O destaque do período ficou com o setor de Verduras
O índice de preços CEAGESP encerrou o mês de junho com variação de -3,69% ante uma variação de -5,90% no mês anterior. Com este resultado, o índice segue em deflação, porém, com moderada aceleração de 2,21 pontos percentuais (p.p.). Desta forma, o índice encerrou o período com um acumulado de 0,52% no ano e 9,17% em 12 meses.
O destaque ficou com o setor de Verduras, que encerrou o período com a maior desaceleração (-5,53 p.p.) entre todos os setores, fechando o mês com variação de -10,21% ante -4,68% no mês anterior. A estabilidade nas condições atmosféricas para o plantio e a colheita dos produtos e o processo de reacomodação dos preços por parte de alguns produtos comercializados no setor estão entre os fatores que mais contribuíram para esta desaceleração. É importante destacar que, com esse resultado obtido, o setor registrou deflação e desaceleração pelo terceiro mês consecutivo.
Setorização
O setor de FRUTAS variou -2,34%. Dos 47 itens cotados nesta cesta de produtos, 59,6% apresentaram redução de preço. As principais reduções ocorreram nos preços de MANGA PALMER (-22,48%), MARACUJÁ AZEDO (-15,31%), MANGA TOMMY ATKINS (-13,51%), MELÃO AMARELO (-12,34%) e ACEROLA (-11,02%). As principais altas ocorreram nos preços de ABACATE FORTUNA (+24,57%), JACA (+19,70%), PITAIA (+19,50%), FIGO (+19,20%) e LIMÃO SICILIANO (+13,75%).
DESTAQUES: Com o resultado obtido no período, o setor de Frutas encerrou o mês com um acumulado de -2,97% no ano e de 14,81% em 12 meses. Das frutas que apresentaram redução de preço, destaca-se que o bom volume de oferta desses produtos, exceto o maracujá azedo, acompanhado da redução do consumo nesta época do ano estão entre os principais fatores para o resultado obtido no período para o setor. Por outro lado, das frutas que apresentaram alta nos preços destaca-se que grande parte delas estão em período de entressafra, como é o caso da jaca e da pitaia, ou estão iniciando o período de entressafra, como é o caso do abacate fortuna.
O setor de LEGUMES variou -6,11%. Dos 31 itens cotados nesta cesta de produtos, 58,1% apresentaram redução de preço. As principais reduções ocorreram nos preços de ABOBRINHA ITALIANA (-31,34%), ABÓBORA MORANGA (-20,65%), PEPINO COMUM (-17,71%), CHUCHU (-17,28%) e ABÓBORA JAPONESA (-15,55%). As principais altas ocorreram nos preços de PIMENTÃO VERMELHO (+30,80%), JILÓ (+29,63%), PIMENTÃO AMARELO (+22,85%), TOMATE CEREJA (+14,86%) e MANDIOQUINHA (+9,83%).
DESTAQUES: Com o resultado obtido no período, o setor de Legumes encerrou o mês com um acumulado de 7,93% no ano e de -3,20% em 12 meses. Em um contexto geral, o início do inverno provocou diminuição na comercialização dos produtos da cesta de legumes que nas semanas iniciais ganharam preço, mas acabaram recuando nas últimas semanas do mês. Este foi o caso, por exemplo, da abobrinha italiana, que apresentou a maior volatilidade no período entre os produtos com redução de preço.
O setor de VERDURAS variou -10,21%. Dos 39 itens cotados nesta cesta de produtos, 74,4% apresentaram redução de preço. As principais reduções ocorreram nos preços de COENTRO (-56,97%), SALSA (-40,46%), ESPINAFRE (-32,38%), BRÓCOLOS RAMOSO (-31,82%) e RÚCULA HIDROPÔNICA (-26,16%). As principais altas ocorreram nos preços de CENOURA COM FOLHAS (+39,94%), ORÉGANO (+26,98%), REPOLHO LISO (+20,17%), MILHO VERDE (+9,33%) e CATALONHA (+2,83%).
DESTAQUES: Com o resultado obtido no período, o setor de Verduras encerrou o mês com um acumulado de 32,44% no ano e de 8,42% em 12 meses. O setor segue no processo de reacomodação nos preços de determinados produtos, entre eles o coentro e a salsa. Mesmo no inverno, período no qual há uma maior procura por esses produtos para a preparação de pratos quentes, ainda assim esses itens reduziram os preços devido aos altos patamares verificados em meses anteriores.
O setor de DIVERSOS variou -0,04%. Dos 10 itens cotados nesta cesta de produtos, 40,0% apresentaram redução de preço. As principais reduções ocorreram nos preços de BATATA ASTERIX (-18,09%), COCO SECO (-4,54%), CEBOLA NACIONAL (-4,14%) e OVOS VERMELHOS (-0,79%). As principais altas ocorreram nos preços de BATATA LAVADA (+22,47%), AMENDOIM SEM CASCA (+2,24%), AMENDOIM COM CASCA (+1,63%), ALHO NACIONAL (+0,83%) e OVOS BRANCOS (+0,72%).
DESTAQUES: Com o resultado obtido no período, o setor de Diversos encerrou o mês com um acumulado de -7,30% no ano e de 2,36% em 12 meses. A baixa qualidade dos bulbos e a forte entrada de cebola importada (incremento de 31,9% na comparação com o mesmo período do ano passado) estão entre os principais fatores para a redução de preço da cebola nacional. Por outro lado, a redução no volume de oferta da batata lavada devido ao fim da safra no Sul do país fez com que o produto apresentasse elevação de preço. O aumento da demanda de amendoim devido às festas juninas elevou as cotações de preço de ambos os tipos do produto.
O setor de PESCADOS variou -3,48%. Dos 28 itens cotados nesta cesta de produtos, 60,7% apresentaram redução de preço. As principais reduções ocorreram nos preços de ANCHOVAS (-47,36%), PESCADA GOETE (-15,71%), TAINHA (-10,01%), CAÇÃO AZUL (-8,87%) e TILÁPIA (-6,38%). As principais altas ocorreram nos preços da LULA (+35,49%), POLVO (+16,67%), ESPADA (+13,38%), SARDINHA LAGES (+3,41%) e PEROÁ BRANCO (+2,22%).
DESTAQUES: Com o resultado obtido no período, o setor de Pescados encerrou o mês com um acumulado de -8,42% no ano e de -2,67% em 12 meses. O aumento no volume de oferta (com exceção da tilápia) é o principal fator de redução no preço dos pescados, principalmente para as anchovas e a tainha. Na comparação mensal, ambas registraram um aumento no volume de oferta de 106,2% e 59,2%, respectivamente.
Índice CEAGESP
Primeiro balizador de preços de alimentos frescos no mercado, o Índice CEAGESP é um indicador de variação de preços no atacado de Frutas, Legumes, Verduras, Pescado e Diversos. Divulgados mensalmente, os 155 itens da cesta foram escolhidos pela importância dentro de cada setor e ponderados de acordo com a sua representatividade. O Índice foi lançado em 2009 pela CEAGESP, que é referência nacional em abastecimento.