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Febre maculosa: saiba o que é, sintomas e cuidados

23 de Junho de 2023

Médico infectologista do Hapvida NotreDame Intermédica explica sobre a gravidade da doença

Os principais sintomas da febre maculosa são febre alta, manchas no corpo, dor de cabeça, dores nas articulações, além de náuseas, vômitos, prostração e perda do apetite
Crédito: Banco de Imagens/Freepik

Doença infecciosa com evolução potencialmente grave e transmitida pelo carrapato-estrela. Essa é a febre maculosa, que voltou a preocupar e reacendeu um alerta na população após uma série de mortes registradas em Campinas/SP.

Embora possa ter uma letalidade alta, a doença tem tratamento por meio de antibióticos e, quanto mais cedo for o diagnóstico, maior as chances de cura.

“Essa é uma doença que pode acometer a todos e, identificando no início, os casos são mais leves. Do contrário, pode ocorrer complicações severas, como choque séptico e distúrbio de coagulação, levando até a morte”, explica o gerente médico corporativo nacional de infectologia do Hapvida NotreDame Intermédica, Cláudio Penido Campos Júnior.

Causada pela bactéria do gênero Rickettsia e transmitida pela picada do carrapato, a febre maculosa tem um período de incubação de até 14 dias, o que eleva sua gravidade e se manifesta repentinamente.

“Após o carrapato picar a pele da pessoa, ela permanece assintomática por cerca de uma semana, em média. Somente após esse período, a doença manifesta os sintomas, muitas vezes de forma súbita e, por não ser sazonal, pode acontecer em qualquer época do ano”, diz o infectologista.

Entre os principais sintomas da febre maculosa estão febre alta, manchas no corpo, dor de cabeça, dores nas articulações, além de náuseas, vômitos, prostração e perda do apetite. Nos casos leves, o quadro clínico dura de dois dias a duas semanas.

Cuidados

A febre maculosa não passa diretamente entre pessoas, nem pelo contato com os animais infectados. Segundo o médico infectologista, a preocupação, no entanto, deve ocorrer durante passagem por áreas de mata, parques e beiras de rios, já que o carrapato pode estar presente na vegetação e alguns animais silvestres (incluindo bois, vacas e cavalos), além de capivaras, podem ser seu hospedeiro.

“A orientação é não se expor ao carrapato, evitando sentar nesses locais diretamente ao solo. E, caso aconteça, nunca esprema ou retire-o com a mão”, alerta Campos Júnior. “Nesses locais, a orientação é usar bota, calça, blusas de manga longa, roupas claras de modo geral, para ajudar na identificação do carrapato”, conclui o médico.

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