoneração, que encarece a mão de obra.
Mesmo assim, o setor mostra fortes indícios de que deve permanecer aquecido e em expansão, já que o preço não é o único fator decisivo para a compra de um imóvel, seja para uso próprio ou para investimento.
O desemprego está em baixa, houve uma redução nos níveis de endividamento e a expectativa é de crescimento do PIB. Soma-se a esse contexto a melhora no acesso ao crédito. Há, ainda, muitos outros pontos a serem analisados, particularidades de cada região e de cada nicho, mas, podemos dizer que, para quem conseguir absorver as tendências e trabalhar de acordo com as novas realidades, as oportunidades estão aí.