A inflação – termo utilizado para designar o aumento generalizado de preços de bens e de serviços – permanece impactando as nossas vidas todos os dias, nos mais diversos aspectos, passando pelas compras no supermercado, pela conta de energia, no abastecimento do carro até a aquisição de um imóvel, por exemplo. Entre os principais indicadores econômicos, ela é elemento chave para traçarmos um panorama do que vem acontecendo com o nosso país nesses últimos tempos.
Em 2022, o alerta foi acionado com a inflação atingindo seu pico em 40 anos, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado em abril de 12,13%. O que isso significa? Que estava extremamente caro viver no Brasil e que a população teve seu poder de compra reduzido, indicando uma retração no ritmo mercado.
Surpreendendo a todos, inclusive especialistas do setor, o aperto monetário estipulado pelo Banco Central (BC) criou um cenário completamente diferente este ano. A meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para 2023 é de 3,25%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo (ou seja, até 4,75%). A poucos dias de finalizarmos esse ciclo, a projeção divulgada pelo Boletim Focus, do BC, no dia 21 de dezembro, é de que o IPCA feche em 4,6%, portanto, abaixo do teto.
O resultado é um bom sinal para o ano que se aproxima. A queda nos preços dos bens e a moderação nos valores dos serviços devem prosseguir. O JP Morgan prevê que a inflação medida pelo Personal Consumption Expenditures (PCE) chegue a 2,4% no final de 2024. O UBS projeta 2,7% enquanto o Goldman Sachs estima um intervalo entre 2% e 2,5%. Recebemos 2024 esperançosos de que as condições serão favoráveis para impulsionar a nossa economia rumo ao crescimento sustentável que almejamos e merecemos.
Texto: Julio Di Madeo