Morreu dia 5 de janeiro, em São Paulo, SP, aos 73 anos, o compositor e engenheiro acústico uruguaio Conrado Silva de Marco, um dos pioneiros da música eletroacústica na América Latina. Fixou-se no Brasil em 1969, quando foi professor na Universidade de Brasília (UnB). Também lecionou na Faculdade Santa Marcelina (SP) e na Escola de Belas Artes de São Paulo. Durante 15 anos, organizou, em cinco países, os Cursos Latino-Americanos de Música Contemporânea.
Em São Paulo, deu aulas no Instituto de Artes (IA) da Unesp na década de 1980. Manteve simultaneamente uma empresa de engenharia acústica e a escola Travessia Oficina de Música.
“Era uma pessoa elegante, rara no meio musical”, diz Flo Menezes, professor do IA. “Tinha um grande conhecimento de acústica e foi importante como militante da música nova. Em 1985, ajudou a organizar a vinda de John Cage à Bienal de São Paulo.” Conrado aposentou-se nos 1990, e havia retornado a São Paulo algum tempo atrás.