Dr. Juliano Guimarães dá dicas de como reduzir o risco de desenvolver as populares “pedras”.
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Cálculos renais, popularmente conhecidos como "pedras nos rins" ou cálculos urinários, são aglomerados de cristais encontrados na urina. O médico urologista Dr. Juliano Guimarães explicou que a formação de pedras nos rins é uma combinação de predisposição genética e fatores de estilo de vida.
“Pai, mãe ou irmãos com cálculos urinários aumentam a chance da pessoa ter cálculo, associada a uma baixa ingestão de água, urina mais concentrada e excesso de sal na dieta, excesso de sódio. Não só o sal que a gente adiciona aos alimentos, mas também aqueles alimentos que já vêm com sal adicionado, como os enlatados, os embutidos, os ultraprocessados no geral”, destaca o especialista.
Existem diversos tipos de cálculos renais, sendo os de oxalato de cálcio os mais comuns. Outros incluem cálculos de ácido úrico, cálculos de cistina (associados a alterações metabólicas) e cálculos causados por certos medicamentos, como os usados no tratamento do HIV e distúrbios neurológicos. E quem tem mais predisposição para desenvolvê-los são essas pessoas que já têm essa história familiar aí de formação de pedra.
Os cálculos renais geralmente permanecem assintomáticos enquanto estão no interior do rim. Os sintomas ocorrem quando começam a se mover e, especialmente, quando obstruem a passagem da urina. Os pacientes podem experimentar sangramento na urina ou cólica renal. “Quando ela cai no canal e obstrui a passagem da urina, ela causa a cólica renal, que é uma dor lombar de forte intensidade, que irradia para a região anterior da barriga e nos homens pode chegar até o escroto e nas mulheres até grandes lábios. É uma das dores mais intensas que o ser humano pode suportar”, alerta o urologista Dr. Juliano Guimarães.
O tratamento dos cálculos renais depende do tamanho e da localização das pedras. Para cálculos pequenos, pode ser possível realizar um acompanhamento para evitar complicações futuras. Cálculos maiores geralmente requerem remoção. Antigamente, as ondas de choque eram usadas para fragmentar as pedras, mas hoje em dia, abordagens mais modernas envolvem o uso de laser.
“Na maioria das vezes a gente consegue entrar pelo canal da urina e fragmentar os cálculos por esse canal sem precisar fazer nenhum corte. Essa cirurgia laser é uma cirurgia minimamente invasiva, em que os pacientes podem entrar a casa no mesmo dia. Em alguns casos é feita a combinação entre entrar pelo canal, que a cirurgia é flexível, a laser, com pequeno corte nas costas para conseguir limpar o rim em menos vezes, em menos procedimentos, para tornar o procedimento mais efetivo”, esclarece.
O Dr. Juliano Guimarães enfatiza a importância da prevenção, destacando que os cálculos renais podem ser tratados antes de causarem sintomas como cólica renal. Consultar regularmente um urologista e seguir orientações de estilo de vida saudável pode ajudar a evitar uma das dores mais intensas que alguém pode enfrentar.